Tenet: infelizmente, humildade não paga as contas

Elizabeth Debicki, uma mulher loira e branca, está usando um traje de mergulho verde e uma colete preto com detalhes laranjas no ombro. Ela está numa lancha, vemos o mar ao fundo. Seu cabelo loiro está preso num coque e ela olha para a esquerda, num lugar que a câmera não vê.
Por mais que os personagens nunca justifiquem suas motivações, Tenet é um filme divertido pela ação (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

É uma pena que o filme mais comedido de Christopher Nolan tenha em sua bagagem a maior negatividade de sua carreira. Longa que, segundo o cineasta, salvaria o cinema depois da pandemia e das salas fechadas, Tenet traga a ingratidão de um realizador ególatra e de um público que já dá o play com desgosto nas entrelinhas. A obra por si só se diverte em tudo que Nolan construiu desde que estourou com Memento, no início do século: o tempo vira gelatina nas mãos e nas lentes do britânico, fascinado pela auto indulgência de sua falsa genialidade.

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