O Método Kominsky: a festa da salsicha se despede em tom de tristeza

Cena da série O Método Kominsky. Nela, vemos Sandy, papel de Michael Douglas, frente a um púlpito, discursando no velório de Norman. Sandy é idoso, branco, tem um topete grisalho e usa terno preto. Ao fundo, vemos um cartaz com a foto de Norman.
A terceira temporada de O Método Kominsky recebeu 6 nomeações ao Emmy 2021 (Foto: Netflix)

Vitor Evangelista

A terceira temporada de O Método Kominsky, sucesso moderado da Netflix, recebeu a função de finalizar sua curta rodagem pela TV, além de lidar com a saída prematura de um dos protagonistas do elenco. Quando foi noticiado que o boa praça Alan Arkin não retornaria para o papel do pungente Norman, o seriado criado por Chuck Lorre pareceu ter recebido um golpe inesperado. Sem rodeios, é esclarecido que o vovô morreu e que seu melhor amigo, o cafajeste Sandy Kominsky, vai precisar lidar com o luto cru.

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15 anos do melhor dos dois mundos de Hannah Montana

A foto tem formato retangular com uma claridade opaca. Como elemento que compõe a foto, temos um palco de dois andares coberto por um carpete de pelos. Ao fundo, no topo do palco, em desfoque, temos um varal de roupas coloridas e brilhantes. No centro da imagem, sentada no primeiro degrau do palco, temos a personagem Miley Stewart que olha tristemente para o canto inferior esquerdo da foto. Seu cabelos tem um tom de castanho escuro nas raízes e um tom de castanho claro que se estendem até o caimento dos fios na altura de sua barriga. Miley veste uma blusa amarela de manga curta, uma calça justa preta e um chinelo preto de correia dupla.
Uma das cenas mais emocionantes da última temporada – Miley relembra os momentos cativantes que viveu entre sua vida dupla e pensa em revelar seu segredo (Foto: Reprodução)

Vinícius Santos

Here we go everybody! Quem nunca se divertiu cantando a música de abertura e se imaginando vivendo o melhor dos dois mundos? Não é novidade que Hannah Montana foi um sucesso fenomenal. A franquia, que completa 15 anos em 2021, foi criada por Michael Poryes, Rich Correll e Barry O’Brien e conseguiu render ao canal de TV Disney Channel onze DVDs, dezessete discos, dois filmes, vinte e quatro livros e seis jogos eletrônicos oficiais, além de ser indicada a 4 prêmios Emmy

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O feitiço de WandaVision se dissipa rápido demais

Cena da série WandaVision. Nela, vemos Elizabeth Olsen no papel de Wanda e Kathryn Hahn no papel de Agnes. Elas estão uma ao lado da outra, olhando para a frente. Wanda é uma mulher branca, adulta, ruiva e que veste um moletom vermelho. Agnes é uma mulher branca, adulta, de cabelos pretos e que veste roupas escuras. Ela está com a mão direita no queixo e tem um olhar de dúvida.
Agatha Harkness mandou avisar que WandaVision é minissérie e não tem planos para uma eventual segunda temporada (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Antes mesmo de lançar sua primeira série de TV, o Universo Cinematográfico da Marvel já usava a estrutura da telinha para contar histórias. Kevin Feige, a mente por trás do império, ligava os filmes entre si, como capítulos na grade semanal. Por conta disso, ao anunciarem a migração do início da Fase 4 para o Disney+, a empresa suscitou a curiosidade: como eles se comportariam frente ao formato propriamente dito? A Marvel seria capaz de sustentar uma narrativa difusa e não condensada nas duas horas e meia que acostumou o público a assistir, com óculos 3D e um baldão de pipoca com manteiga? O fim de WandaVision responde algumas dessas questões.

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Big Mouth: a construção de uma identidade e a assustadora chegada da adolescência

Cena da sitcom animada Big Mouth em sua quarta temporada. O cenário da imagem é o interior de um ônibus. No plano principal há três personagens, na parte esquerda da imagem está Connie, uma monstra hormonal, ela está sentada com os pés em cima do banco e a cabeça virada ¾ para a câmera. A personagem está sorrindo, ela é alta e sua cabeça chega à margem superior da imagem, a personagem tem traços extremamente exagerados típicos de cartoons, ela tem um par de chifres amarelos, assim como o resto de seu corpo, um cabelo longo, liso e vermelho escuro amarrado em duas partes, seus braços e pernas são cobertos de pelo marrom e seus pés são de cascos de cavalo. As roupas da personagem são um shorts azul e uma blusa rosa amarrada em cima da cintura. No meio da foto está o personagem Nick, ele é desenhado com sua cabeça e boca extremamente exagerados. Sua expressão é de atenção, ele é pequeno, magro, tem o cabelo castanho, liso e curto, pele branca e olhos azuis. O personagem está usando uma camisa verde claro, shorts azul e tênis roxo. Na parte esquerda da imagem está o personagem Andrew, ele está virado ¾ da frente da imagem para a direita e sua expressão é de tranquilidade. O personagem é branco, tem o cabelo castanho claro, curto e liso, olhos castanhos claros. O personagem usa óculos preto de grau e suas roupas são uma camisa de manga longa roxa e branca e shorts cinza.
O personagem Andrew Goldberg foi inspirado no co-criador da série de mesmo nome (Foto: Reprodução)

Nathalia Franqlin

Finalmente chegou na Netflix a tão esperada continuação de Big Mouth. A série animada de comédia estreou em 2017, surfando nessa onda nova de animações para adultos nas plataformas de streaming. Ela conta com a participação de nomes relevantes no gênero, como seu co-criador Andrew Goldberg, que já participou do roteiro de Uma Família da Pesada. O criador da série, e amigo de infância de Andrew, Nick Kroll, também não é um novato nessa área, ele fez parte do elenco de Festa da Salsicha, que é – de fato – uma predecessora das animações esteticamente infantis, de gosto duvidoso e explicitamente sexuais.

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How I Met Your Mother: 15 anos da enrolação mais amada da TV

Ao lado de Naruto, How I Met Your Mother é uma das melhores enrolações já feitas (Foto: Reprodução)

Isabella Siqueira

15 anos atrás, Ted Mosby começava uma longa história sobre como conheceu a mãe de seus filhos. A partir daí, pode se dizer que How I Met Your Mother é um eterno filler, mas no bom sentido. A sitcom fez sua estreia pela CBS em 2005, e aproveitava o momento para adotar os órfãos de Friends, que acabara um ano antes. Com aquela mesma fórmula sobre um quinteto jovem em Nova York, mas dessa vez aproveitando os dias em um pub. Contudo, apesar das ressalvas, foram nove temporadas incríveis que acompanharam o amadurecimento (ou não) de personagens muitos cativantes.

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Brooklyn Nine-Nine finalmente amadurece

O sétimo ano da série traz um esquadrão mais responsável e focado em enfrentar problemas da vida adulta (Foto: Reprodução)

Vitória Silva

Não é fácil inovar no âmbito das sitcoms. O gênero, que é uma abreviação para situation comedy (comédia de situação), se propõe a trazer um tom cômico para situações de um cotidiano qualquer, seja com um grupo de amigos, uma família ou no meio profissional. Sem um roteiro emocionante com reviravoltas bem trabalhadas, se sustentar apenas nesse princípio é um grande desafio. Não à toa, poucas são as séries que conseguem manter o nível de qualidade ao longo de suas temporadas, que, normalmente, são muitas. 

Desde seu início em 2013, Brooklyn Nine-Nine utiliza das relações pessoais entre seus personagens principais para ter um desenvolvimento narrativo além das questões do trabalho, a fim de não se estabelecer uma mesmice rotineira. Isso é observado na construção de arcos como a evolução do relacionamento entre Amy (Melissa Fumero) e Jake (Andy Samberg), a estranha relação entre Gina (Chelsea Peretti) e Charles (Joe Lo Truglio), e as descobertas pessoais de Rosa (Stephanie Beatriz). No entanto, a sexta temporada pecou ao manter uma trama que rondava apenas os conflitos policiais, com a vida pessoal do squad  beirando a superficialidade. 

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25 anos depois, já podemos parar de falar sobre Friends

I’ll be there for you (Foto: NBC)

Vitor Evangelista 

Friends é a grande série do século XX. A comédia sobre os seis amigos de Nova Iorque que conquistou a cultura pop num solavanco, hoje se prostra como uma das maiores produções televisivas da história. A sitcom comemorou vinte e cinco anos no fim de setembro e fãs mundo afora celebraram o legado e as piadas de Rachel, Joey, Phoebe e companhia. Mas, tanto tempo depois da estreia, Friends deveria deixar os holofotes de lado.

Grande parte do buzz do seriado vem da exibição global da Netflix. O fácil acesso aos 236 episódios exibidos originalmente pela NBC entre 1994 e 2004 é primordial para manter acesa a chama de discussão da série. Todavia, com todas as portas que Friends abriu, carreiras que lançou e conteúdos que originou, o grande público pode voltar atenções a outras grandes produções lançadas de lá para cá. E não há problema algum nisso.

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Os rótulos de Unbreakable Kimmy Schmidt

Em um absurdismo cômico, o seriado extrapola metalinguagem e a inversão caricata de papéis (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Com o buzz político das denúncias de abuso de Hollywood, passando pelas declarações polêmicas do presidente Donald Trump, a primeira parte da 4a temporada de Unbreakable Kimmy Schmidt discute feminismo e atualidades com propriedade. Calcada num roteiro ácido e com timing cômico impecável, a série de Tina Fey mais uma vez diverte mas sem nunca fazer deixar de refletir.

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