Mesmo 35 anos depois, Harry e Sally: Feitos um para o Outro continua impecável

Cena do filme Harry e Sally : Feitos um para o outro  , na imagem temos  duas pessoas sentadas lado a lado, a esquerda, temos Harry,  um homem com cabelo curto que utiliza  um suéter preto sobre uma camisa azul claro com gravata. Ele olha para a mulher ao lado essa mulher é Sally, que possui cabelos loiros e cacheados, usando uma blusa branca de mangas compridas cruzadas no peito. Eles parecem estar em um momento de conversa descontraída, com expressões amigáveis e olhares carinhosos. O fundo tem um papel de parede suave, sugerindo um ambiente aconchegante.
Harry e Sally: Feitos um para o Outro foi o filme que moldou a fórmula de sucesso das comédias românticas das décadas de 1990 e 2000 (Foto: Columbia Pictures)

Rafael Gomes 

Harry e Sally: Feitos Um para o Outro estreou em Julho de 1989 mundialmente. No Brasil, o filme demorou mais alguns meses para ser lançado, em Dezembro de 1989. O longa abriu as portas para a Comédia romântica em Hollywood na década de 1990, voltando a cativar o grande público através de títulos de enorme sucesso como: Sintonia de Amor, Quatro Casamentos e Um Funeral, Um lugar chamado Notting Hill e O Casamento do Meu Melhor Amigo. Na contramão do gênero, Harry e Sally mostra que o amor de verdade é sempre imperfeito, sendo necessário uma boa dose de tolerância para encontrar o par ideal.

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Duas décadas depois, De Repente 30 é apenas para os nostálgicos

Cena do filme De Repente 30. Uma menina e uma mulher estão lado a lado dentro de um elevador de paredes de madeira. Do lado esquerdo, está a atriz Renee Olstead interpretando Becky, uma menina branca, de lábios e bochechas coradas, de cabelos longos castanhos. Ela veste um vestido polo preto e uma bolsa marrom do lado esquerdo do corpo. Ela olha para a mulher que está do seu lado direto. A mulher é a atriz Jennifer Garner interpretando a personagem Jenna Rink. Ela é uma mulher branca que usa batom cor de rosa e está com os cabelos castanhos presos em dois birotes. Ele usa um vestido regata Versace, nas cores verde, verde água e com uma faixa em marrom. no seu colo tem um colar em formato de borboleta verde. ela carrega do seu lado esquerdo uma bolsa pequena roxa.
“Eu não quero ser original, eu quero ser descolada” (Foto: Columbia Pictures)

Costanza Guerriero

30 é a idade do sucesso! Essa era a ideia que as páginas da revista Poise apresentavam para a jovem Jenna Rink (Christa B. Allen), em meio às cores, hits e looks da década de 1990. A imagem de mulheres magérrimas, elegantes, sensuais, e ainda, donas de suas próprias carreiras: a mulher de 30 anos faz tudo e de tudo, enquanto uma jovem de 13 anos pode apenas tirar péssimas fotos para o livro do ano e encher os sutiãs com papel higiênico. Vinte anos depois, as paredes da casa dos sonhos já estão um pouco desbotadas, mas será que ainda restam o glitter e pó do desejo nos quais De Repente 30 estava envolto em 2004? 

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Como Perder um Homem em 10 Dias: 20 anos do clássico que uniu humor e emoção em uma aposta oculta de paixão

Cena do filme Como Perder um Homem em 10 Dias. Um homem segura o rosto de uma mulher com suas duas mãos. Ambos estão sorrindo e próximos um do outro. Observa-se os dois de perfil, virados de lado e se olhando. De fundo, uma avenida com carros passando pode ser observada, assim como uma porta de táxi próxima da mulher.
Com sucesso enorme de bilheteria desde seu lançamento, a clássica comédia romântica protagonizada por Kate Hudson e Matthew McConaughey comemora seus 20 anos de renome em 2023 (Foto: Paramount Pictures)

Luiza Lopes Gomez

Inspirado em um quadrinho de comédia, Como Perder um Homem em 10 Dias comemora seus 20 anos de lançamento no ano de 2023. Conhecido como uma das maiores romcoms da atualidade, o longa mantém sua relevância atemporal, mesmo sendo alvo de certa necessidade de reparação mediante concepções antigas e sexistas perpetuadas na época de sua criação. Manter sua notabilidade não é um problema para o filme de Donald Petrie graças ao desenvolvimento de personagens comuns e identificáveis, estrelados pelos renomados atores Kate Hudson e Matthew McConaughey, que formam um par romântico imperfeito, porém certeiro.

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Vermelho, Branco e Sangue Azul tenta fazer história saindo das páginas impressas

Cena do filme Vermelho, Branco e Sangue Azul, na qual Alex (Taylor Zakhar Perez), à direita, e Henry (Nicholas Galitzine), à esquerda, estão no chão, após derrubarem o enorme bolo branco de casamento do irmão de Henry. Ambos estão com as roupas sociais, rosto e cabelos cobertos de bolo, Henry possui a boca aberta esboçando uma feição desacreditada, enquanto Alex permanece estático, com os olhos arregalados ao seu lado. O chão no qual eles se encontram possui uma tapeçaria vermelha, que está coberta pela doce destruído
Quem poderia imaginar que a queda de um bolo milionário seria a responsável por um romance? (Foto: Amazon Prime Video)

Gabriela Bita

O anúncio de adaptação de uma obra literária para as telas é algo que deixa muitos fãs apreensivos. A aposta da Amazon Studios em Vermelho, Branco e Sangue Azul permitiu que os admiradores do livro homônimo – escrito por Casey McQuiston – respirassem, de certa forma, aliviados ao verem seus queridos personagens ganhando vida. Em pouco menos de duas horas, o filme reconta a história de 392 páginas de Alex Claremont-Diaz e o príncipe Henry.

Na trama, Alex (Taylor Zakhar Perez) é filho da presidente dos Estados Unidos e queridinho da mídia americana, enquanto Henry (Nicholas Galitzine) é um dos príncipes da Inglaterra – amado não só por sua nação, mas também pelo mundo todo – e ambos não se suportam. Após um desastre no casamento do irmão mais velho do membro da realeza, que incluiu um bolo milionário sendo destruído, os jovens precisam manter as aparências para o público e fingir que são amigos de longa data. Conforme se aproximam, a mágoa e ressentimento entre os dois dá lugar a um sentimento novo, confuso e intenso, que pode pôr em jogo a reeleição da mãe de Alex e a vida do príncipe britânico na conservadora corte.

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Folhas de Outono é uma comédia romântica sem paixão

Vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Cannes, Folhas de Outono integrou a seção Perspectiva Internacional da 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo (Foto: O2 Play)

Vitória Gomez

Em um dia cinza, uma trabalhadora de um supermercado é demitida por furtar uma refeição vencida, que iria para o lixo. Pouca diferença faz, já que um serviço tão mecânico poderia ser melhor aplicado em qualquer outro lugar. Na mesma cidade, mas aparentemente sem conexão nenhuma, um homem alcoólatra é dispensado por beber no trabalho. Para ele, a mesma coisa: com exceção do salário no fim do mês, pouco importa. É nesse cenário de desilusão e desesperança total que ambos se encontram, e Folhas de Outono mostra que é possível fazer comédia romântica sem nenhuma paixão ou graça.

Presente na 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e no Festival de Cannes, o longa do finlandês Aki Kaurismäki parte de um lugar comum: uma demissão – ou melhor, duas demissões. No entanto, com a constante frieza do trabalho assombrando o dia a dia, as risadas se fazem no absurdo e na solidão compartilhada entre dois protagonistas que igualmente buscam por conexão humana (ou animal) em meio a um cotidiano de sobrevivência.

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Com um olhar aconchegante, Crush é uma revolução espontânea dos jovens queer nas telas do cinema

Jovens abertamente queer, medos e um amor fofo preencheram a narrativa de Crush e o coração do telespectador (Foto: Hulu)

Monique Marquesini

Os romances adolescentes nas telas são como deliciosas histórias confortáveis, com seus clichês e casais. Na comédia romântica Crush, a narrativa é centrada em uma receita antiga: aquela em que a personagem busca atenção de sua suposta alma gêmea, quando, na verdade, seu amor está mais perto do que se imagina. Porém, seu grande diferencial é que somos transportados para as aventuras e amores do Ensino Médio ao lado de uma jovem queer.

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Atenção: Legalmente Loira não é uma comédia romântica

Cena do filme Legalmente Loira. Nela está presente uma mulher branca loira caminhando por uma rua. Ao fundo é possível ver à esquerda pessoas passando, à direita um carro com o porta malas aberto e no chão estão algumas malas e itens de mudança. A mulher usa óculos com lentes rosas e está vestida com saia na altura altura joelho e blusa, ambos rosas. Ela segura com a mão esquerda uma bolsa vermelha com um lenço laranja e rosa pendurado nela. Na mão esquerda ela segura um cachorro da raça chiuaua que usa uma roupinha rosa e roxa. A esquerda dela está um carro conversível preto.
Reese Witherspoon guardou com ela todos os figurinos usados por Elle no filme (Foto: MGM Distribution Co.)

Marcela Zogheib

Nas prateleiras das locadoras, centenas de filmes competiam pela atenção dos clientes que estavam procurando algo para assistir, e ninguém se saía melhor nessa briga que Elle Woods (Reese Witherspoon) com seu vestido rosa, chiwawa de coleira, caneta de plumas e, claro, os livros de Direito. A capa que dizia “Legalmente Loira: pelos direitos das patricinhas” estava sempre no topo da seção de comédia romântica buscando chamar o olhar do público feminino colocando o máximo de itens rosa possíveis em 20 centímetros de capa de DVD. E funcionou.

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Bay Yanlis: às vezes, a pessoa errada pode ser a certa

Póster da novela Bay Yanlis. Na imagem estão presentes os atores Özge Gürel e Can Yaman, que interpretam respectivamente Ezgi Inal e Özgür Atasoy. Ezgi é uma mulher branca de cabelo castanho comprido, ela está sentada num banco com a mão direita levantada, a personagem veste uma saia lilás com uma blusa branca e um terno lilás. Özgür Atasoy é um homem branco com cabelo castanho liso, ele veste uma camisa branca e uma calça jeans, está posicionado de pé com os braços cruzados. Ambos estão em uma varanda, com o nome da série em vermelho.
Pôster da dizi Bay Yanlis (Foto: Fox Turquia)

Maria José da Costa

No Brasil, nós temos o costume de assistir novelas e séries como forma de entretenimento. Na Turquia, eles assistem as famosas dizis, que são basicamente novelas/séries com bölüns (episódios) que tem em média duas horas de duração. Os programas passam semanalmente e alcançam um grande público, tanto nacional quanto internacionalmente. Uma dessas tantas dizis é Bay Yanlis (Senhor Errado), uma comédia romântica protagonizada pelo ator Can Yaman e a atriz Özge Gürel, que já fizeram par romântico em Dolunay (Lua Cheia), outra produção muito famosa.

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Manu Gavassi, eu é que me sinto bem com você

Cena do filme Me sinto bem com você. Nela, vemos Manu Gavassi deitada com um papel em mãos. Ela é magra, branca e tem os cabelos loiros na altura do ombro. Ela veste uma camiseta listrada vermelha e branca.
Manu Gavassi e elenco repleto de talentos navegam pela quarentena no sensível filme pandêmico Me sinto bem com você (Foto: Amazon Prime Video)

Vitor Evangelista

Uma coisa é certa: a experiência da pandemia no Brasil é diferente de qualquer outro lugar do globo. Seja pelo descaso governamental ou pelo descuido populacional, enfrentar o isolamento social em CEP nacional é doloroso, desolador e qualquer antônimo de alegria que comece com a letra D. É claro que Matheus Souza não ia deixar esse caos coletivo viver apenas no mundo real, resolvendo catapultar a angústia de estar quarentenado e, para piorar, apaixonado, desapaixonado e em algum lugar perdido entre os dois.

Me sinto bem com você, assim, direto, é o título que abrange 5 microcontos, relacionando o afeto, o desafeto e a neurose que habita a mente de quem não sai de casa desde março do ano passado. O próprio diretor e roteirista protagoniza o mais sincero dos excertos, ao lado da produtora, cantora, ex-BBB e musa Manu Gavassi. Eles vivem um não-casal, separados há anos, mas ligados por aquele fio invisível tema de tantos poemas e poesias de adoração que lemos por aí.

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Querida Bridget Jones, nós te amamos do jeito que você é

Pôster do filme O Diário de Bridget Jones. No topo centralizado, com fundo branco, pode-se ler Bridget em rosa, Jones's em roxo e Diary em preto. Abaixo, os três personagens do filme. À esquerda, Colin Firth usa terno e olha para a direita. No meio, Renée Zellweger usa blusa azul, segura um livro de capa vermelha com uma mão e uma caneta azul e olha para a câmera. À direita, Hugh Grant usa terno e encara a câmera com um meio sorriso.
Bridget Jones nem imaginava que sua vida poderia virar de cabeça para baixo quando escreveu a primeira palavra em seu diário (Foto: Universal Pictures)

Carol Dalla Vecchia

Depois dos anos oitenta, a onda de comédias românticas inundou a Sétima Arte, conquistando milhares de corações e expandindo seus horizontes para outras formas de entretenimento. Com tanto sucesso, em 1996, a autora britânica Helen Fielding levava esse gênero para a literatura e criava uma das personagens mais icônicas de rom-com. Bridget Jones nasceu como uma ávida escritora em seu diário, viciada em contar calorias e criar listas, e ansiosa para organizar sua vida, movimentar seus relacionamentos e abafar os comentários desagradáveis da família.

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