Medusa, meretriz, monstro, mulher

Cena do filme Medusa. A atriz Mari Oliveira está no centro. Ela é uma mulher negra, de cabelos escuros e presos e usa uma blusa rosa. Seu rosto está com uma espécia de argila verde e ela espalha com as duas mãos. Ao fundo, vemos a cabeceira da cama e uma parede com fotos.
Medusa agraciou a seção Mostra Brasil da 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, mas apenas em sessões presenciais (Foto: Bananeira Filmes)

Caroline Campos

Por Poseidon, Medusa foi violentada. Por Atena, foi castigada, seus cabelos viraram cobras e seu olhar se tornou mortal. Por Perseu, a já criatura foi decapitada e transformada em arma de guerra. Pela História e pela Arte, foi vilanizada, perseguida e satirizada. Mas, no Brasil de 2021, Medusa foi a escolhida por Anita Rocha da Silveira para intitular seu segundo longa-metragem, que, presente na 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, honra, com moldes trágicos e atuais, a trajetória da bela sacerdotisa amaldiçoada.

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Salve-se Quem Puder foi um verdadeiro furacão em nossas televisões

Cena da telenovela Salve-se Quem Puder. Na foto, Vitória Strada (Kyra), uma mulher branca com cabelos castanhos iluminados longos, vestida com um blazer quadriculado com cores brancas e rosas , coloca suas mãos sobre as mãos de Aléxia (Deborah Secco), mulher branca com cabelos médios castanho claro, vestida com um macacão vermelho e um terno estampado, e Luna (Juliana Paiva), mulher branca com cabelos castanho escuro longos. Luna veste um vestido verde e um colete branco estampado com flores coloridas. As três personagens estão sorrindo em uma sala de estar desfocada.
Vitória Strada, Deborah Secco e Juliana Paiva estrelam Salve-se Quem Puder dando vida a Kyra Romantini, Aléxia Máximo e Luna Furtado (Foto: TV Globo)

Felipe Nunes

Afogados em um mar de reprises, o público do sofá esperava ansiosamente por uma trama inédita para chamar de sua. Pausadas desde o início da pandemia do novo coronavírus, as narrativas que integravam as noites da comunidade noveleira foram substituídas por teledramaturgias de sucesso que já haviam sido transmitidas pela Rede Globo em outros anos. Com a sensação de estar em um looping eterno de Vale a Pena Ver de Novo, os telespectadores aguardavam os desfechos de Salve-se Quem Puder e Amor de Mãe como uma criança aguarda o término de um pudim que é cozido lentamente em banho-maria.

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