Parasita e os monstros que alimentamos

A Coreia do Sul escolheu Parasita como seu representante ao Oscar 2020 (Foto: Neon)

Vitor Evangelista 

O Cinema sul-coreano fez barulho ao ganhar o prêmio máximo de Cannes alguns meses atrás. Parasita, obra prima do diretor Bong Joon-Ho, quebra a barreira da língua e orquestra um espetáculo de tirar o fôlego. As nuances violentas de uma família pobre e sua simbiose à classe rica são idealizadas num longa que não se cansa de passar a perna em seu espectador.

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30 anos sem Raul Seixas: o legado do maluco beleza

Raul Seixas e sua barba costumeira, que virou um dos símbolos do cantor  (Foto: Raul Seixas)

Caroline Campos

No dia 21 de agosto de 1989, sozinho em seu apartamento na cidade de São Paulo, Raul Seixas – para muitos, o pai do rock nacional – encontrou a morte, surda, que caminhava ao seu lado. Após 44 anos de uma vida de excessos, loucuras, esoterismo e rebeldia, o rockeiro baiano foi vítima de uma pancreatite aguda fulminante resultada do alcoolismo, que era agravado pelo fato de Raul ser diabético e não ter tomado sua insulina na noite anterior. Passados 30 anos deste baque na música brasileira, o “raulseixismo” ainda é uma filosofia de vida para sua legião de fãs, e os gritos de “Toca Raul!”, uma pedida clássica em bares e shows

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Euphoria e o retrato de uma juventude autodestrutiva

Sexo, drogas e muita maquiagem (Foto: Reprodução)

Egberto Santana Nunes

O rótulo de drama teen foi só fachada para Euphoria, série da HBO que teve seu último episódio transmitido no domingo (04). O subgênero fez o marketing e chamou atenção de um Conselho de pais dos EUA, que pediram pelo cancelamento da produção, antes mesmo de sua estreia. O motivo? “Conteúdo adulto extremamente gráfico – sexo, violência, profanação e uso de drogas – aos adolescentes e pré-adolescentes” e de acordo com o grupo, o programa estava comercializando “internacionalmente esse conteúdo para crianças”. E de fato, tem muito disso, mas também tem muito mais.

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A descartável segunda temporada de Big Little Lies 

(Foto: HBO)

Lara Ignezli

Big Little Lies, originalmente um livro de Liane Moriaty, ganhou uma adaptação em formato de minissérie no ano de 2017. A criação de David E. Kelley é televisionada pela HBO e produzida pela Hello Sunshine, empresa co-fundada por Reese Witherspoon — quem, inclusive, é uma das principais estrelas da produção. A produção pretendia ter apenas uma temporada com sete episódios e, através de uma narrativa misteriosa e carregada de suspense, utilizou o ano inicial para entrelaçar a vida de cinco mulheres residentes de uma comunidade (aparentemente pacata) em Monterey.

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Stranger Things 3: o mergulho definitivo nos anos 80

(Imagem: Reprodução)

Gabriel Soldeira

Quando chegou na Netflix em 2016, Stranger Things nos pegou desprevenidos. A série chegou sem fazer alarde e de repente se tornou um verdadeiro marco na cultura pop, sendo um dos pivôs do retorno dos anos 80 para o mainstream. A produção caiu nas graças do público pela aura nostálgica que permeia a trama, seu enredo misterioso que prende a atenção do início ao fim, e claro, o elenco extremamente carismático com interações tão fáceis de se relacionar quanto amizades de infância poderiam ser. E agora em sua terceira temporada vemos tudo isso evoluir para um novo patamar. Continue lendo “Stranger Things 3: o mergulho definitivo nos anos 80”

Homem-Aranha: Longe de Casa dá férias a Marvel nos cinemas

Homem-Aranha: Longe de Casa é o oitavo filme do herói a ser lançado nos cinemas (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

O segundo capítulo da saga do Homem-Aranha veio cedo demais. Menos de três meses depois da avalanche Vingadores: Ultimato, a Marvel trazer de volta o Cabeça de Teia é uma jogada arriscada. Sim, podemos combinar que não dependia só deles, a parceria com a Sony exigia um filme do Teioso no catálogo neste verão americano. 

É amargo o gosto que fica na boca depois de assistir o épico contra Thanos e absorver suas consequências para a franquia, lembrando que logo menos Peter Parker e cia iam voltar a se balançar por teias na Europa. Com isso estabelecido, Longe de Casa aceita a posição de epílogo da Saga do Infinito e semeia pistas para as futuras estações da Marvel nos cinemas.

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Meia década de I Never Learn: amar dói, mas a gente sobrevive

(Foto: Reprodução)

Jho Brunhara

A tristeza é contagiosa, talvez até mais que a felicidade, e em uma geração que valoriza tanto estar na bad, certos álbuns são indispensáveis para madrugadas em que o fundo do poço é o único local possível da terra para se estar. Em maio, o arrebatador I Never Learn, terceiro álbum de Lykke Li, completou cinco anos. A cantora do hit I Follow Rivers se mudou da Suécia para Los Angeles após um término, onde passou dois anos escrevendo o disco. O resultado foram nove músicas poderosas, cruas e destruidoras.

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Os 10 anos de Lady Gaga e como ela mudou a cultura pop para sempre

(Foto: Divulgação)

Jho Brunhara

Em 2018, ano que marca 10 anos de carreira da cantora Lady Gaga, o sucesso de crítica e público do filme Nasce Uma Estrela e da trilha sonora – especialmente da música Shallow –, provam que Gaga termina sua primeira década como uma artista completa: duas indicações ao Globo de Ouro, cinco ao Grammy e quase 11 semanas no topo do iTunes Mundial.

Colhendo ainda frutos do seu primeiro álbum, The Fame, que completou uma década, e comemorando 5 anos do lançamento do ARTPOP, Gaga acaba de iniciar seus shows fixos de residência em Las Vegas com um contrato milionário. Mas nem só do presente se faz uma artista: o que torna Lady Gaga tão memorável, mesmo com tantos altos e baixos na carreira? A resposta está em toda sua construção artística: o impacto na cultura pop.

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Aquaman mergulha na visão espalhafatosa de James Wan e revigora a DC no cinema

Dois terços do filme se passam embaixo d’água e a preocupação do diretor em tornar críveis essas sequências é enorme: atente-se ao cabelo dos personagens nas cenas no mar (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Nadando contra a corrente do fracasso comercial dos últimos trabalhos da DC, Aquaman chega repaginado, reimaginado e nas mãos de um cineasta experiente, dono de uma visão revigorante para os Mundos da DC nas telonas. O filme do Rei de Atlantis discute problemas já vistos no gênero, mas triunfa nas cores e na escolha certa de James Wan em expandir toda a cenografia, beirando a breguice mas acertando em criar o filme de super-herói mais bonito do mercado.
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A Maldição da Residência Hill rompe com as amarras do terror comum

O novo drama de suspense e terror da Netflix foi inspirado por Lost, revelou o criador Mike Flanagan (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Maquiada como uma produção de terror e fantasmas, A Maldição da Residência Hill usa de artifícios do gênero para tratar de uma relação familiar conturbada e extremamente relacionável ao mundo fora das telas. Transitando entre o passado e o presente dos moradores da Hill House, a produção de Mike Flanagan trabalha com alegorias e cria a melhor série original do ano da gigante de streaming.
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