Respire, pois a Fúria Primitiva de Dev Patel é de tirar o fôlego

Imagem do filme Fúria Primitiva. Na foto, a sombra do ator Dev Patel está em evidência em frente a uma pintura com as cores marrom e vermelho, que contém diversos guerreiros
Dev Patel atua, dirige e roteiriza em Fúria Primitiva (Foto: Diamonds Filmes)

Guilherme Machado Leal

Em 2008, um jovem ator britânico estrelou o drama adolescente Skins como um coadjuvante. No mesmo ano, protagonizou um sucesso que chegou ao Oscar, o longa-metragem Quem Quer Ser Um Milionário?. Esses são apenas dois dos trabalhos que marcam a carreira de Dev Patel. Agora, com Fúria Primitiva, o artista inicia sua carreira atrás das câmeras. Nos papéis de roteirista, diretor e ator principal, ele dá vida a Kid, um rapaz que luta em um clube clandestino com o codinome Monkey Man para sobreviver e pagar as contas.

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A 2ª temporada de Hunters aproveita as brechas da liberdade criativa

Texto Alternativo: Cena da série Hunters. Nele estão 4 pessoas. Dois homens e duas mulheres.Estão andando com roupas de gala em um salão ornamental. A esquerda, um homem e uma mulher brancos, vestem um terno vermelho e amarelo e um vestido prateado respectivamente. A direita, um homem branco e uma mulher negra. Vestem um terno vermelho de veludo e um vestido marrom
David Weil, showrunner de Hunters, subiu ao estrelato com a série que o representa pessoalmente por ser neto de sobreviventes do Holocausto (Foto: Amazon Prime Video)

Henrique Marinhos

Há três anos estreava a dualista primeira temporada de Hunters. Aos que conseguiram terminá-la, hoje podem apreciar o segundo – e maior – ato do enredo, desenvolvido por David Weil, Mark Bianculli, Nikki Toscano e David Rosen, que divide opiniões. Com um exímio elenco, a série traz Al Pacino de volta às telas, já que seu último papel em uma produção para televisão foi em 2003, em Angels in America. Agora, o ator interpreta Meyer Offerman, um líder de caçadores nazistas à procura de fechar as feridas deixadas pela Segunda Guerra Mundial.

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Top Gun: Maverick prova que ainda queremos voar com Tom Cruise

Cena do filme Top Gun: Maverick. Na imagem, o protagonista Maverick, um homem branco de cabelos e olhos escuros, está pilotando um avião de caça. Ele veste um uniforme militar na cor verde escura e equipamentos de segurança, entre eles, dois cintos, um máscara de oxigênio e um capacete decorado com o seu nome e as cores da bandeira dos Estados Unidos: branco, azul e vermelho. Ao fundo, o cenário é o céu azul em cima das nuvens brancas, onde três outros aviões o perseguem com mísseis.
Dono de uma indicação ao Oscar 2023 de Melhor Filme, Top Gun: Maverick já é a 12ª maior bilheteria da história do Cinema (Foto: Paramount Pictures)

Nathalia Tetzner

36 anos após tirar o fôlego de uma geração inteira com Top Gun: Ases Indomáveis, Tom Cruise está de volta na direção dos aviões de caça, dessa vez, apontando o alvo da trama diretamente para si na pele do protagonista e dono de um dos codinomes mais conhecidos do Cinema, Maverick. A sequência do clássico coloca nas lentes de Joseph Kosinski a missão de dar continuidade ao legado do falecido diretor Tony Scott. Assim, com quase 1,5 bilhão de dólares arrecadados em bilheteria mundial e 6 indicações ao Oscar 2023, Top Gun: Maverick revive os tempos de glória do audiovisual e prova que ainda queremos voar com Cruise.

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Não! Não Olhe! e o terror do desconhecido (que achamos que conhecemos)

Cena de Não! Não Olhe! Nela, vemos o personagem interpretado por Steven Yeun. Ele é um homem asiático de cabelos pretos. Ele veste um terno vermelho com detalhes bordados, uma camisa branca e uma gravata minimalista preta. Em sua bochecha,no lado esquerdo há um microfone. Ele olha para cima. Ao fundo, um chão de terra, típico de deserto americano. No lado esquerdo da imagem, é possível ver a extremidade de um tanque de acrílico.
Jordan Peele começou sua carreira com esquetes de Comédia e, sempre que possível, traz esses elementos para suas obras (Foto: Universal Studios)

Guilherme Veiga

Nos mais de 120 anos do Cinema, é natural que, uma hora ou outra, ideias se esgotem, seja pela saturação ou pelas fórmulas estabelecidas. É a partir daí que os gêneros nascem, com o intuito de guardar em caixas histórias que têm algo em comum. Filmes de ação, geralmente, são construídos sob a sombra dos brucutus com armas nas mãos, contra tudo e contra todos; romances, em sua maioria, são melodramáticos; biografias, quase sempre, endeusam os biografados; aventuras abusam da jornada do herói, e por aí vai. Em uma Arte tão vasta, o difícil é sair da homogeneidade.

Talvez o gênero que encontre mais dificuldade para escapar do ‘mais do mesmo’ seja o de sci-fi com extraterrestres. Muito porque, antes mesmo dele chegar de vez no Cinema, o tema já estava amplamente estabelecido na cultura popular, principalmente a norte-americana. Quando chegou às telas, o subgênero já vinha como um ponto fora da curva, a exemplo de Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977), Marte Ataca! (1996), Alien: O Oitavo Passageiro (1979), E.T. O Extraterrestre (1982), Sinais (2002) ou, até mesmo, o recente Distrito 9 (2009). Essa seara que, graças a originalidade, criou seu próprio conceito, merecia ser retrabalhada por uma das mentes mais originais da atualidade, e é isso que Jordan Peele busca com Nope, ou, aqui no Brasil, Não! Não Olhe!.

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A Lenda de Candyman: os terrores da realidade são piores que os da ficção

Cena do filme A Lenda de Candyman. Imagem retangular. No centro da imagem tem um menino negro, cabelo raspado e olhos castanhos, ele usa uma camiseta vermelha com gola azul. Na imagem há apenas o torso do garoto. Ele olha assustado através da fresta de uma porta de madeira. A porta e a parede verde do lado dela estão cobertas de sangue.
Candyman não economiza no sangue e na violência para chocar os seus espectadores (Foto: Universal Pictures)

Nathan Sampaio

Lendas urbanas sempre existiram na sociedade. Elas servem para nos dar explicações, para assustar, entreter e, em alguns casos, tentar abrandar uma realidade dura demais. Tendo isso como base, chegou aos cinemas em setembro de 2021 A Lenda de Candyman, sequência de O Mistério de Candyman, lançado em 1992. O novo longa busca reviver a franquia, já esquecida pelo grande público, e atualizar as discussões propostas na primeira parte.

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A ousadia de sobreviver em Lovecraft Country

Horrores cósmicos e sociais perseguem os protagonistas do show, que fez tremer os últimos dez domingos da HBO (Foto: Elizabeth Morris/HBO)

Leonardo Teixeira

Em Lovecraft Country, é constante o diálogo entre passado e futuro. “Quando meu neto nascer, ele será minha fé transformada em carne e osso”, uma personagem diz, em um dos muitos climaxes da trama. Aqui, ícones e referências da cultura negra dão liga a uma trama sobre ancestralidade. Não só sobre as qualidades e ensinamentos passados de mãe para filha, mas também as feridas. A inspiração na obra de um babaca eugenista, em uma história protagonizada por pessoas pretas, adiciona mais força ao texto, que explora a monstruosidade como característica inerente ao ser humano. 

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Ninguém é cancelado no Território Lovecraft

Por mais que a publicação de Território Lovecraft seja recente, Matt Ruff revelou que essa ideia germina em sua mente desde os tempos da faculdade (Foto: Fright Like a Girl)

Vitor Evangelista

O termo cultura do cancelamento é tão novo quanto as pessoas que o levam a sério. Atribuído à atitudes consideradas erradas, o ato de cancelar alguém busca anular sua voz, e apagar quaisquer de suas contribuições. O que fazer, entretanto, quando o indivíduo digno de ser cancelado está morto há 83 anos? Para Matt Ruff, autor de Território Lovecraft, o certo é não fazer nada que se assemelhe ao cancelamento. Eis o impensável: ele raciocina e entende, adivinhem só, que nem tudo é simples como dois mais dois são quatro.

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O medo do outro em Us

(Foto: Reprodução)

Egberto Santana Nunes

Após o sucesso de Get Out, Jordan Peele e a audiência permaneceram em silêncio durante 2 anos na espera de um lampejo em sua mente criativa. Meses atrás, chegaram os pôsteres, trailers e a trilha sonora e junto deles, a expectativa aumentando. E então, a estréia mundial de Us finalmente  aconteceu, quebrando recordes de audiência e novamente reacendeu os debates sobre o gênero do horror no cinema.

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Corra! não assusta, mas incomoda

corra! filme poster

Egberto Santana Nunes

Apropriação cultural, racismo institucional, a solidão da mulher negra, relacionamentos inter-raciais. Podemos dizer que, pelo menos nos últimos 20 anos, nunca essas questões foram tão debatidas e tiradas do tabu quanto tem sido agora. E é claro que tais pautas seriam usadas – como sempre foram – pela sétima arte. Os últimos bons exemplos foram Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016) que debate a busca por identidade enquanto homem negro e gay e o documentário indicado ao Oscar Eu Não Sou Seu Negro, que conta a história de James Baldwin a partir de um manuscrito inacabado do escritor, tal como a trajetória de luta de Malcolm X, Medgar Evers e Martin Luther King Jr., ativistas pelos direitos dos negros nos EUA. Agora o mais novo lançamento nos cinemas americanos inova ao debater o racismo disfarçado e os relacionamentos inter-raciais por uma ótica diferente, o terror.

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