Divertida Mente 2 acende alerta para o distúrbio de ansiedade e ensina sobre inteligência emocional

Ansiedade tomando a liderança na mesa de controle da cabeça de Riley, com sua base na cor da emoção que controla no momento, desta vez é laranja, representação da Ansiedade. Enquanto isso, os tradicionais sentimentos abordados no primeiro filme estão em segundo plano assustados com o trabalho da agonizante laranja, que não vê problema no que está fazendo.
O longa-metragem dirigido por Kelsey Mann bateu a marca de US$1,46 bilhão em bilheteria mundialmente, superando Frozen 2 e Os Incríveis 2 (Foto: Pixar)

Livia Queiroz

Como evitar que memórias ruins gerem convicções equivocadas?”. Essa é uma frase da Nojinho no final da trama desse filme, após uma conclusão da Alegria de que lembranças que não nos agradam devem ser colocadas no esquecimento. A verdade é que todas as nossas memórias são importantes e criam o que somos, as boas formam nossas expectativas, sonhos e habilidades sociais, e as ruins nos ajudam a sermos mais fortes psicologicamente e a digerir nossos erros para melhorar nossas atitudes. Divertida Mente 2, lançado em Junho de 2024 e candidato ao Oscar de Melhor Animação, é recheado de filosofias do crescimento pessoal. 

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Bruxas, sáficas e performances teatrais? Certeza que era Agatha Desde Sempre

Cena da série Agatha Desde Sempre. Essa imagem apresenta a atriz Kathryn Hahn, uma mulher branca, no papel de Agatha Harkness. Ela está vestida com uma roupa de tons escuros, predominantemente azul e roxo, com mangas largas e texturas dramáticas. A personagem está em uma pose expressiva e poderosa, com as mãos levantadas em um gesto mágico, sugerindo que está conjurando ou manipulando magia. A cena acontece em um ambiente sombrio e misterioso, com iluminação baixa que realça o tom enigmático da personagem.
Kathryn Hahn brilha performando Agatha Harkness, desde seu movimentos com as mãos até suas expressões faciais (Foto: Disney+)

Arthur Caires

Desde sua primeira aparição em WandaVision (2021), Agatha Harkness conquistou o público com seu charme, ironia e carisma, frutos da magistral atuação de Kathryn Hahn. O impacto foi tão grande que a personagem ganhou sua própria série, Agatha Desde Sempre. Criada pela mesma mente por trás da história de Wanda Maximoff  (Elizabeth Olsen), Jac Schaeffer, a produção busca capturar a magia da obra original ao mesmo tempo que apresenta uma narrativa própria e ousada.

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Na Short n’ Sweet Tour!, Sabrina Carpenter choca a crítica e fãs com performances intensas

A fotografia mostra a cantora Sabrina Carpenter, em que aparece deitada de lado sobre um fundo rosa. Ela tem cabelos loiros longos e ondulados, maquiagem com destaque para olhos levemente delineados e batom rosa claro. Ela está vestindo uma roupa de tecido delicado com alças finas, transmitindo uma aparência suave e glamourosa.A Short n’ Sweet Tour! é a primeira turnê de arena da cantora (Foto: Sabrina Carpenter)

Marcela Jardim

Com os hits Espresso, Please Please Please e Taste, o sexto álbum da cantora Sabrina Carpenter ganhou uma turnê mundial com prováveis datas na América Latina. Short n’ Sweet foi lançado em Agosto de 2024 e conta com 12 faixas cuidadosamente produzidas, revelando uma maturidade artística impressionante. O single Taste teve um videoclipe muito bem executado, protagonizado pela artista junto a atriz Jenna Ortega, e conta com mais de 100 milhões de visualizações no Youtube em menos de três meses de lançamento. Continue lendo “Na Short n’ Sweet Tour!, Sabrina Carpenter choca a crítica e fãs com performances intensas”

Em um deserto de expectativas, Duna: Parte 2 é um milagre de adaptação

Aviso: Lisan al Gaib profetiza que haverá spoilers no texto a seguir

Cena do filme Duna: Parte 2: Paul Atreides, interpretado por Timothée Chamalet, caminha sobre as areais do deserto de Arrakis em direção à câmera. Paul é um jovem branco de cabelo curto liso. Na cena, ele utiliza um trajestilador, uma roupa cinzenta e justa com cabos e placas lisas que cobrem o corpo inteiro. Paul utiliza um capuz preto e uma capa cinzenta translúcida. O personagem está no centro da imagem com um sol batendo acima dele e montanhas atras de si. O céu é de um amarelo quase bege e não há nuvens. Os olhos de Paul nesta imagens são azuis.
O universo de Duna revolucionou a Literatura de ficção científica e, agora, revoluciona o Cinema do gênero (Foto: Warner Bros. Pictures)

Íris Ítalo Marquezini e Nathan Sampaio

Um dos exemplos mais utilizados em escolas para representar o conceito de uma história épica é A Odisseia, de Homero. A trama de voltar para casa, ficar distante da família e reclamar dos sacrifícios que são de heróis por direito fundou muito do que se entende pelo ocidente hoje. Acontece que não só de histórias monumentais viviam os gregos. As tragédias, compostas por pessoas paralisadas pelas teias do destino e de erros fatais irreparáveis, colocavam a audiência na linha tênue entre entretenimento e choque pelo que era representado nos palcos dos teatros. 

Ésquilo, em A Casa de Atreus, demonstra um exemplo de como determinadas crenças, ganância e crueldade podem condenar gerações de uma família a sofrer um ciclo de violência interminável. Duna: Parte 2 continua a mostrar a tragédia que acomete essa mesma linhagem dezenas de milhares de anos depois. A graça do filme é o diretor Denis Villeneuve somar o épico e o trágico igualmente, de uma forma que, como alguns diriam anos atrás, seria impossível. Para uma história com tanto peso na religião, Duna: Parte 2 faz a audiência acreditar que é possível ir ao cinema para presenciar um milagre.

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Persona Especial – Representatividade LGTBQIA+

Em 2024, o Persona alcançou a marca dois mil textos e seguidores (Texto de Abertura: Jamily Rigonatto / Artes: Henrique Marinhos)

Entender a si mesmo como uma pessoa LGBTQIA+ é, muitas vezes, uma tarefa difícil. Isso pode ser ainda mais intenso na adolescência, quando a pressão externa para ser igual a todo mundo – ou até melhor – te empurra a ser exatamente como esperam que você seja. Nesse contexto, coisas simples podem ganhar um significado imenso. Mas afinal, como a representatividade na mídia importa?

Em um momento de descoberta, dar de cara com um livro, filme, clipe ou até comercial que te faça sentir inteiro pode mudar muito sua jornada de auto aceitação. Encontrar casais sáficos, gays, pessoas trans e demais letras da comunidade existindo e sendo de verdade – mesmo que na ficção – nas linhas de algum produto é o tipo de coisa que te mostra que está tudo bem ser assim, não é um desvio de caráter e, muito menos, uma exclusividade azarada. 

Fechando mais um Mês do Orgulho, alguns membros da nossa Editoria compartilham como o contato com produções queer na adolescência fez diferença e, de certa forma, acompanha suas vidas até hoje. Levantando a bandeira de um jornalismo cultural que preza pelo respeito e acolhimento da diversidade, o Persona agradece por mais essa cobertura. Amar e existir são atos de resistência lindos. 

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Há 5 anos, Vingadores: Guerra Infinita se tornava clássico em um estalar de dedos

Vingadores: Guerra infinita celebrou os 10 anos de Marvel Studios e iniciou a conclusão da saga (Foto: Marvel Studios)

Davi Marcelgo 

Aqui é a nave Estadista de refugiados asgardianos. Estamos sob ataque. Repito: estamos sob ataque. Os motores morreram, o suporte de vida está falhando. Solicitando ajuda de qualquer nave próxima. Estamos a 22 pontos de salto de Asgard. Os tripulantes são famílias asgardianas. Há poucos soldados aqui. Esta não é uma nave de guerra. Repito: esta não é uma nave de guerra”. Afastada da trilha épica ou das costumeiras músicas oitentistas hiper-animadas, a abertura de Vingadores: Guerra Infinita (2018) pede por socorro. Mal sabíamos que, depois de 2h30 de exibição, nós é que iríamos implorar por socorro.

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Há 20 anos, Spike Lee e Edward Norton contavam A Última Noite de um homem em Nova York

Monty quase foi interpretado por Tobey Maguire, que, apesar de ter recusado o papel para estrelar Homem-Aranha, acabou sendo um dos produtores do longa (Foto: Touchstone Pictures/The Walt Disney Company)

Nathan Nunes

Nos vinte anos que separam os dias atuais da estreia de A Última Noite (25th Hour) nos cinemas brasileiros, em 23 de Maio de 2003, talvez nenhuma cena tenha marcado tanto quanto o monólogo que Edward Norton (Glass Onion) recita em frente ao espelho de um banheiro, no qual reflete sobre como odeia tudo e todos em sua cidade. Esse momento não estava presente no roteiro inicial de David Benioff, mas sim em seu livro homônimo, objeto da adaptação. O diretor Spike Lee (Infiltrado na Klan) encorajou o futuro showrunner de Game of Thrones a colocá-lo de volta nos planos, além de tê-lo filmado a contragosto da Disney, que o queria fora do corte final. 

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A segunda temporada de A Vida Sexual das Universitárias canta em notas lascivamente cômicas

Cena da série A Vida Sexual das Universitárias. Na imagem estão Whitney, Leighton, Bela e Kimberly, da esquerda para a direita. Whitney é uma mulher negra de tranças castanhas, ela veste uma camiseta branca e uma jaqueta rosa. Leighton é uma mulher branca de cabelos longos e lisos. Bela é uma mulher indiana de cabelos longos, pretos e lisos, ela veste uma camiseta vermelha com um casaco bege. Kimberly é uma mulher branca de cabelos curtos, lisos e castanhos claros, ela veste uma camiseta listrada com uma jaqueta laranja. Todas fazem cara de surpresa.
Sob as subjetividades de suas protagonistas, A Vida Sexual das Universitárias repousa em um retorno maduro e coerente (Foto: HBO Max)

Jamily Rigonatto 

Quatro meninas de personalidades completamente diferentes em um quarto de universidade e a possibilidade de explorar o que o desejo permitir? Já vimos algo parecido antes, mas a receita de A Vida Sexual das Universitárias tem um tempero a mais. Com dramas sinceros e o sopro da juventude contemporânea, a série original da HBO Max chegou ao seu segundo ano pronta para conquistar os corações e corpos da Essex College.

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Em Ctrl (Deluxe), SZA prova que é sempre possível melhorar

Capa do álbum CTRL (Deluxe): Uma imagem da cantora SZA, uma mulher negra, jovem e de cabelos pretos, encaracolados e longos. Ela está sentada com sua mão esquerda no chão atrás e outra em seu joelho.Está vestindo um body branco por baixo de uma jaqueta branca. Também tênis e meias brancas curtas. Ao fundo vemos um gramado e vários computadores velhos em volta dela.
Ctrl (Deluxe) foi lançado em comemoração ao 5° aniversário de seu debut [Foto: RCA Records]
Henrique Marinhos

No meio de 2022, antes de lançar o então recente SOS, Solána Rowe comemorou os 5 anos de Ctrl, seu potente trabalho de estreia. Em meio às festividades, SZA impressionou novamente ao lançar, em 9 de junho, a versão deluxe do CD, provando que mesmo em obras aclamadas ainda há como melhorar. Relembrando um dos melhores álbuns de 2017, sua nova versão é composta por mais sete faixas até então inéditas, trazendo uma completude ao álbum como se sempre estivessem ali, prolongando a melancólica experiência de R&B que deu tão certo meia década atrás.

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Rex Orange County e a arte de ‘não ligar’ para algumas opiniões

Foto colorida do palco da turnê WHO CARES?. O cantor Rex Orange County aparece no centro da imagem, embaixo de um holofote, com um microfone na mão, no meio de um pequeno pulo. Ele é um homem branco, de cabelos castanhos, e aparece usando uma camiseta azul claro, bermuda preta, meias e tênis brancos. Atrás, pode-se ver a banda, formada por homens. No fundo, há uma estampa preta e branca, imitando as manchas de um cão dálmata, e apresenta os escritos WHO CARES?, em caixa alta
Em WHO CARES?, Rex Orange County reflete sobre a vida de jovem adulto (Foto: Stephanie Nardi/Impressions Magazine)

Laura Hirata-Vale

Vivemos em um mundo rápido. Inconstante. Frenético. Instável, incerto, veloz, desordenado, apaixonado, desencantado. É sobre esse mesmo mundo que Rex Orange County reflete – de forma impessoal, sem se importar com outras opiniões – em WHO CARES?, seu quarto álbum, lançado em março. 

Construído em um período de dez dias, durante uma viagem do cantor à Amsterdam, o projeto de onze músicas nasceu de maneira espontânea em uma rapidez quase inconsciente: não houve tempo para pensar, repensar e refletir muito sobre as sonoridades, musicalidades e letras das canções. Co-produzido com o músico Benny Sings, o disco ainda possui a participação do rapper Tyler, The Creator

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