Há 5 anos, Rogue One: Uma História Star Wars chegava para preencher lacunas deixadas na história rebelde

Cena do filme Rogue One: Uma História Star Wars. Nesta imagem temos ao centro Jyn Erso e Cassian Andor, ambos utilizam uma jaqueta de couro marrom, mas Jyn está de calça preta, enquanto Cassian usa uma calça marrom. No lado direito, estão três pilotos da rebelião vestidos de laranja e com capacete branco, todos estão correndo para frente. Já ao lado esquerdo, mais três homens, todos vestindo roupas escuras e toucas conversam em roda. A cena é ambientada em um local com pouca iluminação e ao fundo, atrás dos personagens, é possível ver partes de um caça espacial nas cores branca e vermelha.
“Salve a Rebelião, salve o sonho”, os precursores da missão Cassian Andor e Jyn Erso correm para realizar mais uma tarefa rebelde (Foto: Disney)

Gustavo Alexandreli

Se você gosta ou já ouviu falar da saga Star Wars, sabe que compreender a cronologia é um grande desafio, até mesmo para os fãs mais apaixonados. Com Rogue One: Uma História Star Wars, lançado em dezembro de 2016, não é diferente. Para entender a jornada de Jyn Erso (Felicity Jones), é necessário voltar mais de uma década e encaixar a história rebelde deste spin-off, o primeiro de Star Wars, entre os eventos dos episódios III (A Vingança dos Sith, de 2005) e IV (Uma Nova Esperança, de 1977).

Com direção do britânico Gareth Edwards, a trama se inicia quando o notável cientista Galen Erso (Mads Mikkelsen) é levado à força por um Esquadrão Imperial e seu líder para finalizar a construção da Estrela da Morte – arma destruidora de planetas –, e sua filha, Jyn Erso, ainda criança é deixada para ser resgatada pelo líder Saw Gerrera (Forest Whitaker) – que não possui sua primeira aparição do universo Star Wars neste filme.

A primeira vez que o vimos foi na animação Star Wars: The Clone Wars, lançada em 2008, que se passa na Era Republicana. O personagem reaparece em Star Wars Rebels, sequência de 2014, já na Era Rebelde – a mesma de Rogue One, em mais uma demonstração do quão extenso é o universo e a cronologia desta franquia. A saga ainda possui em seu horizonte após Rogue One ao menos 7 produções já disponíveis e receberá ainda nos próximos anos conteúdos que foram anunciados durante Disney Investor Day, em 2020.

Fotografia da Estrela da Morte, arma imperial com formato circular. Ambientada no meio da galáxia, possui um fundo totalmente escuro com alguns pontos brancos, representando estrelas. A arma não está posicionada inteira nesta foto. Ainda em sua fase de construção, portanto há partes não conectadas ao módulo. À frente da arma, em escala menor, há 3 destroyers, naves imperiais. E ao fundo, na galáxia também há mais uma.
“Se o Império tem todo esse poder, que chance nós temos? Que chance, você fala… A pergunta é que escolha” (Foto: Disney)

Após essa breve introdução, Jyn Erso, agora adulta, está presa pelo Império e escondida sob um pseudônimo, enquanto a Aliança Rebelde busca por informações de um suposto piloto desertor enviado por Galen. Ambientado em diversas áreas, inicialmente Rogue One transita muito rapidamente entre as várias cidades, luas, campos e espaços. Com fotografia sob direção do experiente Greig Fraser, é de ressaltar a alta qualidade deste quesito.

Após saber destas informações, o filme não possui muito aprofundamento e segue com a caça por parte da inteligência rebelde em não perder as esperanças de deter a tão temida Arma Imperial. Jyn, agora sob controle da rebelião, é crucial para a missão por conta do sobrenome que carrega. A garota, no entanto, participa ativamente da missão e os acompanha nos diferentes espaços. Possuindo voz forte em decisões que norteiam a rebelião, ela chega ao comando do grupo em conflitos determinantes, fugindo do fardo de ser apenas a portadora do sobrenome.

Fotografia retirada na cidade fictícia de Jedha, do filme Rogue One: Uma Aventura Star Wars. Nesta imagem podemos ver ao centro a personagem Jyn Erso, uma mulher jovem e de cabelo castanho vestindo uma calça preta, com uma arma em seu coldre de perna, uma jaqueta de couro marrom e um cachecol da mesma cor, a sua direita o capitão Cassian Andor, homem de barba e cabelo liso castanhos, vestindo uma blusa azul com detalhe branco nos braços e a esquerda o dróide K2-SO. O dróide é mais alto que os dois, possui lataria preta, com detalhes imperiais. Os três estão à frente de uma parede branca, perfurada por tiros. O Capitão e K2-SO estão se olhando, enquanto Jyn olha para o lado.
Jyn Erso, Capitão Cassian Andor (Diego Luna) e o droide K2-SO na cidade sagrada de Jedha durante missão em território de domínio Imperial [Foto: Jonathan Olley/Disney]
Com um clima iminente ao estopim de uma guerra e a ameaça de morte constante, a estratégia se faz muito mais presente para adentrar zonas de domínio Imperial e enfrentar outros rebeldes mais extremistas. É o que ocorre na cidade de Jedha e em outras vezes ao longo de toda a obra. No entanto, não há um forte impacto, mas sim um clima constante de perigo e desconfiança.

Os inúmeros conflitos, ambientados desde espionagem até roubos, não possuem elementos conhecidos como os sabres de luz ou a presença da Força dos Jedis e do Lado Sombrio, pois Rogue One se passa pelos esforços daqueles que lutaram pela rebelião para termos “Uma Nova Esperança”. A luta perdura muito mais por questões políticas do que em torno da Força – o que não significa abandono aos elementos base, que, a partir de referências sutis, trazem essa lembrança dos outros filmes da franquia.

Cena do filme Rogue One: Uma História Star Wars. Na imagem temos uma reunião em volta de uma mesa redonda, sobre esta mesa há um holograma apresentando a arma imperial em azul claro, a arma possui o formato de uma bola. A sala está cheia e possui pouca iluminação. Todos os participantes estão em pé em volta da mesa. Em destaque está uma mulher branca de cabelo liso, castanho e curto vestindo uma roupa branca com detalhes em dourado e um colar da mesma cor.
“Rebeliões tem como base a esperança” (Foto: Disney)

Este objeto político durante toda a saga Star Wars sempre se faz muito presente, mas é neste filme que, durante o último suspiro, nos faz pensar para além de apenas uma guerra – indo desde o ideal revolucionário, até mesmo como parte da sua própria vida. As desavenças políticas, o poder de escolha ou não, tornam-se mais do que somente parte da obra.

Rogue One não é a melhor, mas sem dúvidas é uma das melhores produções recentes da saga Star Wars. O roteiro de Rogue One preenche com honra o legado dos que lutaram pela rebelião. Poderia ser simplesmente mais um filme de guerra, mas, ao final, entrega muita luta e esperança para se manter firme em roubar os planos da Estrela da Morte, essenciais na sequência da aventura de Luke Skywalker. O último ato rebelde se dá em uma intensa batalha no planeta Scarif onde a missão se encerra, porém, ainda revela, em seus últimos 3 minutos, um fim dramático e impressionante para uma rebelião contra o Imperador Darth Vader.

Gif animado das cenas finais de Rogue One: Uma História Star Wars, nesta sequência vemos Darth Vader em seu traje preto que possui uma capa e uma máscara preta, segurando seu sabre de luz vermelho dentro de um pequeno corredor caminhando em direção a porta. O caminho possui diversos soldados que atiram em Vader. Girando seu sabre ele rebate todos os tiros e continua caminhando enquanto os soldados se desesperam. A iluminação é completamente composta por conta dos tiros e do vermelho neon do sabre. Ainda nesta cena Vader levanta um soldado e desfere um golpe cortando sua barriga.
Nas sombras, Vader e seu sabre vermelho acabam com aqueles que agem em favor da rebelião (GIF: Disney)

Mesmo estando situado entre filmes longínquos – tanto 1977 quanto 2005 –, Rogue One: Uma História Star Wars é a esperança anterior a tudo que a rebelião e os Jedis, quando presentes dentro dos filmes sequenciais da franquia, prosseguem. Atualmente, após 5 anos de sua chegada, a obra ainda preenche parte essencial no universo Guerra nas Estrelas, com um pouco mais de profundidade na história daqueles que não possuíam sabres nas mãos.

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