Solar e emocionante, Vai na Fé não tem medo de ser novela

Foto de Sheron Menezzes como a personagem Sol, de Vai na Fé. A personagem sorri, tem cabelos cacheados em tons castanhos e veste uma blusa vermelha, além de um par de brincos e um colar. O cenário da foto é a entrada de uma casa e um portão.
Folhetim é o mais lucrativo da faixa das sete na história da Globo, de acordo com a Folha de S. Paulo (Foto: Rede Globo)

Felipe Nunes

A jornada de uma mulher evangélica que vende marmitas para sustentar a família é o retrato de diversas brasileiras. A trama poderia ser capaz de fisgar a atenção do público pela representação e, ao mesmo tempo, se perder em um marasmo de clichês e monotonias? Com certeza, caso não tivesse explorado a modernidade de forma tão livre. Lançada em Janeiro de 2023, Vai na Fé surge em uma era dificultosa para a teledramaturgia, que, aos trancos e barrancos, não retornou ao lugar magistral que ocupava na vida dos espectadores televisivos antes do contexto pandêmico. Subestimada inicialmente, a produção superou as expectativas de todos, incluindo da própria Rede Globo.

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Os filhos dos nossos filhos também verão Pantanal

Cena da novela Pantanal. Da esquerda para a direita na imagem, as personagens Juma e Jove se posicionam frente a frente. Juma, uma mulher branca de cabelos e olhos castanhos, está de olhos fechados enquanto Jove, um homem branco de cabelos castanhos e olhos claros, a observa. A câmera captura ambos apenas a partir dos ombros. O cenário ao fundo é uma parede branca iluminada pelos raios de sol.
Juma e Jove retornaram às televisões brasileiras 32 anos depois da primeira exibição da novela Pantanal (Foto: Globo)

Nathalia Tetzner

A história contada por Pantanal é atemporal e se confunde com uma moda sertaneja que há décadas emociona peões: “ele tinha um cavalo preto por nome de Ventania e um laço de doze braças do couro de uma novilha”. Desde a primeira exibição da novela, em 1990, até o remake em 2022, a trama pouco mudou, ainda que o Brasil, acumulador de uma quantidade exorbitante de gado, tenha sofrido grandes transformações. Ao som da mesma canção, o ‘Véio’ Joventino cavalgou país afora até um dia sumir e deixar seu filho José Leôncio para trás. Ele, bicho do mato, se meteu com uma moça da cidade e da união nasceu Jove, o primeiro herdeiro sem padrão de boiadeiro que chegou para “cutucar a onça com vara curta”. Da luta entre humano e felino, a novela reviveu o seu destino. 

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