Há 30 anos, Jurassic Park marcava a história do Cinema e a memória de gerações

Cena do filme Jurassic Park. A foto mostra o elenco principal. John Hammond, um idoso com barba e cabelos grisalhos, usa uma camisa branca, óculos de grau e um chápeu. Mais para trás, Ian Malcolm, usa camisa e casaco pretos e óculos escuros. Depois, Alan Grant, de camisa jeans, chapéu e uma bandana vermelha no pescoço e Ellie Satler, de camisa azul, blusa rosa por cima, óculos de grau e cabelo preso, loiro. Todos com uma expressão de surpresa no rosto.
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros completa 30 anos em 2023 (Foto: Universal Pictures)

Lara Fagundes

Bem vindos ao Jurassic Park!” É com essa frase que o casal de apaixonados por dinossauros, Alan Grant (Sam Neil) e Ellie Satler (Laura Dern), é recebido na Ilha Nublar. Também é dessa forma que Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros foi apresentado ao público nos cinemas em 1993, por Steven Spielberg. O grande cineasta, já conhecido por Tubarão, E.T.: O Extraterrestre e os primeiros Indiana Jones, dirigiu o filme que revolucionou a história do Cinema com uma equipe de efeitos visuais dedicada em levar o telespectador de volta a 66 milhões de anos atrás, quando os dinossauros ainda habitavam o planeta. 

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Estante do Persona – Janeiro de 2023

Para começar 2023, Aos Prantos no Mercado desbota os cinzas e pretos da dor do luto no Clube do Livro do Persona (Arte: Nathália Mendes/Texto de abertura: Jamily Rigonatto)

“Às vezes, meu luto é igual a ter sido deixada sozinha em uma sala sem porta nenhuma. Toda vez que eu lembro que a minha mãe morreu, parece que estou batendo contra uma parede que se recusa a ceder. Não há escapatória, só uma superfície dura contra a qual eu me choco vez após outra, um lembrete da realidade imutável de que eu nunca mais vou voltar a vê-la.”

– Michelle Zauner

O Clube do Livro do Persona deu início ao ciclo de 2023 com direito a todas as emoções presentes nos processos do luto. Com a leitura de Aos Prantos no Mercado, de Michelle Zauner, nossos leitores experimentaram a dor, as memórias e os afetos através das prateleiras do H Mart em Nova York. Abrindo portas para a intimidade, a obra da vocalista da Japanese Breakfast caminha, entre temperos e lágrimas, pelas reflexões desencadeadas na artista após a morte da mãe.

Desde as primeiras páginas do livro, há o gosto de uma experiência sensorial. Enquanto narra a passagem pelos corredores de um mercado de comidas coreanas, a artista evoca cheiros, texturas e cores para ilustrar as questões que marcaram suas lembranças. A cada embalagem vista, o resultado é um conjunto de reações lacrimosas misturadas aos flashbacks de sensações e momentos em que a comida representava a ligação entre mãe e filha. 

O livro, publicado em outubro de 2022, é a continuação das páginas expostas na revista The New Yorker em 2018. A versão final da obra trouxe o ensaio na forma do primeiro capítulo das 288 páginas que compõem o conjunto. No Brasil, a editora Fósforo foi a responsável pela publicação, com tradução de Ana Ban e capa ilustrada pela quadrinista Ing Lee

Através de suas palavras, a cantora e escritora consegue expor não só como funcionava a relação com a própria mãe, como também gerar pensamentos sobre o amor e as formas singulares sob as quais esse sentimento se porta. Assim, as relações não ganham um tom de perfeição, mas mostram o apreço entre os gestos e atitudes. A austeridade e rigidez que envolvem a criação de Michelle ainda abrem espaço para as ponderações de sua visão acerca da mudança de perspectiva visível entre a adolescência e a vida adulta.

O texto também traz a birracialidade como pauta e explora os impactos dessa condição na própria concepção do ser e pertencer. Em diversos momentos, as pontas soltas da ideia de não se sentir inteira étnica e culturalmente passeiam ao redor das angústias proporcionadas pela perda. Zauner, que é filha de mãe coreana e pai estadunidense, percorre a trilha das fragilidades de suas tradições e relações com os Estados Unidos e a Coréia do Sul.

Em sua estreia literária, a cantora de 33 anos é pessoal e trabalha o processo de luto de um aspecto já apresentado em seus trabalhos musicais. Aqui, somos convidados em um universo extremamente particular e humano. Seja na tristeza, na raiva ou na inveja, tudo soa em notas de singularidade escritas de forma extremamente descritiva, e o uso da linguagem remonta as imagens em vivacidade na cabeça de quem lê. 

Mas como os aspectos de sentir são vorazes, o que não falta é experimentação, melancolia, possibilidades em mundos reais ou ficcionais. Por isso, como de costume, a nossa editoria deixa sua lista de selecionados nas mãos de quem busca mais lágrimas ou prefere se moldar às páginas bem humoradas com as indicações de Janeiro no Estante do Persona.

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25 anos depois, Jurassic Park não precisa poupar despesas

(Foto: Reprodução)

Maria Carolina Gonzalez

Quando somos confrontados a realizar um desafio, todo nosso conhecimento é colocado a prova. Você pode ser um grande paleontólogo e conhecer toda a estrutura óssea de um Tiranossauro Rex, mas e se fosse preciso fugir de um? Ou você pode ser um renomado cineasta com vários filmes premiados na carreira, mas e se você fosse desafiado a trazer para as telas animais extintos há 65 milhões de anos?

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