O universo nunca mais foi o mesmo depois de conhecer a infinitude de Marisa Monte

Em 2021, o mundo de Marisa Monte dividido entre Infinito Particular e Universo Ao Meu Redor completou 15 anos (Foto: Marisa Monte)

Raquel Dutra

O planeta Terra não era habitado por Marisa Monte quando este iniciava o ano de 2006 ao completar mais um ciclo ao redor do Sol. Depois de dar à luz ao fenômeno romântico filho de Vênus batizado de Memórias, Crônicas e Declarações de Amor em 2000, a jovem deusa da música pop brasileira se recolheu. Para bem longe do brilho, grandiosidade e tudo mais que envolvia a ideia de sua ascensão escrita nas estrelas, cuja concretização nesta galáxia lhe era prometida desde os anos 90, Marisa Monte passou seis anos orbitando o seu próprio universo. 

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Aquamarine e a evolução das comédias adolescentes

Cena do filme Aquamarine. Cena de dia em um ambiente externo mostrando três amigas do joelho para cima. No canto esquerdo Claire, uma garota branca com cabelo castanho claro na altura dos ombros, está de pé virada com o corpo pra frente com as mão apoiadas no guidão de uma bicicleta à sua esquerda. Ela está sorrindo com o rosto virado para a direita e usa uma regata rosa e uma saia verde com flores rosas. No centro da imagem Aquamarine, uma garota branca com longos cabelos loiros está andando para a frente usando um vestido frente único curto azul claro. No lado direito, Hailey, uma menina branca com cabelos castanhos presos em um rabo baixo, está sentada na bicicleta, com as mão apoiadas no guidão olhando para a esquerda. Ela usa uma camisa amarela com estampa verde, uma calça marrom e um cinto branco. No fundo é possível ver uma vegetação verde desfocada.
Claire, Aquamarine e Hailey conversam sobre o plano de ajudar a sereia a encontrar seu verdadeiro amor (Foto: Storefront Pictures)

Marcela Zogheib

Das profundezas dos anos 2000, emerge o filme que mistura seres mitológicos, drama adolescente e músicas do Weezer, e faz dar certo. Aquamarine conta a história de Claire (Emma Roberts) e Hailey (JoJo), duas amigas que moram numa cidade praiana e, antes do verão acabar, encontram uma sereia (Sara Paxton). Agora, ambas precisam ajudá-la a realizar seu plano para que ela as recompense com um desejo.

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Nem pão, nem brioches: Maria Antonieta foi muito mais do que isso

Cena da sequência de abertura de Maria Antonieta. Nela está Kirsten Dunst, que interpreta a rainha, uma mulher branca de cabelos loiros claros; usando um vestido branco de babados e uma pena branca como adorno na cabeça. Ela está deitada voltada para o lado direito, e uma mulher branca de cabelos pretos com um vestido preto, avental e chapéu branco está massageando seus pés. Elas estão cercadas por vários bolos.
Maria Antonieta no estado “se não tem bolo, que comam brioches”, porém Sofia Coppola deixa bem claro que a monarca nunca disse isso (Foto: Columbia Pictures)

Layla de Oliveira

Ah, a Revolução Francesa. Marcada em nossas memórias do Ensino Médio como o momento de estrelato da guilhotina, mas ela é claramente muito mais do que isso. A grande desigualdade social e econômica resultou em um nível de pobreza nunca antes visto no país, enquanto os aristocratas esbanjavam em festas e novos palacetes. Resultando na Queda da Bastilha, um símbolo da opressão francesa, a Revolução determinou o fim da monarquia absolutista na França, e influenciou muitos outros países a seguirem o exemplo, além de dar início à Idade Contemporânea na história ocidental.

Mas Sofia Coppola não poderia ligar menos para tudo isso. O filme Maria Antonieta, que completa 15 anos desde sua estreia (conturbada) no Festival de Cannes neste 24 de maio, não conta a história de Maria Antonieta (Kirsten Dunst), a rainha absolutista e Madame Déficit como muitos outros filmes, séries, livros e documentários fazem; ela simplesmente nos faz acompanhar a vida de Maria Antonieta, uma jovem de 14 anos que foi obrigada a adaptar-se em um novo ambiente, com muitas expectativas e deveres a rondando sempre. E muitas cores pastéis, também.

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15 anos do melhor dos dois mundos de Hannah Montana

A foto tem formato retangular com uma claridade opaca. Como elemento que compõe a foto, temos um palco de dois andares coberto por um carpete de pelos. Ao fundo, no topo do palco, em desfoque, temos um varal de roupas coloridas e brilhantes. No centro da imagem, sentada no primeiro degrau do palco, temos a personagem Miley Stewart que olha tristemente para o canto inferior esquerdo da foto. Seu cabelos tem um tom de castanho escuro nas raízes e um tom de castanho claro que se estendem até o caimento dos fios na altura de sua barriga. Miley veste uma blusa amarela de manga curta, uma calça justa preta e um chinelo preto de correia dupla.
Uma das cenas mais emocionantes da última temporada – Miley relembra os momentos cativantes que viveu entre sua vida dupla e pensa em revelar seu segredo (Foto: Reprodução)

Vinícius Santos

Here we go everybody! Quem nunca se divertiu cantando a música de abertura e se imaginando vivendo o melhor dos dois mundos? Não é novidade que Hannah Montana foi um sucesso fenomenal. A franquia, que completa 15 anos em 2021, foi criada por Michael Poryes, Rich Correll e Barry O’Brien e conseguiu render ao canal de TV Disney Channel onze DVDs, dezessete discos, dois filmes, vinte e quatro livros e seis jogos eletrônicos oficiais, além de ser indicada a 4 prêmios Emmy

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A sombra de Shadow of the Colossus continua gigantesca

Um gigante parecido com uma montanha segura um porrete na mão direita e está prestes a enfrentar um humano, que segura uma lança. A cena do jogo é escuro e sombreada, vemos apenas o contorno dos personagens, sem muitos detalhes
O clássico do PS2 completou 15 anos em outubro (Foto: Reprodução)

Gabriel Oliveira F. Arruda

Lançado inicialmente para o PlayStation 2 em 2005 e mais tarde remasterizado para o PlayStation 3 e inteiramente refeito para o PlayStation 4, Shadow of the Colossus possui um legado especial na história dos videogames. Estreando próximo de jogos clássicos de mundo aberto como Grand Theft Auto: San Andreas, considerado um dos formadores do gênero, a obra prima de Fumito Ueda e do Team Ico permanece tão influente hoje quanto foi 15 anos atrás. Inspirando incontáveis análises de sua narrativa trágica e de seu game design que vai de contrapartida a muitas tendências atuais.

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Atenção, babuínos bobocas balbuciando em bando: o Cálice de Fogo completa 15 anos 

A imagem mostra a taça do torneio tribruxo, a qual é transparente com sua base e alças em um prata decorado. Dentro da taça há um líquido azul. Ao fundo há uma grande janela.
Há 15 anos, Harry Potter e o Cálice de Fogo chegava às telas dos cinemas (Foto: Reprodução)

Júlia Paes de Arruda

Não há dúvidas quanto ao sucesso das histórias emocionantes envolvendo o mundo de Harry Potter. O quarto filme da saga britânica, Harry Potter e o Cálice de Fogo, já deixa isso claro 15 anos atrás, quando faturou mais de 100 milhões de dólares em apenas três dias em cartaz nos Estados Unidos. É plausível dizer que essa conquista não veio dos novos cortes de cabelos que os atores, como Daniel Radcliffe e Rupert Grint, adotaram na época. Na verdade, é a partir desse filme que a trama mais sombria adentra no universo mágico com a chegada de Lord Voldemort.

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15 anos de Confessions: o lar que Madonna construiu

Capa do álbum Confessions on a Dance Floor, de Madonna. A cantora é uma mulher branca e usa um vestido curto rosa. Ela está no centro da imagem, de costas, com os joelhos e a mão direita apoiada no chão. A mão esquerda no ar apontada para a esquerda. A cantora olha para cima. Foi adicionado um fundo preto com bolinhas coloridas, o texto "MADONNA" em rosa e azul. O desenho de um globo de espelhos substitui a letra O da palavra MADONNA. Abaixo, foi adicionado "Confessions on a Dance Floor" em letra cursiva.
Capa do álbum (Foto: Reprodução)

Leonardo Teixeira

Uma sirene corta a noite, enquanto carros buzinam no que parece ser uma rua movimentada. Mas não é só o ruído urbano que se ouve. Vem vindo um compasso, seco e sintetizado, que se aproxima aos poucos. Logo, a cidade é engolida pela batida eletrônica. Estamos na pista de dança. É assim que é introduzida I Love New York, faixa 5 do décimo disco de estúdio de Madonna, Confessions on a Dance Floor (2005). A música homenageia não só a cidade que acolheu a aspirante a dançarina, quando ali ela desembarcou – com apenas 35 dólares no bolso, reza a lenda -, mas também o tipo de estado de espírito noturno e eufórico que resiste nas ruas e explode sob a luz de estrobo. 

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Há 15 anos, o clássico de Jane Austen estreava no cinema com orgulho, mas sem preconceito

“É estranho pensar que todas as grandes mulheres da ficção tenham sido, até o advento de Jane Austen, não só retratadas pelo outro sexo, mas apenas de acordo com sua relação com o outro sexo”.   (Virginia Woolf)

Na foto vemos cinco mulheres numa sala, com a protagonista, Elizabeth Bennet, na frente
Da esquerda para a direita: Kitty, Sra. Bennet, Elizabeth, Lydia, Jane e Mary, ao fundo (Foto: Reprodução)

Vanessa Marques

Orgulho e Preconceito (2005), dirigido por Joe Wright, é a adaptação para o cinema da obra famosa de Jane Austen. Sob uma capa de aparente inocência, a trama retrata os costumes rígidos e patriarcais da aristocracia rural inglesa do século 19. Estrelado por Keira Knightley (Elizabeth Bennet) e Matthew Macfadyen (Darcy), o longa-metragem, que retornou ao catálogo da Netflix em seu ano de debutante, mergulha o espectador numa estética delicada e sensorial, fruto da tríade indicada ao Oscar — produção, direção de arte e trilha sonora.

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How I Met Your Mother: 15 anos da enrolação mais amada da TV

Ao lado de Naruto, How I Met Your Mother é uma das melhores enrolações já feitas (Foto: Reprodução)

Isabella Siqueira

15 anos atrás, Ted Mosby começava uma longa história sobre como conheceu a mãe de seus filhos. A partir daí, pode se dizer que How I Met Your Mother é um eterno filler, mas no bom sentido. A sitcom fez sua estreia pela CBS em 2005, e aproveitava o momento para adotar os órfãos de Friends, que acabara um ano antes. Com aquela mesma fórmula sobre um quinteto jovem em Nova York, mas dessa vez aproveitando os dias em um pub. Contudo, apesar das ressalvas, foram nove temporadas incríveis que acompanharam o amadurecimento (ou não) de personagens muitos cativantes.

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Há 15 anos, Maria Rita se mostrava pela segunda vez uma das maiores vozes da música brasileira

Capa do álbum “Segundo”, lançado em setembro de 2005 (Foto: Reprodução)

Ana Júlia Trevisan

Maria Rita Camargo Mariano era a voz que todos queriam ouvir. Filha da consagrada Elis Regina, Maria Rita era promessa de sucesso mesmo antes de dar sua voz a grandes compositores, como Milton Nascimento, Lenine e Marcelo Camelo. E em seu álbum de estreia homônimo, lançado em 2003, a artista não decepcionou. Batendo recorde de vendas, Maria Rita foi reconhecida pela classe artística sendo a primeira brasileira a ganhar o Grammy Latino de Artista Revelação, sendo premiada com 3 vitrolas naquela noite de 1° de setembro de 2004.

Após essa avalanche de sucesso do seu primeiro disco, o ano de 2005 trouxe a ansiedade para o próximo projeto da artista, junto do questionamento se ela continuaria se provando como uma grande cantora. À quem tinha dúvidas, ela mais uma vez mostrou uma entrega inigualável. Com uma estética “clean”, o álbum que recebeu o nome de Segundo tem começo, meio e fim. Nele, a cantora se permite sentir a música e transpassa a mesma sensação ao ouvinte.

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