Em O Atlas dos Pássaros, o inimigo é a fortuna

Imagem retangular retirada do filme O Atlas dos Pássaros. Nela, vemos, no canto superior esquerdo, Ivan Rona, um homem branco, idoso, com cabelos brancos e barba feita. Ele veste uma camisa social branca, uma calça social e sapatos pretos. Ele olha, de dentro de uma sala com paredes de vidro, o lado de fora. Lá, tem-se a visão de uma grande fábrica, composta por uma larga linha de produção de máquinas. O cenário é noite, com as luzes do local acesas, e a imagem é colorida.
O mistério é quem rege O Atlas dos Pássaros, filme exposto na seção Perspectiva Internacional, da 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo (Foto: endorfilm)

Enrico Souto

Para meros mortais como nós, líderes de companhias bilionárias, detentores de grandes fortunas e outras figuras de poder, podem parecer soberanas e prodigiosas. Porém, o que ocorre quando observamos suas movimentações mais atentamente? É o que O Atlas dos Pássaros, comédia dramática da República Tcheca apresentada na 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, propõe: investigar a intocada moralidade dos poderosos. E, quando descobre-se ali a raiz desse poderio, deparamo-nos com uma das faces mais abjetas da sociedade. 

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