A arte de recomeçar de Demi Lovato é mais que uma conversa sincera

Aviso: o seguinte texto discursa sobre temas que podem se tornar gatilhos para algumas pessoas que sofrem/sofreram com dependência química, depressão, suicídio, transtornos alimentares e violência sexual.

Foto retangular da chamada do documentário Dancing With The Devil. No lado esquerdo, está a cantora Demi Lovato, do peito para cima. Ela é branca, possui cabelos pretos compridos ondulados e olhos castanhos escuros, quase pretos. Ela está maquiada, com os olhos bem marcados de preto. Na boca, ela usa um batom marrom cintilante e está semiaberta. Seu corpo está ligeiramente virado para a direita, olhando para cima. No lado direito, mais centralizado, está escrito “Demi Lovato:” com letras brancas e maiúsculas. Logo abaixo, está escrito “dancing with the devil” em letras minúsculas e brancas. O fundo está borrado, mas é possível enxergar uma parte de um tronco estreito de uma árvore, com muitos galhos e folhas.
“Eu disse que estava bem, mas estava mentindo”, cantou Demi na música que intitula o documentário (Foto: YouTube Originals)

Júlia Paes de Arruda

Medo, insegurança, tristeza, pressão estética, ansiedade, tensão. Todos esses sentimentos foram os combustíveis para que a bomba interna de Demi Lovato chegasse ao seu limite em 24 de julho de 2018. Três anos depois, a cantora abre seu coração de uma forma honesta, sensível, comovente e corajosa à respeito daquela noite que, milagrosamente, foi sobrevivente. 

O documentário Demi Lovato: Dancing With The Devil, disponível no YouTube, é dirigido por Michael D. Rather e conta a história do antes e depois da overdose pelo ponto de vista de Demi. Depoimentos de amigos, familiares e da equipe da artista são adicionados para construir arcos complementares à memória da cantora. Dessa forma, os relatos tornam-se mais verídicos e mais maleáveis de fazer o público entender o que aconteceu de fato. 

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Demi Lovato renasce em Dancing With The Devil… The Art of Starting Over

Capa do álbum 'Dancing With The Devil... The Art of Starting Over', de Demi Lovato. Nela, Demi Lovato está com as mãos em sua cintura, e ela usa um vestido kimono vermelho. A imagem é holográfica, e o corpo de Demi se repete três vezes sobre a o fundo verde. Seus cabelos são longos, na altura de sua costela, e sob suas madeixas existem pequenas borboletas de acessório.
Demi Lovato retoma controle de sua história em seu sétimo disco (Foto: Dana Trippe)

Laís David

Nos anos 2000, a Disney foi responsável, quase que unicamente, pela revelação de artistas adolescentes – em 2008, foi a vez de Demi Lovato. Com vocais impressionantes e personalidade contagiante, a texana se tornou garota propaganda de debates sobre saúde mental, vícios e transtornos alimentares, até ter sua própria narrativa roubada com a notícia de sua overdose em julho de 2018. Esse ano, ela lança seu sétimo álbum de estúdio, Dancing With The Devil… The Art of Starting Over, na tentativa de retomar controle de sua própria história.

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Nota Musical – Março de 2021

Arte retangular de fundo na cor laranja terroso. Do lado esquerdo, foi adicionado o texto "nota musical - março de 2021". Foi adicionado também a logo doPersona, estilizada para que a íris do olho fique laranja terroso. Do lado direito foi adicionado um acrílico de CD com um disco dentro. Dentro do disco foram adicionadas 4 fotos: Elza Soares, Lana Del Rey, Rico Dalasam e Bruno Mars junto com Anderson Paark.
Destaques do mês de março: Elza Soares, Lana Del Rey, Rico Dalasam e Silk Sonic (Foto: Reprodução/Arte: Ana Júlia Trevisan/Texto de Abertura: Ana Laura Ferreira)

Março foi recheado de comebacks e performances de tirar o fôlego. Não é para menos, afinal estamos falando sobre o mês em que o maior evento da música ocidental ocorreu, trazendo para nós o Santo Graal das composições – ou pelo menos é isso que eles dizem. Contudo, após uma noite de esnobados e merecidos, o bafafá se perpetuou mesmo através de nomes como Megan Thee Stallion e Cardi B, que trouxeram a brasilidade do funk para o palco do Grammy.

Voltando à questão dos comebacks, foram tantos que é difícil enumerar. Bruno Mars retomou sua carreira, parada desde 24K Magic de 2016, com a parceria ao lado de Anderson .Paak. Outro nome que volta a entregar canções inéditas – para o delírio dos fãs – é Lana Del Rey, que traz toda a estética dos country clubs, tipicamente americanos, para sua atmosfera sóbria e melodramática, pela qual todos a conhecem. Sem deixar de lado o pop mainstream, Nick Jonas também reinicia seu trabalho solo com Spaceman.

Na música nacional, o rap foi destaque com a voz de Rico Dalasam e Djonga, que trouxeram suas vivências da forma mais crua possível. Elza Soares foi outra estrela que nos presenteou com a canção Nós, dedicada especialmente ao Dia Internacional da Mulher, que é comemorado no dia 8 de março. E foram realmente as mulheres que reinaram neste mês, ao sermos presenteados com a remasterização do álbum Elis, de Elis Regina, e em uma mesma tomada, com o rearranjo de dois singles de sua filha, Maria Rita, ao lado de Quintal de Prettos. Trazendo o saudosismo das memórias jamais desfrutadas do carnaval de 2021, a união dos vocais de Rita e do grupo paulista nos lembram da esperança de dias melhores.

Não poderíamos nos esquecer, ainda, da preciosidade em forma de EP que Selena Gomez entregou ao colocar em pauta toda a sonoridade latina em músicas na língua espanhola. Bem como é bom ficar de olho no mais novo compilado de Joshua Bassett, que com seu pop frenético trouxe a íntegra de sua versão da conturbada história com Olivia Rodrigo e Sabrina Carpenter. E é em meio a uma polêmica indicação ao gramofone de ouro – merecidamente perdido – que Justin Bieber lança seu sexto álbum, intitulado Justice.

Assim, em um mês de altos e baixos, no qual completamos um ano presos em casa, a Música conseguiu transparecer todos os sentimentos que gritamos entre quatro paredes. Da campanha #fuckthegrammys à realidade distorcida confidenciada por Demi Lovato, Março de 2021 conseguiu ser alvo de altos e baixos intensos que serão lembrados por muito tempo. Por isso, a Editoria do Persona, ao lado de seus colaboradores, comenta tudo isso e ainda mais sobre o que aconteceu no mundo da Música entre os CDs, EPs, singles, clipes e performances que mais marcaram os últimos 31 dias.

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