Nós somos os escolhidos de Jon Batiste

Capa do CD WE ARE, de Jon Batiste. Imagem quadrada e colorida com fundo vermelho. Mostra Jon Batiste, um homem negro, de cabelos curtos e cavanhaque, vestindo um sobretudo vermelho e amerelo. Ele está de pé, olhando para frente. No canto inferior direito, escrito em inglês em uma fonte pequena, lê-se “dedicado aos sonhadores, profetas, contadores de histórias e verdades que se recusam a nos deixar cair totalmente na loucura”
Depois de anos de esnobadas absurdas, a justiça foi feita: com o fascinante projeto WE ARE, Jon Batiste é o 11º artista negro a conquistar o Grammy de Álbum do Ano em 64 anos (Foto: Verve Records)

Enrico Souto

Nem Olivia Rodrigo, nem Billie Eilish, nem Lil Nas X e nem Justin Bieber. A noite de 3 de abril de 2022 foi de Jon Batiste. Nesta nossa realidade bizarra em que o artista mais indicado de uma premiação é considerado azarão, o jazzista de Louisiana embaraçou todas as apostas ao se consagrar como o maior vencedor do Grammy 2022, saindo da cerimônia com 5 dos 11 gramofones que concorria, incluindo o cobiçado Álbum do Ano, categoria mais importante do evento. O trabalho contemplado foi WE ARE, seu aclamado oitavo álbum de estúdio. E, apesar de competir com grandes nomes, não há outra conclusão ao mergulhar no projeto: o prêmio só poderia ser dele.

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