Os coiotes em pele branca de cordeiro de Assassinos da Lua das Flores

Cena de Assassinos da Lua das Flores. Nela vemos, da esquerda para a direita, Mollie Burkhart, uma mulher de indígena americana, de cabelos pretos lisos e Ernest Burkhart, um homem de cabelos loiros e olhos azuis. Mollie veste um poncho de sua tribo na cor bege, com listras vermelho terra, preto e verde; uma camisa roxa, um colar em prata e um cachecol preto. Ernest veste um terno azul marinho, camisa cinza e gravata marrom. Eles estão sentados sobre uma mesa e Molly, na esquerda da imagem, olha para Ernest, que está olhando para cima. Ao fundo, uma cozinha de época com móveis em madeira e acessórios em porcelana e prata.
Uma das cenas mais esperadas do ano também é uma das mais lindas (Foto: Apple TV+)

Guilherme Veiga

“Fundamentalmente é algo que, por alguma razão, permanece. Algo que você pode ver anos depois ou 10 anos depois você irá ver e será diferente. Em outras palavras, há algo a mais para aprender sobre si próprio e sobre a vida”

Foram com essas palavras que Martin Scorsese definiu sua percepção sobre Cinema. Fatores como sua própria filmografia ou seu instituto The Film Foundation, responsável por restaurar mais de 1000 filmes, colocam o diretor como uma espécie de guardião vivo da Sétima Arte.

O próprio idealizador já afirmou que foram os filmes que moldaram sua percepção da vida enquanto criança, por isso, nada mais justo que florescesse nele o ímpeto por contar e eternizar histórias. Isso resultou em uma carreira ímpar, primorosa e incontestável, fazendo que somente Scorsese fosse a única pessoa possível para, desta vez, dar voz a toda a vivência de um povo através de sua nova obra-prima, Assassinos da Lua das Flores.

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30 anos de Os Bons Companheiros: amigos, amigos, negócios à parte

As criaturas e seu criador: o elenco de Os Bons Companheiros acompanhado de Martin Scorsese (Foto: Reprodução)

Caroline Campos

“Desde que consigo me lembrar, eu sempre quis ser um gângster. Para mim, ser um gângster era melhor do que ser Presidente dos Estados Unidos”. É com essa frase que Martin Scorsese, um dos diretores mais incansáveis em atividade, decide nos apresentar a Henry Hill, seu protagonista de quiçá o maior filme sobre máfia já produzido: Os Bons Companheiros. Baseado em verdadeiros mafiosos, a obra, que completa 30 anos em 2020, integra a vasta e variada filmografia do diretor nova-iorquino, que abrange desde filmes sobre boxe até documentários de grandes estrelas do rock. Continue lendo “30 anos de Os Bons Companheiros: amigos, amigos, negócios à parte”