“Você achou que os vampiros de Crepúsculo eram diferentões? Espere até conhecer as figuras de O Que Fazemos nas Sombras. As trapalhadas dessa turma vão fazer você rir até o sol nascer!” Essa poderia ser a chamada de What We Do in the Shadows se fosse um filme da sessão da tarde, e acredite, existem momentos dignos do lendário programa da Rede Globo. Aliás, a série da FX é na verdade um spin-off do longa de mesmo nome, lançado em 2014. O filme, criado, escrito, dirigido e atuado por Jemaine Clement e Taika Waititi é tão genial quanto seu desmembramento para TV.
Watchmen é a série de quadrinhos definitiva. Criada por Alan Moore e Dave Gibbons, a HQ se baseia na problematização da realidade, em que cidadãos vestem máscaras e combatem o crime por conta própria. Temas como a salvação da humanidade, as fraquezas dos homens e a existência de um deus entre nós são abordados. Cada detalhe e cada referência na construção desse mundo é um reflexo da nossa sociedade como um todo. Os quadrinhos já faziam com maestria essa discussão política e social, e a minissérie de 2019 resgata e revigora isso.
As séries americanas de comédia passaram por uma bela repaginada nos últimos anos. O consagrado formato de sitcom(comédia de situação) cedeu espaço para produções menos derivadas, e histórias diferentes foram sendo contadas na telinha. Isso, é claro, se refletiu nas premiações. Se, no começo da década, a tradicional Modern Family era aposta certa no bolão, com o passar dos anos outras abordagens receberam o devido destaque e ganharam os holofotes. Olhando apenas para o Emmy dos últimos cinco anos, o grupo de vencedores denota a diversidade.
Veep, a sátira política da HBO, ganhou o caneco 3 anos seguidos, depois da avalanche da família moderna cansar os votantes. Em sua pausa, The Marvelous Mrs. Maiselroubou a atenção. A comédia de uma hora da Amazon perdeu o posto ano passado para outra produção do Prime Video: Fleabag. Singular e dolorosa, a criação de Phoebe Waller-Bridge surpreendeu no Emmy 2019 quando fez a rapa, de surpresa. Chegamos então a 2020, ano caótico tanto nas artes quanto fora delas. Mas nem uma pandemia parou a cerimônia do Oscar da TV. E, após longos anos, assistiremos uma sitcom ‘simples’ e alegre ser aclamada e aplaudida. Está na hora de você conhecer Schitt’s Creek.
“Deus esperava demais de mim” responde decididamente Esther Shapiro (Shira Haas) ao ser perguntada sobre o porquê de repentinamente ter deixado sua comunidade judaica ultra-ortodoxa situada em Nova Iorque, evento que inicia Nada Ortodoxa, da Netflix. Apresentando o passado e o presente da jovem que com apenas 19 anos encarava um casamento arranjado e frustrado com Yanky Shapiro (Amit Rahav), a narrativa explora sua profunda sensação de não-pertencimento diante da comunidade onde cresceu e sua conflituosa jornada em busca da sua liberdade.
Não é fácil inovar no âmbito das sitcoms. O gênero, que é uma abreviação para situation comedy (comédia de situação), se propõe a trazer um tom cômico para situações de um cotidiano qualquer, seja com um grupo de amigos, uma família ou no meio profissional. Sem um roteiro emocionante com reviravoltas bem trabalhadas, se sustentar apenas nesse princípio é um grande desafio. Não à toa, poucas são as séries que conseguem manter o nível de qualidade ao longo de suas temporadas, que, normalmente, são muitas.
Desde seu início em 2013, Brooklyn Nine-Nine utiliza das relações pessoais entre seus personagens principais para ter um desenvolvimento narrativo além das questões do trabalho, a fim de não se estabelecer uma mesmice rotineira. Isso é observado na construção de arcos como a evolução do relacionamento entre Amy (Melissa Fumero) e Jake (Andy Samberg), a estranha relação entre Gina (Chelsea Peretti) e Charles (Joe Lo Truglio), e as descobertas pessoais de Rosa (Stephanie Beatriz). No entanto, a sexta temporada pecou ao manter uma trama que rondava apenas os conflitos policiais, com a vida pessoal do squad beirando a superficialidade.
Uma mistura de comédia, romance e muito drama, This Is Us, criada por Dan Fogelman, conta a envolvente e emocionante história da família Pearson e os desafios que encontram ao longo da vida. Logo nos primeiros minutos, a série mostra Rebecca (Mandy Moore), grávida de trigêmeos, comemorando o aniversário de 36 anos de seu marido Jack (Milo Ventimiglia). Mas um imprevisto que mudaria a vida do casal aconteceu: ela estava prestes a dar a luz ao seus filhos antes da hora. O nascimento das duas primeiras crianças ocorreu tranquilamente, já o da terceira não.
Kyle, infelizmente, não resistiu e morreu minutos após o parto. Neste mesmo dia, um menino recém-nascido foi abandonado na estação de bombeiro da cidade pelo seu pai, William que não possuía condições financeiras, mentais ou saúde o suficiente para criá-lo. Seja por sorte ou destino, este bebê foi salvo pelos bombeiros e levado ao hospital onde os Pearsons estavam e acabou achando seu caminho para a família. Jack e Rebecca, seguindo o conselho do Doutor K (Gerald McRaney), médico que trouxe os bebês ao mundo, pegaram o limão mais azedo que a vida os ofereceu e transformaram-no numa bela limonada, ou melhor, em uma linda família. Quatro anos depois da estreia, This Is Us continua excelente.
Nem em seus melhores sonhos George Lucas poderia imaginar o que o futuro reservava quando escreveu a história do jovem Luke Skywalker, este foi somente o pontapé inicial da franquia multibilionária querevolucionou o cinema e a cultura pop e conquistou uma legião de fãs. O universo Star Wars deu tão certo que, 47 anos após o lançamento do primeiro filme, há ainda histórias para contar através da galáxia criada por Lucas. Mas é em meio a uma recente decepção comA Ascensão Skywalkere uma acirrada disputa entre as plataformas de streaming que The Mandalorian, a primeira série live-action da franquia, chega, como uma nova esperança para os fãs da saga.
A minissérie Unbelievable (no Brasil traduzida como Inacreditável), é o true crime mais inquietante do momento. Indicada ao Emmy2020, a produção da Netflix que foi lançada ano passado, é tão poderosa, quanto sensível. Com grandes atuações e diálogos que partem o coração, a obra escancara um sistema que a décadas vitimiza milhares de mulheres pela segunda vez.
Desde seu primeiro episódio, Westworld mostrou que não era uma série qualquer. Cheia de filosofias e mitologias sobre o que somos e qual a nossa relação como seres humanos, sociedade e máquinas, com narrativas fortes e de prender a atenção do telespectador. A terceira temporada estreou cheia de expectativas sobre o salto na trama e em sua mitologia, ainda mais com a entrada de Aaron Paul no elenco com seu personagem Caleb e a saída do parque temático.
Sabe quando você está sem nada para fazer e decide assistir uma série, mas não sabe se continua alguma ou começa outra? Eu estava assim e depois de muito tempo vasculhando o catálogo da Netflix, escolhi uma original dela chamada Glow, e me surpreendi muito. Criação de Liz Flahive e Carly Mensch e inspirada em um programa chamado Gorgeous Ladies of Wrestling (Garotas Lindas da Luta Livre) – GLOW, criado por David McLane nos anos 80.