A Pequena Sereia de Halle Bailey comove e ensina como adaptar uma animação

 Cena do filme A Pequena Sereia. Nela, observa-se a personagem Ariel dentro do mar olhando o seu reflexo através da água.
O longa amplia a relação de Ariel com a sua liberdade, conceito até então desconhecido pela protagonista (Foto: Disney)

Guilherme Machado Leal

Em 2019, foi anunciado o elenco do live-action de A Pequena Sereia, tendo a atriz Halle Bailey como a protagonista Ariel, o que incomodou diversos fãs da animação original. Possíveis argumentos que poderiam ser levantados – mesmo sem um material promocional da obra sequer ter sido divulgado até aquele momento – deram lugar a uma enxurrada de comentários racistas pela internet. A cantora, da dupla Chloe x Halle, sofreu ataques desumanos devido a sua cor de pele: o primeiro teaser do filme foi bombardeado por um alto número de dislikes, o que mostra uma certa resistência – no caso, puramente racismo – do público para sua versão da Ariel. Agora, após a estreia, finalmente podemos avaliar de uma forma justa: Bailey fez jus à icônica sereia conhecida em 1989?

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Sob o olhar ingênuo de uma criança, Luca é uma aventura na diversidade

Três crianças montadas em uma Vespa verde-água. A primeira é Alberto, garoto de pele parda, cabelo enrolado com um topete, olhos verdes dentes amostras em um sorriso destemido, camisa regata amarela. Atrás está Luca, garoto de pele branca, cabelos ondulados castanho escuro, olhos castanhos claros, expressão feliz, com a cabeça levemente inclinada para trás, camisa social branca com a manga dobrada, e segurando em Alberto. E atrás de Luca está Giulia, garota branca, de cabelos ondulados na altura dos ombros ruivos, com uma touca azul, olhos castanhos, expressão de animação, com uma blusa listrada de laranja e branca, e com as mão levantadas. No fundo, uma ladeira de pedra e a cidade de Portoroso.
O diretor do filme participou de Viva: A Vida é uma Festa (2017) e do subestimado Robôs (2005), no departamento de arte [Foto: Pixar Animation Studios]
Pedro Gabriel

A Pixar é muito conhecida por suas obras carregadas de mensagens profundas, e por sua tentativa de explicação de conceitos complexos para crianças. Durante os 35 anos de existência da empresa, eles trataram sobre depressão em Divertida Mente (2015), amadurecimento nos quatro filmes de Toy Story, o luto em Dois Irmãos (2020) e até o sentido da vida em Soul (2020). Parecia que a aventura era um bônus na história. Mas, eis que surge Luca, em junho de 2021, e os papéis se invertem. A mensagem está lá, mas não é o foco principal.

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