Only Murders in the Building: a série da Selena Gomez é um bom podcast

Imagem da série Only Murders in the Building. Na imagem, da esquerda para direita, uma mulher branca, de cabelos pretos presos em rabo, usa um casaco de pelo marrom, com uma blusa amarela; ao meio, um homem branco, de cabelos curtos grisalhos usa um casaco preto; e por fim, um homem branco, usa um chapéu e óculos pretos, assim como um casaco preto. Os três estão com expressões assustadas e ao fundo vemos uma porta.
A aposta da Hulu em true crimes populares do Spotify é boa, mas nada revolucionária para a Televisão (Foto: Hulu)

Larissa Vieira

Embarcando na modinha de podcasts true crime e a popularização ainda maior de casos criminais, a Hulu decidiu trazer essa aposta para o streaming com Only Murders in the Building (ou, como popularmente ficou conhecida, a série da Selena Gomez). Na contramão, ao invés de escalar um grupo de cinco atores adultos interpretando adolescentes do high school dos Estados Unidos – como a conturbada Pretty Little Liars e a perdida Riverdale – a produção traz de volta três renomados (e nostálgicos) nomes da Televisão norte-americana: a dupla dinâmica, Martin Short e Steve Martin, e Selena Gomez (afinal, para a década de 2020 até o nome da cantora se tornou nostálgico na TV).

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Deus Salve a Rainha: os 5 glamourosos anos de The Crown

Cena da série The Crown. É uma imagem com as bordas escura e bem iluminada ao centro para destacar, em plano médio, a personagem principal: Elizabeth II, uma mulher branca, magra, de cabelos castanhos presos para trás em um penteado baixo com uma grande coroa acima, prateada e composta de cristais. Ela tem grandes olhos azuis e está em pé andando para a esquerda, olhando para a direita e sorrindo sem mostrar os dentes. Ela veste um vestido de tecido brilhante branco e prata, com um pequeno detalhe aparente de tecido azul turquesa na saia e um pedaço de um detalhe em prata na cintura do vestido. Ela cruza os braços na direção da cintura para enrolar um estola de pelos braços pela parte superior do corpo, que cobre toda a frente da roupa e deixa apenas um pequeno pedaço dos ombros e do colo à mostra. Ela usa luvas brancas que cobrem até acima dos cotovelos, já no braço esquerdo, carrega uma pequena bolsa branca, em seu pescoço há um grande colocar brilhante com pérolas e nas orelhas, há brincos compridos e brilhantes. Atrás dela e levemente ao fundo, do lado direito da imagem e levemente desfocado está Philip, um homem branco, magro e alto, de cabelos loiro médio, ele se encontra na mesma posição de corpo que ela, ele veste um smoking preto, com um lenço branco no bolso, e por baixo uma camisa branca com uma gravata borboleta da mesma tonalidade, ele aparenta estar com os braços atrás do corpo. Ao fundo atrás da personagem há dois grandes pilares cor de areia, e em frente a eles, à esquerda da imagem, há um pequeno grupo de pessoas, da esquerda para a direita: uma mulher branca, magra, de cabelos castanhos com um lenço cor de areia escuro cobrindo-os, deixando apenas o topo aparente, ela usa batom vermelho e veste um sobretudo marrom de estampa xadrez, ela sorri sem mostrar os dentes e aplaude. Um pouco atrás dela há um homem alto, branco de cabelos loiro escuro, usa um terno preto com uma camisa branca e uma gravata bege clara, só é possível ver a a parte superior do corpo acima da cintura; em frente a ele há um homem um pouco mais baixo, branco, de cabelos pretos e sobrancelhas grossas, ele veste um sobretudo cinza azulado e na cabeça usa uma boina da mesma cor, embaixo do sobretudo, veste uma camada um pouco mais escura acima de uma blusa branca, as duas mãos estão juntas em frente ao corpo. Atrás de Elizabeth é possível ver apenas o rosto de um homem branco de cabelos castanhos que olha em sua direção, assim como todos os figurantes. Ao fundo à esquerda há mais algumas pessoas não distinguíveis e a direita um prédio pouco iluminado com paredes cinzas, janelas grandes e de pelo menos dois andares.
“O país precisa ser liderado por alguém forte” (Foto: Netflix)

Júlia Caroline Fonte

Há 5 anos, os portões do Buckingham Palace foram abertos ao público, revelando os segredos obscuros e os dramas da família real britânica, como também nos aproximando de uma das figuras mais conhecidas da história. The Crown, série criada por Peter Morgan, que, de início, não tinha tanta aclamação e atenção do público, logo tornou-se um sucesso e, prestes a lançar sua quinta temporada, a série da Netflix conta com o maior orçamento da plataforma, a altura de suas personagens e de sua luxuosa produção. 

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Cineclube Persona – Outubro de 2021

Destaques de Outubro de 2021: Maid, Cenas de um Casamento, 2ª temporada de Ted Lasso e Duna (Foto: Reprodução/Arte: Ana Júlia Trevisan/Texto de Abertura: Nathália Mendes)

Outubro é o mês mais amado pelo Persona. Cheios do espírito macabro do Halloween, agitamos nossas produções com o Mês do Horror e cobrimos com afinco a 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Como comentar sobre tudo isso ainda é pouco, nós também demos vida ao Clube do Livro e as indicações da Estante do Persona. Para fechar nosso mês favorito com chave de ouro, chegamos para comentar as novidades da TV e do Cinema no Cineclube de Outubro.

Foram 31 dias recheados de lançamentos esperados. Começando com sequências do Terror para honrar o mês, Halloween Kills: O Terror Continua tenta dar sentido para as matanças de Michael Myers, mas garante a continuação da franquia graças aos atos horrendos do protagonista. Quem também voltou pela Paramount+ foi Atividade Paranormal 7, com traços da história original e inovando sua narrativa. Já a aposta da Netflix, Tem Alguém Na Sua Casa, degringolou como mais uma trama conhecida de jovens tentando descobrir a identidade do assassino. 

Ainda para os amantes do gênero slasher, o remake de Slumber Party Massacre acabou com os problemas do filme original e expandiu com irreverência a sua trama clássica dos anos 80. Com o mesmo sucesso, American Horror Story: Double Feature gastou tempo dividindo a décima temporada em duas histórias distintas, e foi destaque ao conquistar a aprovação total da crítica na primeira delas.

Enquanto isso, o Amazon Prime Video investiu mais na antologia de terror Welcome to the Blumhouse e trouxe ao mundo O Bingo Macabro e A Mansão, que deixaram os sustos de lado para trabalhar a relação entre a trama e seus personagens. Outro longa entre os lançamentos é Madres, Mães de Ninguém, com sua narrativa dramática e inspirada em fatos reais. O longa de Ryan Zagoga captura os horrores dos imigrantes mexicanos recém-chegados aos Estados Unidos, por isso merecia um desenvolvimento como drama dedicado.

Sucessos da Netflix, Você e Maid, também partilham dessa pegada dos terrores da realidade com protagonistas femininas arrebatadoras. A terceira temporada de Você amadureceu seus conflitos e mostrou como psicopatas brincam de casinha, enquanto a estreia de Maid causou exaustão emocional pela sua trama complexa que fala de pobreza, trauma e agressão.

Outras queridinhas da plataforma tudum que lançaram novas temporadas foram Sintonia e On My Block. Coproduzida pelo KondZilla, Sintonia segue na sua caminhada em mostrar como o poder funciona dentro das favelas brasileiras. Por outro lado, o quarteto do subúrbio de Los Angeles se despediu com fraqueza, pois a última temporada de On My Block empobreceu os desfechos de seus personagens.

  Para os fãs de Round 6, My Name é a nova produção sul-coreana de grande destaque. Além da performance de Han So-hee como protagonista, a narrativa equilibrou ação e sensibilidade estando entre uma organização criminosa e a polícia. Os Muitos Santos de Newark também trabalhou a temática de organizações poderosas ao contar a vida de Tony Soprano antes de ser chefe da máfia italiana. No entanto, nenhuma das produções acima  fez tanto sucesso quanto a primeira temporada de Only Murders in the Building na mistura perfeita de um elenco brilhante, humor e mistério.

No gênero de Ação, o grandioso 007 – Sem Tempo Para Morrer era o mais esperado. Depois dos 15 anos de Daniel Craig e seu James Bond, a aposentadoria chegou em um filme empolgante, emotivo e explosivo que fez jus à saga. Duna também deu o que falar com Zendaya, Timothée Chalamet e Oscar Isaac no elenco. Baseado no livro homônimo de Frank Herbert, o longa exibiu a disputa de poder no universo intergalático à altura da obra. E como não poderia faltar a parceria Marvel e Sony, Venom: Tempo de Carnificina foi um recorde nas bilheterias brasileiras. Com Tom Hardy protagonizando o segundo filme ao lado de seu amigo alienígena, Venom 2 ficou entre ser engraçado e superficial.

As expectativas foram grandes na TV para a segunda temporada do premiado Ted Lasso. Seus episódios mais longos investiram ainda mais nos seus personagens, conseguindo marcar outros 3 pontos e ter um segundo volume ainda mais fenomenal. Quem também encantou foi a sitcom Pretty Smart e sua vibe Disney Channel em 2010, contando com a protagonização de Emily Osment – a nossa Lily de Hannah Montana. Com a mesma expectativa, The Walking Dead acendeu a chama da saudade no coração dos fãs de zumbis na primeira parte da sua temporada final.

Caminhando na contramão, a animação Injustiça: Deuses Entre Nós não foi digna dos Maiores Heróis da Terra da DC Comics. No Showtime, The L Word: Generation Q retoma The L Word depois de dez anos mas também segue presa ao passado, e mesmo com sua satisfatória repaginada, não retrata a vida da comunidade LGBTQIA+ nos dias de hoje.

E falando de vida real, Diana: O Musical estreou na Netflix mostrando o carisma e inteligência de Lady Di, mas esqueceu do drama necessário para falar de uma das maiores figuras do século XX. Já a coprodução entre Brasil e EUA do HBO Max, O Hóspede Americano, veio com um gosto amargo para contar a Expedição Científica Rondon-Roosevelt. Dando mais ênfase ao lado yankee, a minissérie lembrou a perda dos registros históricos brasileiros no incêndio do Museu Nacional de 2018.

Tentando alegrar nosso espírito, What We Do in the Shadows volta com qualidade para a sua terceira temporada cheia de humor, terror e vampiros malucos. No entanto, se nos confortamos com a comédia da FX, Cenas de um Casamento veio para quebrar de vez nossos corações. Terminando ao som de Chico Buarque, a produção original da HBO é uma obra-prima que mostra um casamento fracassado da forma mais complexa possível. 

Enfim, todos esses lançamentos não aliviam a perda de Gilberto Braga para a TV brasileira no mês de outubro. De Escrava Isaura à Babilônia, o talento do escritor deixou um leque de novelas e memórias nas pessoas de todo o país. Uma dedicatória ao legado do dramaturgo e muito mais sobre o que rolou no Cinema e na TV você confere no Cineclube de Outubro de 2021, sob a curadoria da Editoria do Persona e de seus Colaboradores. E deixamos aqui a pergunta mais importante que permeia a memória de um noveleiro digno: Quem matou Odete Roitman?

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Mindhunter exterioriza os monstros que vivem dentro de nós

Cartaz da segunda temporada de Mindhunter. Na imagem, Bill e Holden estão de costas um para o outro. Bill está à esquerda e é um homem branco de meia idade com expressão rígida e cabelos cortados baixos. Holden está à direita e é um homem branco mais jovem, com cabelos bem penteados e curtos, e uma expressão dispersa. Ambos estão de terno. A imagem é em preto e branco.
O desempenho ruim na audiência da 2ª temporada de Mindhunter foi o motivo do desprezo da Netflix pela série, que segue ignorando o apelo dos fãs e divulgou em 14 de outubro outro projeto com David Fincher (Foto: Netflix)

Nathália Mendes

Mindhunter te faz um convite: sente-se à mesa com os protagonistas da série para entrevistar uma lista de criminosos repulsivos. A década de 70 nos Estados Unidos foi uma máquina de serial killers, mas a onda de horror causada por Ted Bundy, O Filho do Sam e BTK também foi acompanhada pelo fascínio. Da abominação por esses homens, houve a curiosidade e necessidade de entendê-los. O que pensaram para escolher aquela vítima e matar daquela forma? Por que todas as suas ações seguem um padrão meticuloso, específico, premeditado, mas as vítimas são estranhas? A série mostra os pioneiros em fazer essas perguntas cujas respostas são indigestas, na busca por traçar perfis de assassinos – um trabalho da vida real que revolucionou a Unidade de Ciência Comportamental do FBI. E mesmo assim, sem cancelamento ou continuação, a série está há 2 anos no limbo da Netflix.

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Os 5 anos de The Good Place nos deixam uma pergunta: o que devemos uns aos outros?

Cena da série The Good Place. A imagem mostra os seis personagens principais dentro de um balão, eles sorriem e olham para a câmera.
Seis narrativas diferentes que trazem uma história única (Foto: NBC)

Gina Zapparoli

Nunca é esperado que alguém tome notas de ações boas e ruins que fazemos durante o tempo em que as pessoas passam na Terra, correto? Talvez colar em uma prova importante a qual você queira muito passar ou comprar uma “mistura de margarita para mulheres solitárias” para passar o fim de semana não parecem ser opções tão ruins vez ou outra.

No entanto, The Good Place mostra que há sempre uma pessoa anotando seus erros e acertos e que, bem, isso poderá te dar uma futura dor de cabeça. A narrativa da série se baseia em como as decisões dos personagens principais Eleanor Shellstrop (Kristen Bell), Tahani Al-Jamil (Jameela Jamil), Jason Mendoza (Manny Jacinto) e Chidi Anagonye (William Jackson Harper), por mais bobas que sejam, tragam grandes consequências para os mesmos.

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A Grande Família de Clark: Superman & Lois abre espaço para o lado humano do Homem de Aço

Cena da série Superman & Lois. Na imagem é possível ver Clark Kent, um homem alto de pele clara, barba rala, cabelo castanho e óculos, usando uma camisa xadrez vermelha. A esquerda está Lois Lane, uma mulher de altura mediana, cabelos castanhos longos, olhos claros, usando um blazer preto com blusa branca. No fundo da foto se encontra uma caminhonete vermelha e o horizonte com árvores.
Superman & Lois começou a ser exibida no dia 13 de fevereiro de 2021 pela CW Television Network, e chegou ao Brasil no catálogo do HBO Max (Foto: HBO Max)

Ana Nóbrega

Nem mesmo o Superman (Tyler Hoechlin) conseguiu se esquivar das dificuldades da vida real. Demitido de seu trabalho como jornalista no Planeta Diário, Clark Kent decide tomar um novo rumo em sua vida ao lado dos filhos e da esposa em Superman & Lois. A nova série do herói, que está disponível no HBO Max, renova a imagem que vem se formando nos últimos anos do Homem de Aço. A trama se constrói quase como uma versão estadunidense e heróica de  A Grande Família, dividida entre as relações familiares e os empresários que querem dominar o mundo.

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Scream: eles sempre voltam

Cena da série Scream. Na foto, em um primeiro plano, vemos uma pessoa vestindo uma capa preta, luvas pretas e uma máscara cirúrgica branca, empunhando uma faca.
Ao contrário dos filmes, a série Scream não ganhou um nome traduzido e permaneceu homônima ao título original da franquia (Foto: MTV)

Vitória Lopes Gomez

Em uma época em que os slashers já estavam mais do que consolidados, Pânico se tornou um clássico por um motivo: o filme de Wes Craven revitalizou o subgênero ao se aproveitar das próprias convenções e regras e subvertê-las a seu favor. As fórmulas e os clichês viraram brincadeira nas mãos do diretor e do roteirista Kevin Williamson. Com muita referência, metalinguagem e, acima de tudo, autoconsciência, Pânico deu um jeito de satirizar o Terror ao mesmo tempo que se tornava um dos maiores clássicos do gênero.

Como a franquia de filmes apontou, “eles sempre voltam”. E assim foi: alguns anos e algumas sequências depois, a MTV resolveu dar continuidade às obras no formato televisivo. Afinal, “adolescentes” era basicamente o carro-chefe da emissora e, contanto que as vítimas agissem como a idealização das pessoas da idade, até um assassino à solta renderia conteúdo. O primeiro desafio veio, justamente, em adaptar os 120 minutos dos longas para os 10 episódios da primeira temporada de Scream. O próprio Noah avisou no piloto: slashers não duram muito tempo.

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Cineclube Persona – Setembro de 2021

Arte retangular horizontal azul-metálico com o olho do persona centralizado, com a íris no mesmo tom de azul. No canto superior esquerdo está escrito "cineclube" em branco e embaixo "persona" em branco com texto vazado. No canto inferior direito está escrito "setembro de 2021" com letras pretas. Ao longo da imagem vemos quatro quadros de moldura preta com fotos de Simu Liu (homem amarelo, canadense de origem chinesa), Carla Diaz (mulher branca) e Leonardo Bittencourt (homem branco), Asa Butterfield (homem branco) e Mimi Keene e Andy Samberg (homem branco) e Andre Braugher (homem negro).
Destaques de Setembro de 2021: Shang-Chi, 8ª temporada de Brooklyn Nine-Nine, 3ª temporada de Sex Education e A Menina que Matou os Pais (Foto: Reprodução/Arte: Ana Júlia Trevisan/Texto de Abertura: Marcela Zogheib)

O mês de setembro sediou a 73ª edição do Emmy, e a cobertura do Persona comentou sobre incontáveis produções indicadas e vencedoras do prêmio mais importante da Televisão, além de conteúdos com informações sobre as categorias e quem ficou de fora. Mas nem só de tapete vermelho vive um mês, e chegou a hora de comentar sobre as novidades de setembro no Cinema e na TV.

Grandes nomes do Cinema marcaram presença em lançamentos. A começar por Clint Eastwood que, no auge dos seus 91 anos, dirigiu e estrelou o filme Cry Macho, lançado nos cinemas e no HBO Max americano, trazendo uma perspectiva diferente de antigos papéis de sua carreira. Temos também My Son, thriller com a vencedora do Emmy Claire Foy e James McAvoy, que filmou o longa inteiramente sem ler o roteiro, experienciando todos os momentos junto à audiência, acompanhando a investigação do desaparecimento do filho do casal.

O HBO Max também foi o palco de Ryan Reynolds, Taika Waititi e Joe Keery, que compõem o elenco recheado de estrelas de Free Guy. A história de aventura conta a história de Guy, um caixa de banco que descobre ser um personagem de videogame. Indo da comédia para o mistério, M. Night Shyamalan dirige Gael Garcia Bernal, Eliza Scanlen e outros grandes atores no longa Tempo (Old), sobre uma praia deserta onde os visitantes envelhecem repentinamente.

Para já ir se preparando para o Halloween, os lançamentos de terror chegam em peso. Candyman, produzido pelo Jordan Peele e dirigido por Nia DaCosta, propõe uma volta ao clássico do gênero, e Maligno, novo filme de James Wan,  presta homenagem ao Cinema de Terror.

A Netflix, por sua vez, traz opções para todos os gostos, lançando Kate, filme de ação protagonizado por Mary Elizabeth Winstead, e Confissões de uma Adolescente Excluída, comédia baseada na obra de mesmo nome de Thalita Rebouças. Na onda de filmes sobre adolescência, Meu Nome é Badgá chega aos cinemas trazendo uma perspectiva diferente dessa fase, pelos olhos de uma skatista de 17 anos da periferia de São Paulo.

O Amazon Prime Video também chegou forte esse mês, com as duas partes que acompanham o julgamento do caso Richthofen, O Menino que Matou Meus Pais, contando a versão de Suzane, interpretada por Carla Diaz, e A Menina que Matou os Pais, acompanhando a perspectiva de seu namorado, Daniel Cravinhos. Além desses, The Voyeurs, inspirado em Janela Indiscreta,  entra no catálogo do streaming da Amazon, estrelando Justice Smith e Sydney Sweeney.

Apostando na música, o Prime também traz uma repaginada da clássica história de Cinderella, com covers de músicas pop interpretadas por sua protagonista Camila Cabello. E a terceira edição do desfile da Rihanna, Savage X Fenty Show Vol. 3, coloca grandes nomes nas passarelas, como Troye Sivan, Thuso Mbedu, e Symone e Gottmik de RuPaul’s Drag Race. E falando de drag, Todos Estão Falando Sobre Jamie conta, através de um musical, a jornada de um garoto que quer se tornar drag queen.

Já no streaming da Disney, a música ficou por conta de Billie Eilish e Happier Than Ever: Uma Carta de Amor para Los Angeles, que acompanha um show da artista, além de trazer uma animação através de suas canções. E quando podemos ensaiar uma volta aos cinemas com a vacinação avançando na nossa população – e mantendo o uso de máscaras, não custa reforçar -, a Marvel está de volta às telonas com Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, primeiro filme com um herói asiático do estúdio.

Na TV, RuPaul’s Drag Race All Stars 6 coroa, pela primeira vez, uma mulher trans, a vencedora Kylie Sonique Love. Enquanto isso, a segunda temporada do spin-off europeu Drag Race Holland, chegou repleto de brigas e reviravoltas (e também deu o prêmio à uma mulher trans).

Representando os documentários, Controlling Britney Spears, a continuação de Framing Britney Spears, saiu de surpresa. Mais uma vez produzido pelo The New York Times, o programa continua destrinchando a delicada situação vivida pela princesa do pop.

Setembro também foi o mês de despedida de algumas séries. A oitava e última temporada da amada Brooklyn Nine-Nine vem com mudanças motivadas pelos protestos contra violência policial e o movimento Black Lives Matter. E na Netflix, Lúcifer entrega sua 6ª temporada com um final cheio de significados. 

Para os fãs de comédia romântica, Sen Çal Kapimi, sensação da TV turca, lança a sua segunda temporada. A Hulu também vem com grandes sucessos em setembro. Reservation Dogs, produzida por Taika Waititi e original do FX, conta a história de jovens nativo-americanos que querem deixar a reserva onde vivem. Além dela, a minissérie Nine Perfect Strangers traz Nicole Kidman, Melissa McCarthy, Regina Hall e outros atores conhecidos de Hollywood em uma trama paradisíaca e bem misteriosa.

Animações também integraram o elenco de lançamentos de séries do mês. No Disney+, Monstros no Trabalho, um spin-off de Monstros S.A., mostra a vida de um jovem monstro recém formado que precisa se adaptar ao novo funcionamento da fábrica, que agora faz as crianças rirem. Star Wars: Visions, uma série de antologia em formato de curtas feita por estúdios de anime, brinca com o universo da franquia de George Lucas, enquanto Rick & Morty, no HBO Max, chega com sua 5ª temporada explorando ainda mais a conturbada relação de seus protagonistas.

A Netflix não brincou em setembro, e além dos filmes, o streaming trouxe muitas séries, começando por Q-Force, que acompanha um espião gay e sua equipe LGBTQIA+. Retornam Sangue e Água, depois do sucesso da primeira temporada, e Sex Education, que chega em sua terceira temporada com novas questões a serem discutidas, e com o primeiro personagem não-binárie da série, interpretado por Dua Saleh. 

O streaming também tem bastante conteúdo pra quem gosta de ação: o volume 1 da parte final de La Casa de Papel, uma das séries mais famosas da produtora, chega com episódios intensos e um desfecho surpreendente. Além de Round 6, produção coreana que é a febre do mês. Perto de assumir o posto de série mais assistida da plataforma, a história acompanha pessoas competindo em um jogo de sobrevivência por um prêmio milionário. Por fim, Missa da Meia-Noite: o novo terror dramático de Mike Flanagan, cheio de tensão e religião. Tudo isso e muito mais você confere no Cineclube de Setembro de 2021, sob a curadoria da Editoria do Persona e de seus Colaboradores

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Linear e objetivo, o final de The Bold Type mostra a importância de nos escolhermos em primeiro lugar

A imagem é uma fotografia das três protagonistas da série. Em primeiro plano à esquerda, a personagem Kat, uma mulher preta de cabelos e olhos castanhos escuros, veste um sobretudo cinza e branco, botas pretas, está sentada de pernas cruzadas em cima de um balcão de bebidas. Ao centro a personagem Jane, uma mulher branca de olhos verdes, veste blazer e calça rosa, está em pé segurando um drink. à direita, a personagem Sutton, uma mulher branca, loira, de olhos azuis, veste um vestido branco e salto prata, está sentada em cima do balcão de bebidas com as pernas semi abertas.
The Bold Type estreou em 2017 nos EUA mas chegou no catálogo da Netflix brasileira apenas em maio de 2021 (Foto: Freeform)

Geovana Arruda

O felizes para sempre teve vez na última temporada de The Bold Type. Com  fechamento de ciclos, remember de cenas icônicas da série e mais reflexões de problemas da atualidade, o gostinho de final para as garotas da grande Nova York foi completo, conciso e deixará saudades. A série, que chegou este ano no catálogo da Netflix, está conquistando os amantes de uma boa comédia, principalmente aqueles que sentem saudade das primas, Gossip Girl e Girl Boss.  

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Shameless: essa família é muito unida e também muito ouriçada

William H. Macy é o único ator de Shameless nomeado no Emmy 2021 (Foto: Showtime)

Ana Júlia Trevisan

Não vamos mais contar o que rolou semana passada” “Acabou”, “Não vai rolar”, “É um insulto”: dessa maneira se encerra o ciclo de onze anos da série que recepcionava com um atrativo recap e finalizava seus episódios com uma cena pós-créditos nível Marvel. Shameless é uma comédia com todos os modos de um bom drama. A produção gira em torno dos Gallagher: uma família disfuncional de seis irmãos, onde a mãe tem bipolaridade e abandonou o lar e o pai é um bêbado, drogado e negligente. Assim como grandes séries vide The Office e Skins, Shameless é um remake americano da série britânica de mesmo nome.

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