Há uma década, Maria Rita abençoou seu Elo com os fãs

Foto retangular da Maria Rita. Nela está a cantora Maria Rita. Uma mulher branca de cabelos castanhos e ondulados. Ela veste um vestido preto. Sua mão direita está apoiada em sua cintura. O fundo é uma parede branca manchada de preto.
Lançado em 2011, Elo é o quarto disco da cantora Maria Rita (Foto: Vicente de Paulo)

Ana Júlia Trevisan

Partir para outro trabalho após uma grandiosa, desafiadora e bem sucedida turnê pode ser uma tarefa dificílima, e Maria Rita sabe muito bem disso. O fim do Samba Meu assombrava as noites de sono da cantora mesmo antes do show de encerramento acontecer. A saída para o problema seriam seis meses de merecidas férias, mas, retomando, estamos falando de MR, rata de palco, e por mais doloroso que o desligamento com o projeto anterior fosse, até os menos céticos desconfiavam que ela aguentaria esse período sem produção. 

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30: o amor é um jogo e parece que Adele finalmente aprendeu a jogar

Capa do álbum 30, de Adele. Essa é uma foto quadrada. À esquerda da foto é apresentado um close-up do perfil da cantora britânica Adele que toma toda a superfície da imagem. Ela é uma mulher de idade mediana, branca, de cabelos longos e loiros e seus olhos são verde claro. Ao fundo, temos uma visão embaçada com as cores azul escuro e preto. A cantora possui um semblante neutro, sem expressões faciais.
Capa de 30, o quarto álbum da cantora inglesa Adele Laurie Blue Adkins (Foto: XL Recordings)

Vinícius Santos

Muito bem, então, estou pronta. assim Adele termina a primeira música do seu novo álbum, 30. Acontece que, além dela, ninguém mais estava preparado para o que viria por aí. Lançado no dia 19 de novembro de 2021, este é o quarto CD da carreira da cantora britânica desde sua estreia em 2008 com o 19. Aclamado pelos críticos, Adele contou à Vogue, em outubro, que a obra era sua maneira de explicar seu divórcio ao filho e estava muito perto de seu coração, dizendo que ela “não estava desistindo deste”.

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As cores da The Wanted queimam brilhantes em um álbum de memórias

Foto da capa do álbum Most Wanted - The Greatest Hits. Na imagem os 5 integrantes da The Wanted estão sentados à frente de uma parede de tijolos cinzas. No topo da imagem está escrito “The Wanted” em letras brancas, e na parte inferior da imagem “Most Wanted” seguido de “The Greatest Hits” também em letras brancas. Ao centro e à esquerda, Max está sentado no chão e encostado em um sofá marrom, ele é um homem branco de cabeça raspada e veste jaqueta jeans com estampas vermelhas, calça preta e tênis brancos. No encosto do sofá acima de Max está sentado Jay, um homem branco de cabelos claros cacheados que veste um conjunto de terno azul. No meio do sofá está Siva, um homem de pele escura que veste jaqueta estampada bege, calça social azul e tênis branco. À sua direita está Nathan, um homem branco de cabelos cacheados na altura dos ombros que veste um conjunto de terno cinza escuro e sapatos brancos. No braço direito do sofá está sentado Tom, um homem branco de jaqueta dourada e calças com tênis pretos.
A volta da banda após 7 anos separados é uma carta de amor à memória de Tom Parker, que segue tratando seu câncer cerebral inoperável (Foto: Universal Group Music)

Nathália Mendes

Você se lembra do exato momento em que ouviu a primeira música do artista que mais amou em toda a sua vida? Eu tinha 11 anos quando isso aconteceu ao conhecer Glad You Came. Por todos esses anos meu coração esteve quentinho por ter a The Wanted comigo, até mesmo após os anos de hiato da banda, e pude, enfim, presenciar o retorno com o lançamento do Most Wanted: The Greatest Hits.

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60 anos depois, a grande celebração de Dalva de Oliveira merece sobrevivência

Capa do álbum Dalva de Oliveira. Fotografia quadrada, com fundo azul claro. No canto superior esquerdo, observamos o clássico símbolo da gravadora Odeon, formado por um retângulo vertical preto, duas figuras circulares, uma branca e uma vermelha, além da própria palavra Odeon. No canto superior direito, em um retângulo horizontal igualmente preto, lemos Integral Sound em letras brancas. Abaixo do símbolo da Odeon, lemos os nomes das 12 faixas do disco, todos em letras pretas. Sob essa lista, lemos Dalva de Oliveira em letras roxas. Ao lado desses escritos, observamos a cantora Dalva de Oliveira. Ela é uma mulher de sorriso marcante, com a boca aberta, usa batom avermelhado, brincos e colar dourados, está de cabelo castanho e vestido estampado.
Há 60 anos, Dalva de Oliveira lançava um de seus álbuns mais conhecidos de todos os tempos (Foto: Francisco Pereira/Odeon/EMI Records Brasil)

Eduardo Rota Hilário

Escrever sobre Dalva de Oliveira é sempre um desafio. Seja pela dificuldade de encontrar, na internet, documentos e dados referentes à Rainha da Voz que de fato enriqueçam um texto, seja pelo medo de ser insuficientemente qualificado para esmiuçar os trabalhos de uma das maiores cantoras que o Brasil já teve, quando o assunto é este, as palavras costumam fugir de modo impiedoso – e até mesmo covarde. Mas a necessidade de memória grita mais alto, e embarcamos agora num desafio que pode ou não dar certo. Independentemente do resultado, entra em cena o reavivamento das lembranças, prelúdio básico para qualquer imortalidade.

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Marília Mendonça e o eterno legado das Patroas

Maiara, Marília e Maraisa, três mulheres brancas, estão de olhos fechados e chorando lágrimas douradas. Na parte superior, está escrito “Patroas 35%” em dourado, com um fundo preto. Elas também utilizam brinco e anel dourado.
As precursoras do feminejo das patroas em seu último trabalho juntas (Foto: Som Livre)

Giovana Guarizo

Na tarde do dia 5 de novembro, o Brasil foi surpreendido por um plantão da Globo, o qual anunciava um acidente aéreo envolvendo a cantora Marília Mendonça. Até então, foi informado pela emissora, através de informações dadas pela assessoria da artista, que ela e outras quatro pessoas estariam bem. Entretanto, era tudo incerto, pois não haviam informações confiáveis que comprovassem tal afirmação. Após algumas horas de muito trabalho por parte da equipe de bombeiros, veio a notícia que ninguém queria receber: o falecimento da cantora Marília Mendonça, aos 26 anos de idade.

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Se você não pode parar a chuva, dance com ela ao som de Equals

Capa do álbum Equals, de Ed Sheeran. O fundo é vermelho, com jatos de tintas preta, amarelo e rosa. Ao centro, está pintado em preto um sinal de igual. Em torno do sinal, estão desenhos de borboletas em movimento. Na parte inferior uma amarela e, no sentido anti-horário, estão uma azul, uma verde claro, uma bege claro, uma verde e uma azul piscina.
O aguardado quinto álbum solo de Ed Sheeran saiu no final do mês de outubro (Foto: Asylum Records UK/Warner Music UK)

Heloísa Ançanello e Júlia Paes de Arruda 

Amadurecer pode trazer consigo um sentimento de nostalgia. Relembrar, de bom agrado, os velhos tempos e se deliciar com os novos caminhos que tem pela frente. É nessa atmosfera que Ed Sheeran apresenta = (Equals), com um doce sabor que não víamos desde seu último lançamento solo, em 2017. Ainda que o britânico permaneça na sua zona de conforto com o pop comercial, o álbum se destaca por sua qualidade em cada nota e ritmo, tornando-o um dos melhores e mais vulneráveis trabalhos que o cantor já nos apresentou. 

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Abram alas e abram Portas para Marisa Monte

Foto retangular da cantora Marisa Monte. Marisa é uma mulher branca, de cabelos ondulados e pretos. Seus olhos também são escuros. Ela está sentada numa cadeira branca. Ela veste um vestido preto de mangas bufantes e gola. Ela usa uma tiara preta e seus cabelos estão presos em uma trança lateral. Ela usa brincos pratas. Suas unhas estão esmaltadas de preto. Ela está apoiada numa mesa branca. Em cima da mesa há cartas de tarô. Na mão esquerda da cantora também há cartas de tarô. Na mão direita há uma carta de tarô, levantada na altura dos olhos e cobrindo seu olho direito. O fundo é uma parede branca.
Quase 10 anos sem lançar inéditas, Marisa Monte nos presenteia com Portas (Foto: Fernando Tomaz)

Ana Júlia Trevisan

O ano era 2019, a mágica turnê dos Tribalistas havia oficialmente chegado ao fim após o lançamento do DVD, e Marisa Monte anunciava em suas redes que iria se ausentar do mundo real para se concentrar em um novo álbum de inéditas, quase uma década depois de O Que Você Quer Saber de Verdade. O ano terminou e 2020 veio sorrateiramente trazendo a pandemia que colocou um ponto final em milhares de vidas pelo mundo. O Brasil, que já vivia em negação pelo troglodita que assumiu o cargo de chefe de Estado, viu Bolsonaro assumir sua pior faceta e se manter impune de um genocídio anunciado. Toda revolta e inquietação ganhou o agravante do isolamento, transformando as mentes em oficinas do diabo. Sobre o colo de Marisa caiu a tarefa de se refugiar – e oferecer refúgio – através da sua Arte.

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Giles Corey: 10 anos de uma visita pelos cantos mais sombrios de uma mente desesperada

Aviso de prevenção de gatilho: Giles Corey pode contar com elementos possivelmente prejudiciais aos que sofrem com pensamentos suicidas ou depressão.

Capa do disco Giles Corey. A imagem é uma pintura em preto e branco, de uma pessoa, vestindo um terno com um pedaço de pano cobrindo a cabeça e o escrito Giles Corey na parte central da imagem.
Capa do disco Giles Corey (Foto: The Flenser)

Frederico Tapia

Em 2011, Dan Barrett, membro da banda Have A Nice Life, lançou o primeiro e único LP sob o nome Giles Corey. A origem do nome adotado por Barrett é de um fazendeiro com o mesmo nome que viveu no século 17 e foi morto durante os julgamentos das bruxas de Salem. Ao longo dos 56 minutos que constituem o álbum, ele fala abertamente sobre suas lutas internas, principalmente contra a depressão e o suicídio. Ele mesmo afirma em seu perfil no Bandcamp: Giles Corey são músicas acústicas sobre depressão, suicídio e fantasmas”.

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A importância do Rímel de Azzy para a representatividade feminina no rap nacional

Capa do EP Rímel, de Azzy. A imagem mostra uma fotografia da artista de ponta cabeça, ao lado de um espelho que mostra seu rosto. A imagem é estilizada em tons de vermelho, laranja e amarelo. Azzy é uma jovem negra de pele clara, tem cabelos alisados escuros e olha para o lado esquerdo da imagem, de perfil, com expressão séria. No canto superior esquerdo, está o nome do EP em amarelo numa fonte de letra de forma, e num tamanho menor, em cima e colorido de branco, está o nome da artista.
“De São Gonçalo para o mundo, você não queria, mas eu vinguei”: na música São Gonçalo, Azzy fala sobre a sua trajetória dentro do rap nacional (Foto: Azzy)

Livia de Figueredo

Dona de um talento singular e autêntico, a rapper Azzy lança um novo EP chamado Rímel. Contando com 5 faixas que destrincham toda sua versatilidade e potencial como artista, o trabalho aborda desde músicas com temática romântica até letras que retratam a realidade feminina dentro das periferias. 

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Blue Banisters: Lana Del Rey canta sobre seu álbum de família

Blue Banister, oitavo álbum de Lana Del Rey, é um relato pessoal da vida em família (Foto: Universal Music)
Blue Banisters, oitavo álbum de Lana Del Rey, é um relato pessoal da vida em família (Foto: Universal Music)

Gabriel Gatti

As grandes divas pop sempre seguiram uma linha similar em suas trajetórias como cantoras. As músicas costumam ser agitadas, propícias para a pista de dança, os looks sempre extravagantes e as coreografias contagiantes levam os fãs a reproduzi-las. Nesse universo agitado surge Lana Del Rey, uma artista que vai na contramão do padrão para o mundo pop. Mesmo com um início de carreira conturbado, repleto de críticas pelo seu estilo sugar baby, a cantora conquistou seu lugar ao sol e lança agora, em conjunto com os produtores Gabe Simon, Drew Erickson e Barrie-James O’Neill, Blue Banisters, o oitavo álbum de estúdio, composto por 15 faixas.

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