Everyday Life e o novo testamento de Coldplay

Fotografia colorida da banda Coldplay. Os quatro membros da banda estão sentados em cadeiras de madeira lado a lado em cadeiras de madeira segurando seus instrumentos dentro de uma sala. Primeiro, à esquerda, está Will Champion, um homem branco, careca e de barba ruiva, que veste uma camisa branca e um blazer preto. Ele está cantando, de olhos fechados, e tocando o surdo da bateria que tem uma estampa de mapa-mundi. Ao lado dele, está o baixista Guy Berrymen, um homem branco de barba e cabelos curtos castanho escuros. Ele toca seu instrumento, que é alaranjado, e veste uma camisa de manga longa e calças pretas. Ao lado dele, está o vocalista Chris Martin, um homem branco de cabelos loiros e olhos azuis. Ele está cantando, olhando para cima, vestindo um terno preto com uma rosa vermelha no bolso do paletó. Depois dele, no lado direito da imagem, está o guitarrista Johnny Buckland, um homem branco de cabelos ruivos. Ele toca seu instrumento olhando para o lado direito da imagem e veste uma camisa branca e um colete preto. A sala em que a banda está tem paredes cinzas e uma iluminação amarelada atrás deles.
O oitavo disco da banda britânica foi lançado em novembro de 2019 e é um dos indicados a Álbum do Ano no Grammy 2021 (Foto: Reprodução)

Raquel Dutra

É quase impossível pensar em Coldplay sem associar o grupo às suas costumeiras melodias enérgicas, letras imaginativas e canções vívidas encaixadas dentro de um pop eletrônico que colocou arenas inteiras em estado de catarse nos últimos dez anos. Antes de desviar-se por essa direção, a banda fez seu nome com um rock alternativo sentimental, poético e igualmente atraente com seu álbum de estreia em 2000 e através dos outros dois que o seguiram, estourando com algo mais pop em 2008. O que veio depois disso é alvo de opiniões fortes, mas apesar das inconsistências que a arte de uma banda altamente vendável vivencia ao decorrer dos anos e das respostas conflitantes que podem surgir do público e da crítica, o sucesso que o grupo conseguiu construir em suas diferentes identidades é um fato inquestionável.  

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Euphories e a exaltação nostálgica dos anos 80

Capa do álbum Euphories. Mostra uma mulher branca de cabelos castanhos soltos, que usa uma camiseta e shorts brancos, abraçando por tás um homem, também branco e de cabelos castanhos curtos, que usa uma blusa de mangas compridas e uma calça, ambas brancas. Ao fundo vemos uma janela, cortinas, uma cômoda e um relógio na parede, todos brancos. A capa é iluminada por luzes rosa e azul neons. No topo da imagem está escrito Videoclub em letras garrafais azuis e logo abaixo está escrito Euphories em branco.
“Não quero cair no seu esquecimento/ Deixe-me vagar por suas noites” (Foto: Reprodução)

Ana Laura Ferreira

Nos últimos anos, vimos explodir uma aura nostálgica que cerca a década de 1980. De influências musicais à moda e cinema, a estética da época é reaproveitada aos montes numa tentativa de trazer toda a sua magia para o momento atual, o que por vezes não passa de uma cópia barata do que funcionava anos atrás. É certo que alguns artistas conseguem refrescar suas influências e apresentar obras primas como After Hours, de The Weeknd, enquanto outros apenas se perdem em meio a referências. Para a nossa sorte, Euphories sabe onde pisa e desfila pela década com a confiança necessária para entregar algo novo e ainda old school

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Charli XCX e O álbum dos álbuns de quarentena

Capa do álbum how i'm feeling now, da artista Charli XCX.A imagem se trata de uma fotografia, onde é possível enxergar uma mulher jovem de 28 anos, com cabelos pretos e pontas descoloridas, vestindo apenas um cropped branco e uma calcinha também branca. Ela está deitada em uma cama com lençóis e travesseiros brancos também. A garota segura uma pequena câmera tipo filmadora em sua mão direita. No lado esquerdo da capa do disco tem o inscrito How I'm feeling now.
Capa do álbum how i’m feeling now (Foto: Reprodução)

Leandror Oliveira

how i’m feeling now, como o nome sugere, é uma obra sobre o agora. Ou pelo menos, o agora de 2020. O quarto álbum de Charli XCX, lançado em maio, traz um lado mais intimista e livre da cantora em seu período isolada. Gravado em casa e sendo inteiramente produzido dentro de 6 semanas, vemos uma extensão do seu aclamado último trabalho Charli de 2019, com a adição de altas doses de experimentação e melancolia de quarentena.

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Sem pudor, DEMIDEVIL transmite uma mensagem de empoderamento feminino e contra o machismo

 Capa do CD Demidevil. Arte gráfica com o fundo de nuvens cor de rosa. Na parte central está a personagem Ashnikko. Uma mulher branca, de longos cabelos azuis. Ela veste um maiô branco e rasgado com acessórios em preto e está calçando grandes botas na cor azul. Na sua mão direita está segurando uma bazuca rosa que está disparando um raio laser azul claro. Ela está montada em uma dragão verde que tem o rosto da personagem. Na parte superior pode-se ler “Demidevil” em um estilo gótico na cor prata.
A rapper em ascensão Ashnikko conta, em meio a um visual influenciado pelos animes, a luta de uma anti-heroína no combate ao machismo, enquanto ainda precisa lidar com suas desilusões amorosas (Foto: Reprodução)

Gabriel Brito de Souza

Para aqueles que ainda não conhecem a voz por trás de DEMIDEVIL, aqui vai uma breve introdução: Ashton Nicole Casey nasceu em uma pacata cidade no interior da Carolina do Norte, EUA, e foi ainda na adolescência que escutou, pela primeira vez, as músicas da rapper britânica M.I.A, e, a partir de então, apaixonou-se pelo rap. Porém, aos seus 13 anos, mudou-se com a família para a Estônia e, posteriormente, para a Letônia, onde sua dificuldade com a língua e o conservadorismo do país para com suas composições fez com que viajasse para Londres, aproximando-se cada vez mais da música.

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Black is King traz ao mundo a luz de um continente um dia esquecido

A imagem é uma foto do filme Black Is King. Nela, a cantora Beyoncé está sentada em cima de um carro com estampa de oncinha. Beyoncé é uma mulher negra, com cabelos longos em tranças, ela veste uma calça, blusa de manga comprida e um salto de estampa de oncinha e usa um óculos escuro no rosto. Ao redor do carro, estão vários homens negros com terno e calça de estampa de oncinha.
Black is King estreou no Disney+ no dia 31 de julho de 2020 e nos mostra Beyoncé como a artista multifacetada que é; com figurinos deslumbrantes e um roteiro de tirar o fôlego, ela nos leva a uma viagem ao continente-mãe da humanidade (Foto: Reprodução)

Felipe Bascope

Em 2016, Beyoncé lançou o álbum visual Lemonade, trazendo para o topo grandes discussões sobre questões raciais, e revolucionando a indústria da música de muitas formas. Em sua nova obra visual, Black is King, ela cria uma linda ponte entre a cultura pop e o continente africano, entre as gerações anteriores e as novas. E mostra um lado do continente antes desconhecido, cheio de cores, vida, bem vibrante, como podemos ver nos primeiros minutos do filme, onde são mostradas diversas regiões da África. A narrativa de O Rei Leão serviu como inspiração para uma linda e repaginada história tão marcante em nossas vidas.

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Nós não nos falamos mais: 5 anos de Nine Track Mind e a premissa de Charlie Puth

Capa do álbum Nine Track Mind. Fotografia retangular com fundo amarelo. Charlie Puth, homem branco de cabelos castanhos escuros, está de perfil voltado para a direita e encontra-se no centro. Ele possui uma cicatriz na sobrancelha direita. Ele veste uma camisa verde musgo. Na parte inferior, pode ser ler “Charlie Puth” em preto seguido de “Nine Track Mind” em branco.
“Eu pensei que o dinheiro era suficiente/É apenas uma corrida temporária/Vou tentar ir encontrar alguma outra diversão” (Foto: Reprodução)

Júlia Paes de Arruda

Quem vê Charlie Puth agora, dono de hits como Attention e Girlfriend, mal sabe que o álbum Nine Track Mind, lançado em 2016, é um produto de sua autoria. Ele mesmo afirmou que esse disco era sua tentativa de se encontrar e se descobrir como artista. Porém, isso não significa que não possamos apreciar sua genialidade e seu imensurável talento na música. A verdade é que, 5 anos depois, o álbum só reafirma a preciosidade de cantor, compositor e produtor que Puth é. 

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excuse me, i love you: um presente em cheio para os fãs de Ariana Grande

Fotografia da artista Ariana Grande. De pé, a imagem capta suas pernas dobradas para o lado esquerdo e seus braços levantados. Ariana olha para o chão com a boca aberta. Seus cabelos castanhos são longos, na altura da cintura, e são divididos em um rabo de cavalo pela metade. Ela veste um sutiã e saia rosa e uma meia calça branca. Ariana está na parte central da imagem.
“Eu não acreditei que eu conseguiria fazer show algum, e agora chegamos a 80 shows”: em meio ao caos, Ariana Grande triunfa (Foto: Kevin Mazur)

Laís David

De cantora prodígio na Broadway, atriz da Nickelodeon até grande nome da música pop, foi quase impossível não escutar sobre Ariana Grande na última década. Entre álbuns que lideram os charts, um Grammy, múltiplos hits e turnês esgotadas, ela alcançou sucesso em tudo que se propôs. Agora, a jovem se aventura estreando na Netflix com excuse me, i love you, um show e documentário sobre a última turnê de Grande, a Sweetener World Tour.

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Em clima de ansiedade e sem saber quando ouviremos o seu sucessor, o emblemático ANTI completa 5 anos

Criada pelo artista Roy Nachum, a capa é a primeira na música a trazer um poema escrito em braille (Foto: Reprodução)

Giovanne Ramos

O oitavo álbum de Rihanna, ANTI, completa seu quinto aniversário neste dia 28 de janeiro. Sob o selo da sua própria gravadora, Westbury Road Entertainment, o CD se tornou em pouco tempo um ícone musical, o que já é esperado da barbadiana que faz sucesso com tudo o que lança, desde a sua estreia no cenário. Marcado pela sua mistura de R&B contemporâneo com pop – e algumas outras influências -, o trabalho apresenta uma Rihanna madura, confiante e com mais controles de sua própria carreira.

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Com Confetti, você coloca o volume no máximo e comemora mesmo sem motivo

Na imagem, as quatro integrantes do Little Mix estão recortadas do busto para cima. A primeira à esquerda é Jesy Nelson, uma mulher branca e jovem de cabelos castanhos lisos, que está com glittler colorido ao redor dos olhos e sobrancelhas. Suas unhas estão pintadas de vermelho e a mão está no pescoço. Depois, Leigh-Anne, uma mulher negra e jovem de cabelos pretos está com as duas mãos no rosto e glittler ao redor dos olhos. A seguir, Jade Thirlwall está com o rosto apoiado no ombro. Ela é uma mulher branca e jovem de cabelos castanhos claros. Ela possui sombra azul e glittler azul nas pálpebras. Por último, Perrie Edwards, uma mulher branca e jovem de cabelos loiros, está com a mão apoiada no rosto. Ela usa um bato levemente rosa e glitter rosa ao redor dos olhos. O fundo da imagem é um jogo de luzes que mistura o azul, o rosa e o vermelho. No centro superior, há o nome "Little Mix" em letras brancas.
Capa do álbum Confetti (Foto: Reprodução)

Ettory Jacob

No longínquo ano de 2011, o programa The X-Factor UK era protagonizado por quatro jovens mulheres: Jade Thirlwall, Leigh-Anne Pinnock, Jesy Nelson e Perrie Edwards, integrantes do recém formado Little Mix. A única girlband a vencer a competição manteve-se no mercado mesmo com o fim do programa, e hoje seu sucesso é comparável às Spice Girls, ícone pop dos anos noventa.  

Agora, pela primeira vez na gravadora Columbia Records, é lançado o álbum de estúdio da banda, Confetti. Com uma estética disco e toques do pop chiclete, o CD aborda temas como amor próprio, superação, renovação, independência e clichês da indústria musical. Contudo, 2020 trouxe aos fãs do Little Mix não apenas uma nova obra, mas também o fim da formação original da banda. 

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Hollywood’s Bleeding e a reconstrução de Post Malone

A imagem é uma foto de divulgação do álbum Hollywood's Bleeding, do cantor Post Malone. Na imagem, Post está com o rosto virado para o lado direito para baixo, ele está com os olhos e a boca fechada. Post é um homem branco, de cabelos castanhos cacheados, barba e com algumas tatuagens no rosto. Ele veste um casaco preto e há uma luz vermelha em seu rosto. Ao fundo da imagem, é possível ver galhos de uma árvore e um fundo azul.
O carismático rapper estadunidense muda suas feições em seu álbum mais recente (Foto: Reprodução)

Vitória Silva

Post Malone é um hitmaker de mão cheia. Essa máxima vem sendo comprovada desde 2016, com o lançamento do seu primeiro disco, o Stoney, quando emplacou a faixa Congratulations no topo das paradas. Em 2018, o sucesso se manteve com Better Now e rockstar, que permanecem em alta até hoje, dando a sensação de terem surgido apenas a dias atrás. 

Ao mesmo passo que Austin Richard Post (nome de batismo do cantor) produzia grandes hits, também revelava letras sem muita profundidade ou diferencial para o meio. Mulheres, festas, drogas, bebidas e luxos da fama, una esses tópicos a batidas dançantes de trap e você tem quase a discografia completa do nova iorquino. E, para quem esperava ouvir apenas mais do mesmo, Hollywood’s Bleeding chega a ser surpreendente. 

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