Sex and the City, o poder do streaming e a cultura dos revivals

Na imagem, da esquerda para a direita, estão as personagens Miranda, Samantha, Charlotte e Carrie. Elas estão em uma festa, rindo juntas enquanto seguram copos de coquetel. Miranda está vestida com um vestido vermelho sem mangas, Samantha usa um vestido vermelho com detalhes de acessórios brilhantes, Charlotte está com um vestido preto e uma expressão alegre, e Carrie veste um vestido preto com detalhes brancos, com o cabelo preso em um rabo de cavalo. Ao fundo, outras pessoas participam da festa.
Sex and the City é um dos pilares da cultura da década de 2000 (Foto: HBO)

Arthur Caires

Em Abril de 2024, Sex and the City entrou no catálogo da Netflix e foi novamente popularizada. Originalmente, a série esteve no ar de 1998 a 2004, mas foi com o poder da maior plataforma de streaming do mercado que se tornou, mais uma vez, o assunto do momento. E assim, de uma hora para outra, as redes sociais foram dominadas pelas frases de efeito de Carrie, discussões sobre como a protagonista é uma péssima amiga e vários tutoriais de como fazer o famoso drink Cosmopolitan.

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Percy Jackson e os Olimpianos é fiel às suas origens, mas paga um preço alto por isso

Cena de Percy Jackson e os Olimpianos. Nela vemos, da esquerda para a direita: Annabeth Chase, uma jovem negra de tranças. Ela veste uma calça cinza, camiseta desbotada, camisa jeans e jaqueta roxa. Ao seu lado, Groove Underwood, um jovem indiano que veste calça cinza clara, camiseta amarela e jaqueta azul escura. E por fim, Percy Jackson, um jovem branco de cabelos cacheados loiros. Ele veste uma calça jeans, camiseta azul e camisa xadrez nas cores verde claro e branco. Todos estão lado a lado e Percy segura um bau de madeira. Ao fundo, uma floresta.
19 anos após o lançamento de seu livro homônimo, Percy Jackson e os Olimpianos nos faz lembrar os motivos pelos quais nos apaixonamos pela saga (Foto: Disney+)

Aryadne Xavier

Adaptações são sempre um sonho e um medo para fãs de sagas literárias. Trazer à vida – nas telas de cinema ou por meio de streamings – personagens que, outrora, foram apenas vistos em palavras, gera um misto de ansiedade e receio, podendo ser um resultado muito bom ou algo desastroso. Essa experiência perpassa pontos chaves como casar a fidelidade ao material original com a mudança de mídia e, principalmente, fazer conversões que tenham lógica e respeitem o que já existe, se moldando e criando algo identificável para além do que já foi produzido.

Existe um ditado que diz que ‘um é pouco, dois é bom, mas três é demais’. Em questão de adaptações, Rick Riordan fingiu não escutar a sabedoria popular e, com a firme decisão de reescrever a fama de sua saga ‘xodó’ no meio audiovisual, embarcou na produção da nova leva de episódios de uma das franquias mais populares entre os jovens nascidos nos anos 2000. Quando anunciada em Maio de 2020, a ideia trouxe uma empolgação sem igual para a fanbase já cansada de esperar e já calejada com decepções anteriores. Após dois filmes de desempenhos desastrosos entre os fãs e crítica, e depois de três longos anos de espera, Percy Jackson & os Olimpianos chegou à Disney+ em oito generosos capítulos que cobrem todo o arco do primeiro livro da saga, Percy Jackson e O Ladrão de Raios.

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Cangaço Novo é um faroeste brasileiro que exalta o sertão e critica o banditismo social

Cena da série em que aparecem os personagens Ubaldo (Allan Lima) e Ernesto (Ricardo Blat). Na imagem é possível ver ambos se encarando em um momento de tensão. Ubaldo (protagonista da trama) é um rapaz jovem, na casa de seus 30 anos de idade, branco, alto, careca e magro, que aparenta estar suado, com a cara suja. Nesta cena, Ubaldo aparece olhando séria e fixamente para Ernesto. Este por sua vez é um senhor de idade, mais baixo que Ubaldo, branco e barbudo, grisalho e calvo,  na casa de seus 70 anos, e retribui o olhar sério e fixo voltado para os olhos de seu filho, Ubaldo. Ambos parecem estar dentro de uma casa, numa sala de estar se encarando.

“Viver pouco como rei ou muito como um zé?” Esse é o dilema vivido pelo protagonista Ubaldo que, a princípio, não têm dimensão do tamanho de sua responsabilidade (Foto: Amazon Prime Video)

Gabriel Gomes Santana

Eu não sei porque cheguei, mas sei tudo quanto fiz, maltratei, fui maltratado, não fui bom, não fui feliz, não fiz tudo quanto falam, não sou o que o povo diz”. Estas poucas palavras poderiam fazer parte de uma das falas do personagem Ubaldo, interpretado pelo ator Allan Souza Lima, o protagonista da série de sucesso da Amazon Prime, Cangaço Novo. Na realidade, fazem parte da primeira estrofe da canção “Lampião Falou”, de autoria emblemática de ninguém menos do que o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. E é no embalo destes três pernambucanos porretas que é possível entender o porquê do sucesso de uma das produções mais contagiantes do streaming.

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Poker Face não esconde o jogo, mas tem várias cartas na manga

Cena da série Poker Face. Nela vemos Natasha Lyonne interpretando Charlie Cale, uma mulher branca de cabelo loiro extremamente bagunçado. Charlie veste uma camiseta laranja, um casaco de couro na cor marrom e calça e botas pretas. Ela está em um bar onde ocorre um show de rock, por isso, há uma multidão a erguendo.
Poker Face é uma forte candidata para o título honorário de ‘Melhor Série do Ano que Você Não Viu’ (Foto: Peacock)

Guilherme Veiga

A TV é um território onde não se pode errar, mesmo com as produções desastrosas sempre existindo, inclusive na história recente. Nesse sentido, criou-se um lugar seguro de gêneros em que se pode transitar. Tais segmentos definem uma moda em seu respectivo tempo: os anos 2000 foram férteis para as séries de ‘casos da semana’ com House, Supernatural e CSI nadando de braçada; atualmente, as antologias tem seu lugar ao sol com o sucesso estrondoso de Black Mirror e seus filhos como Love, Death & Robots

Porém, toda moda, na verdade, é cíclica. As antologias retomam Além da Imaginação e Contos da Cripta, enquanto o que moldou a Televisão no início deste século bebe de Columbo, série dos anos 1970 que catapultou o gênero de investigação como o conhecemos. Respeitando o intervalo de, pelo menos, duas décadas entre tendências, assim como a estética y2k, Poker Face promete ser a precursora de um possível movimento de retorno.

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A Queda faz o espectador cair em sensações

Cena do filme A Queda. Ao centro, é possível ver apenas a silhueta da torre e das duas garotas, Becky e Hunter. Ao fundo, é possível ver um céu alaranjado.
A 600 metros do chão, duas garotas passam por diversas provações (Foto: Amazon Prime Video)

Gabrielli Natividade

Em 2022, foi lançado o filme A Queda, uma história de suspense que mexe com o psicológico de qualquer um que o assista. No longa, as duas amigas, Becky (Grace Fulton) e Hunter (Virginia Gardner) lutam pela sobrevivência no topo de uma torre desativada de 600 metros. No entanto, a narrativa tem diversas camadas, abordando amizade, luto, medo e superação, deixando tudo ainda mais interessante. A produção, que está disponível na Amazon Prime Video, é recomendada para todos que se interessam na temática de sobrevivência – exceto para os que têm acrofobia, ou seja, medo de altura.  

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Heartstopper, meu coração é que para por você!

Cena da série Heartstopper. Na imagem estão Nick Nelson e Charlie Spring. Nick é um homem branco de cabelos lisos e loiros, ele veste uma calça de moletom cinza, uma camiseta azul e um casaco marrom. Charlie é um homem birracial de cabelos ondulados e pretos, ele veste uma calça preta, camiseta azul, casaco preto e uma touca marrom. Os dois estão deitados na neve. A cachorra Nelie está entre os dois, ela tem pelagem marrom e branca. Bolas de neve ilustradas aparecem nas bordas da imagem.
Com um quê de conto de fadas, Heartstopper foi lançada pela Netflix em Agosto de 2022 (Foto: Netflix)

Jamily Rigonatto

Uma caneta estoura manchando as mãos de um garoto, o tom de azul cintila e deixa no ar aquela típica reação envergonhada acompanhada de um sorrisinho de canto. É essa a cena que dá o tom de toda a narrativa carregada por Heartstopper: coisas sobre as quais não se tem controle e deixam marcas difíceis de tirar. O garoto é Nick Nelson, interesse romântico de Charlie Spring, e os dois formam o tipo de casal que nunca daria certo. Um jogador de rugby popular e um jovem doce e sensível? Impossível. Mas na 1ª temporada da série lançada em 2022 pela Netflix, o inesperado é dono de um protagonismo apaixonante. 

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As férias de verão sem fim de Miley Cyrus terminaram cedo demais

Capa do álbum Endless Summer Vacation. Na imagem, Miley Cyrus se pendura com as duas mãos apoiadas em uma barra suspensa por correntes. Ela é uma mulher branca de olhos claros. Seu cabelo está dividido entre mechas loiras e escuras, Cyrus veste um traje de banho com cortes laterais, um salto alto e um óculos de sol, todos na mesma cor: preto. Ao fundo, um degradê entre os tons de azul toma conta da paisagem.
Após o sucesso estrondoso do lead single Flowers, Miley Cyrus lançou e esqueceu o seu oitavo álbum de estúdio (Foto: Brianna Capozzi)

Nathalia Tetzner

Vestindo a carapuça, ou melhor, o manto dourado que encobre as divas do pop traídas, Miley Cyrus começou 2023 colocando o pé na porta da casa em que o ex-marido a traiu com 14 mulheres e com a passagem comprada para uma férias de verão sem fim. Acontece que ambos se provaram uma ilusão: as estatísticas foram inventadas pelos fãs, devotados em trazer Cyrus de volta ao topo, e a tão sonhada celebração de uma das vozes mais potentes da geração com o disco Endless Summer Vacation chegou ao fim antes mesmo de começar, se tornando apenas uma daquelas noites quentes em que o frio parece dominar o psicológico.

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A 2° temporada de Only Murders in the Building mostra que o Edifício Arconia é mais misterioso do que parece

Cena da série Only Murders in the Building. Os três personagens principais - Oliver, Charles e Mabel - aparecem nessa ordem, atrás de uma gaiola, na sala de estar de Oliver. Oliver é um homem branco, de cabelos castanhos desbotados. Charles é um homem branco, de cabelos brancos e óculos. Mabel é uma mulher branca, de cabelos castanhos e usa um brinco de argola grossa e dourada.
“Eu sei quem foi”, disse Senhora Gambolini (Foto: Hulu)

Laura Hirata-Vale

Quem matou Bunny Folger? É essa a pergunta que abre a segunda temporada de Only Murders in the Building, série da Hulu lançada no Brasil em Junho de 2022 pelo streaming Star+. Depois de solucionarem o assassinato de Tim Kono (Julian Cihi), os moradores Mabel Mora (Selena Gomez), Charles-Haden Savage (Steve Martin) e Oliver Putnam (Martin Short) se juntam novamente após o corpo da mais querida e detestada síndica do edifício Arconia ser encontrado com uma agulha de tricô no peito, no apartamento de Mora. Em dez episódios, o público descobre informações sobre a história dos três protagonistas e do prédio, enquanto tenta desvendar o mistério da morte de Bunny (Jayne Houdyshell).

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The White Lotus te convida para mais uma temporada de férias, aceita?

DESCRIÇÃO: Cena da segunda temporada da série The White Lotus. A imagem é uma cena da série em que todos os funcionários do hotel estão acenando para os hóspedes que chegam em um barco. Valentina está no primeiro plano da imagem, é uma mulher branca de cabelo castanho escuro que usa um terno rosa e acena para o oceano. Atrás dela estão Isabella, uma mulher branca com cabelo castanho claro, e Rocco, um homem branco com cabelo encaracolado e grisalho. Além deles, também há, no segundo plano da imagem, quatro funcionários homens com paletós amarelos, calças pretas e luvas brancas.
Agora na Itália, a série premiada de Mike White retorna com novos personagens e dinâmicas (Foto: HBO Max)

Gabriel Saez

Se a primeira temporada de The White Lotus não foi o suficiente para entender que Mike White domina a arte de contar histórias, o seu retorno com certeza é. Com uma forma incomum de desenvolver seus personagens, o segundo ano da série da HBO Max reforçou as qualidades do diretor. Agora na Itália, o resort White Lotus recebe mais uma vez um grupo de turistas que, com toda a certeza, irá desfrutar de sua hospitalidade, deixando uma marca única em Sicília e seus residentes. 

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O bom filho a sala torna?

95ª edição do Oscar pode acender a fagulha de um movimento de retorno já orquestrado

Nos mais de 120 anos do Cinema, o cenário provocado pelos últimos anos foi uma das poucas vezes que ele precisou se provar (Arte: Ana Clara Abatte)

Guilherme Veiga

O início da história do Cinema, na exibição de A Chegada do Trem na Estação em 1895, foi caracterizado pela fuga do público da sala, em função da novidade daquela tecnologia aliada com a perspectiva de filmagem do trem. A partir daí, iniciava-se uma jornada duradoura e, a princípio, inabalável. A Arte de fazer filmes superou as duas grandes guerras, inclusive servindo como ferramenta de propaganda, a grande depressão, a Guerra Fria, as ditaduras do século XX e até mesmo a greve de roteiristas de 2008. Sempre de portas abertas e salas lotadas.

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