Cidade Perdida é o conforto que estávamos precisando e não sabíamos

Cena do filme Cidade Perdida. No centro da imagem, vemos o ator Channing Tatum correndo ao lado do também ator Brad Pitt, que carrega a atriz Sandra Bullock em cima de um carrinho de construção. Tatum é um homem branco com cabelo preto semi raspado e veste blusa branca e calça bege. Pitt é um homem branco de cabelo loiro e veste uma camisa verde. Bullock é uma mulher branca de cabelo preto e veste um macacão rosa brilhante. Ao fundo, temos uma explosão acontecendo em uma floresta. A cena acontece durante o dia.
Conforto e escapismo ditam o tom da comédia romântica estrelada por Sandra Bullock e Channing Tatum (Foto: Paramount Pictures)

Nathan Nunes

Desde que nos entendemos por gente, somos ensinados a não julgar um livro pela capa. Esse ensinamento é válido em diversos contextos, e um deles é o Cinema. Uma prova recente disso é a comédia Cidade Perdida, cujo pôster principal possui duas imagens pavorosamente retocadas e artificiais dos protagonistas Channing Tatum e Sandra Bullock na parte superior, além de uma colagem dos coadjuvantes Brad Pitt, Oscar Nunez e Da’Vine Joy Randolph em meio a um efeito de explosão que parece saído do pacote mais básico do Photoshop

Não bastasse isso, seria fácil olhar com desdém para um filme como esse baseando-se em sua premissa, que já foi retratada diversas vezes no Cinema e cujas batidas se repetem: o romance desenvolvido em meio a uma trama de arqueologia, o casal que não se gosta no começo e vai se aproximando ao decorrer  do filme, o vilão caricato, entre outros. De fato, Cidade Perdida não se distancia de nenhuma dessas convenções e nunca tenta reinventar a roda desse subgênero, assumindo-se como pleno entretenimento escapista do início ao fim; e é justamente por isso que funciona tão bem. 

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