Justin Bieber é o queridinho declarado da música pop, e tirar ele desse posto não vai ser tão fácil. Aos 15 anos de idade, o rostinho já conhecido de vídeos do YouTube deu entrada no mundo da música com seu álbum de estreia, My World. Seu carisma e rostinho adorável de imediato desencadearam uma pandemia fanática ao redor do globo terrestre, que, mais tarde, com o My World 2.0, o consagraria como o mais novo ídolo adolescente.
No mês que antecede o evento mais importante da música ocidental, alguns dos grandes nomes do Grammy 2021 aproveitaram para agitar a campanha para a premiação, que acontece no dia 14 de março. A dupla Chloe x Halle vestiu tons frios para Ungodly Hour (Chrome Edition) e para o clipe futurista da canção-título. Dua Lipa juntou novos singles com a tracklist mais famosa de 2020 em Future Nostalgia (The Moonlight Edition).Doja Cat e Megan Thee Stallion comandaram um remix de Ariana Grande, e a banda HAIM cantou mais uma vez – e agora pra valer – com Taylor Swift.
Falando nela, a artista que protagonizou a maior polêmica do mundo pop dos últimos anos iniciou sua volta por cima. Depois de jogar a ***** no ventilador e suscitar uma discussão importante sobre a relação complicada que existe entre direitos autorais, artistas jovens e a indústria musical, Swift alertou que não deixaria barato e que faria o possível para tornar seus trabalhos, que foram vendidos sem a sua permissão, obsoletos, regravando-os. É fato que a cantora de reputation é firme com sua palavra, e assim ela apresentou ao mundo Love Story (Taylor’s Version), anunciando que a nova versão de Fearless, seu segundo álbum, também chegará aos nossos ouvidos em breve.
O maior injustiçado da temporada, por sua vez, brilhou forte em sua performance no intervalo do Super Bowl promovendo The Highlights. A coletânea reforça a relevância e impacto do trabalho de The Weeknd, que não engoliu a desonestidade da Recording Academy. Quem também superou cenários hostis foi Rebecca Black, o assunto da internet e alvo de um episódio de cyberbullying massivo em 2011, que dez anos depois do fatídico clipe de Friday, retorna àquele lugar para um remix da música original.
Ascensão também é uma palavra que se aplica aos artistas brasileiros, que mantiveram a atividade em um fevereiro sem carnaval. Pabllo Vittar voou alto ao interpretar o remix de Man’s World com MARINA e Empress Of. Ludmilla, que sabe pregar o funk como ninguém, colaborou com o trio Major Lazer e ainda encontrou espaço para trazer visibilidade ao grupo baiano ÀTTOOXXÁ e ao artista jamaicano Suku Ward. Luísa Sonza mostrou mais uma vez sua versatilidade num pagode ao lado de Thiaguinho, e Papatinho fez o mesmo ao misturar samba, funk e rap com Seu Jorge e Black Alien.
Já na MPB, celebramos a vida e a carreira de Gal Gosta. Não exatamente como gostaríamos, num show ao vivo lotado de apaixonados por uma das maiores vozes do Brasil, mas da melhor maneira que os moldes pandêmicos podem nos proporcionar, com o disco Nenhuma Dor. Assim como nossa musa, sempre atento e forte, Gilberto Gilse uniu aos seus filhos e netos em Refloresta para fortalecer uma campanha a favor da conservaçãode nosso bem mais precioso.
A notícia triste foi o fim de Daft Punk. Depois de 28 anos de carreira, o duo composto por Guy-Manuel de Homem Cristo e Thomas Bangalter deixa um legado incalculável e uma influência que vai muito além da música eletrônica, lar da dupla. Tudo isso e muito mais sobre as movimentações do mundo da música foi registrado no Nota Musical de Fevereiro pela Editoria e colaboradores do Persona, que dessa vez, além de CDs, EPs, singles, clipes e performances, inventaram de falar também sobre as trilhas sonoras de alguns dos filmes mais importantes do mês.
O recente documentário AmarElo – É Tudo Pra Ontem foi aclamado quase por unanimidade. A produção original da Netflix exibe o evento de estreia do mais recente álbum do rapper Emicida, AmarElo. O artista reúne todas as pessoas que, durante muito tempo, não tiveram a oportunidade de sequer pisar no Theatro Municipal, principal símbolo da cultura erudita do país. Emicida nos revela o porquê de suas letras, mensagens, parcerias e missões. Mais do que isso, o show traz um profundo sentimento de esperança aos seus espectadores. Ao mesmo tempo que evidencia os diferentes males que assolam nosso país, também constrói um forte apelo à esperança de tentar mudar esse cenário.
Para aqueles que ainda não conhecem a voz por trás de DEMIDEVIL, aqui vai uma breve introdução: Ashton Nicole Casey nasceu em uma pacata cidade no interior da Carolina do Norte, EUA, e foi ainda na adolescência que escutou, pela primeira vez, as músicas da rapper britânica M.I.A, e, a partir de então, apaixonou-se pelo rap. Porém, aos seus 13 anos, mudou-se com a família para a Estônia e, posteriormente, para a Letônia, onde sua dificuldade com a língua e o conservadorismo do país para com suas composições fez com que viajasse para Londres, aproximando-se cada vez mais da música.
A introspecção e a melancolia ganham espaço em Circles, álbum póstumo do rapper Malcolm James McCormick, mais conhecido como Mac Miller. Lançadas em 17 de janeiro de 2020, as faixas, finalizadas pelo produtor Jon Brion, contém cada pedaço da mente de um cantor e compositor brilhante, porém acompanhadas de todos os seus problemas pessoais, que ficaram ainda mais claros após esse grande monólogo de Mac.
Post Malone é um hitmaker de mão cheia. Essa máxima vem sendo comprovada desde 2016, com o lançamento do seu primeiro disco, o Stoney, quando emplacou a faixa Congratulations no topo das paradas. Em 2018, o sucesso se manteve com Better Now e rockstar, que permanecem em alta até hoje, dando a sensação de terem surgido apenas a dias atrás.
Ao mesmo passo que Austin Richard Post (nome de batismo do cantor) produzia grandes hits, também revelava letras sem muita profundidade ou diferencial para o meio. Mulheres, festas, drogas, bebidas e luxos da fama, una esses tópicos a batidas dançantes de trap e você tem quase a discografia completa do nova iorquino. E, para quem esperava ouvir apenas mais do mesmo, Hollywood’s Bleeding chega a ser surpreendente.
“Os mais velhos dizem que um dia, cansado da solidão do poder, Zambiapungo, o Ser Supremo dos cultos angolo-congoleses, foi tomado pela tristeza e cogitou desistir da criação do mundo.”
Essas são as primeiras frases da sexta faixa do lado A de Assim tocam os MEUS TAMBORES, o novo trabalho revolucionário de Marcelo D2, gravado durante o período de isolamento social com sua família. Os versos podem ser entendidos como a síntese da trajetória do disco, que é o mais ousado da carreira do rapper carioca.
Hot e Oreia, dupla de artistas mineiros que vem se mostrando revelação no cenário do rap nacional, continuam a desabrochar seu trabalho, tratando de assuntos sérios e necessários, mas com bom humor e criatividade, característica do duo. Crianças Selvagens, segundo disco dos artistas juntos em estúdio, é repleto de beats inovadores, versos marcantes e uma identidade sem igual. Nos fazendo imergir em um cenário repleto de sentimentos e debates, abordando educação sexual, respeito às religiões afro-brasileiras e às minorias.
Pense em uma praia deserta. É fim de tarde e você está com os pés na areia, ouve o barulho do mar, sente a brisa do vento bater no rosto e, quando percebe, está totalmente imerso em uma calmaria. É essa a sensação de ouvir Cool Tape Vol. 3 (CTV3), o novo álbum de Jaden Smith. Com vocais totalmente encantadores, o cantor inovou e entregou um trabalho leve, calmo e que, assim como na foto de capa, floresce uma sensação incrível em quem o escuta.
Eles mataram Pac, mataram Big / Eles querem matar um mano que resiste / E nós queremos ser livres!
Elder John
No dia 7 deste mês, o rapper BK’ lançou seu terceiro (e tão esperado) álbum: O Líder em Movimento. Agora, com 30 anos, o artista lançou o disco com 10 faixas e foi a primeira vez que assinou como Abebe Bikila (seu verdadeiro nome) e não mais como BK’. Tiveram as participações da Polly Marinho em uma intro, do Erasmo Carlos em um refrão e da Ainá Garcia em uma ponte, fazendo com o que o trabalho fosse o mais pessoal possível. Além, é claro, dos beats do Jonas Profeta presentes em 8 músicas, como já era esperado, e Nansy Silvz e a dupla Deekapz, com uma faixa cada.Continue lendo “Na luta contra o racismo, BK’ é o líder em movimento”