O início da trama foi marcado pela Mel Maia emocionando o país (Foto: TV Globo)
Lucas Lima
Quando perguntam “qual a melhor novela que você já acompanhou?“, não é difícil ver muita gente falar Avenida Brasil. A novela que literalmente parou o país, ficou no imaginário popular e se mantém viva, mesmo após uma década de seu início. Quem acompanhou a saga da vingança de Nina contra Carminha sabe quão fervorosos eram os momentos em frente à TV, com todos os olhos vidrados na tela e muitas respirações quase nulas com as cenas mais tensas, até o último capítulo, transmitido em outubro de 2012.
“Esperança é a única coisa mais forte que o medo” (Foto: Lionsgate Entertainment)
“E que a sorte esteja sempre a seu favor”
Júlia Caroline Fonte
Obras literárias costumam trazer diversos desafios quando transportadas para as telas, tanto para fazer a adaptação funcionar nesse meio, quanto para agradar o grande fandomque a acompanha. Há 10 anos, presenciamos Jogos Vorazes (The Hunger Games) causar um alvoroço e garantir o grande sucesso que viria com suas três sequências. Inspirado no livro de Suzanne Collins, o filme foi responsável por transformar o universo das adaptações literárias no Cinema, iniciando uma nova fase do gênero e se tornando um marco para ele e para o protagonismo feminino entre o público juvenil; bem como iniciando um novo respiro para as séries de distopias.
Tyler Posey é quem viveu o protagonista Scott McCall há uma década, e foi o primeiro a comemorar os 10 anos com a novidade de que seu bando voltaria para mais uma aventura em um filme (Foto: MTV)
Mariana Chagas e Nathália Mendes
Se a adolescência por si só é um caos, imagine para Scott McCall (Tyler Posey) ter garras, dentes afiados e pelos por todo o rosto crescendo durante um jogo de lacrosse. Teen Wolf pareceu ingênuo por surfar na onda de Crepúsculo e Diários de um Vampiro lá em 2011, aproveitando as lendas de lobisomens e vampiros que se tornaram uma febre. No entanto, o criador Jeff Davis conseguiu mergulhar um lobo adolescente na complexidade da mitologia e, ao mesmo tempo, lidar com problemas profundos da passagem para a vida adulta.
“A moto representa a jornada. E agora, como na capa do álbum, eu sou um veículo. Sou o veículo para a voz de todos os meus fãs” (Foto: Universal Music)
Jho Brunhara
Over The Rainbow, I Will Survive, I’m Coming Out, True Colors, Express Yourself, Beautiful, Firework. Ao longo da história, a comunidade LGBTQIA+ encontrou nas músicas de grandes cantoras o conforto proporcionado por letras sobre esperança, libertação e expressão. Algumas dessas, com uma mensagem quase explícita sobre aceitação direcionada ao público queer, confirmada pelos clipes, onde tinham maior liberdade do que nas letras (que poderiam ser boicotadas pelas rádios). Quando Lady Gaga lançou a faixa Born This Waye colocou a canção para tocar no mundo todo, ela também estava transmitindo o trecho “Não importa se você é gay, hétero ou bi/Lésbica ou transgênero/Eu estou no caminho certo, baby/Eu nasci para sobreviver”.
Dirigido por Selton Mello, a produção chegou aos cinemas no dia 28 de outubro de 2011 (Foto: Bananeira Filmes)
Vitória Silva
Não é de hoje que a atribuição de que as comédias têm a obrigação moral de nos fazer rir caiu por terra. Diante dessa sentença, podemos citar inúmeros exemplos de produções que ultrapassam tanto o espectro do riso quanto o do choro, caminhando desde a britânica viciada em sexo até o americano bigodudo que vira treinador de um time da Inglaterra. E, se nem a essas produções é convencionado mais esse papel, quem dirá a um dos personagens principais quando o assunto é provocar riso.
Depois de Coringa, a velha história do palhaço infeliz que provoca alegria apenas no público se tornou mais do que batida, talvez até ultrapassada e irremediavelmente rasa. Mas, anos antes da produção de Todd Phillips, o ator Selton Mello trouxe uma fábula semelhante para as telonas. Pela segunda vez no posto de diretor de um longa, ele aproxima essa narrativa conhecida de forma imensurável, não apenas por decidir ambientá-la no estado de Minas Gerais, mas por dar luz a um caminho profundo sobre o próprio eu, originando uma produção que não poderia ter outro nome se não O Palhaço.
Suck It and See, um dos melhores álbuns do Arctic Monkeys, completou 10 anos de lançamento em 6 de junho de 2021 (Foto: Domino Records)
Bruno Andrade
É comum ouvir dizer que Alex Turner interpreta um personagem diferente em cada álbum, e que isso pode ser visto de forma mais visceral em Tranquility Base Hotel & Casino(2018) – o mais recente trabalho do Arctic Monkeys –, no qual ele realmente transforma-se em uma persona. Mas em Suck It and See, quarto álbum de estúdio do grupo, que completou 10 anos em junho deste ano, não é somente Turner que assume uma nova identidade. No disco, o quarteto inglês assumiu a influência do rock estadunidense – principalmente dos anos 1960 –, e deixou transcorrer por todas as faixas suas referências, dando ao projeto um ar de álbum conceitual.
Revenge, sucesso americano da ABC, também veio para a rede aberta do Brasil e teve suas 4 temporadas transmitidas pela Globo (Foto: ABC)
Nathália Mendes
10 anos atrás, em setembro de 2011, estreava Revenge, um dos maiores sucessos que a ABC já transmitira. Nem o próprio canal tinha noção de que a novela de vingança de sua querida Emily Thorne (Emily VanCamp), vulgo Amanda Clarke, teria a audiência de dez milhões de espectadores logo na primeira temporada. Sua história, de fato, possui um apelo popular viciante e prazeroso. Enquanto a protagonista e seu companheiro Nolan Ross (Gabriel Mann) arquitetavam a ruína dos responsáveis por destruir seu pai, estávamos em volta da TV por 4 temporadas para saborear o gostinho de destruição que a poderosa, e podre de rica, família Grayson merecia.
Uma das últimas cenas de Emilia Clarke vivendo sua primeira personagem principal (Foto: HBO)
Giovani Zuccon
No dia 17 de abril de 2011, a HBO exibiu o primeiro episódio de Game of Thrones, dando início a um dos maiores marcos da cultura pop da década passada. A experiência de acompanhar a série durante o lançamento de seus capítulos, e até mesmo a decepção do final, pode ser comparada à de assistir Lost, a todo momento um cérebro explodindo e um olhar desesperado de “e agora?”.
Lançado em 2011, Elo é o quarto disco da cantora Maria Rita (Foto: Vicente de Paulo)
Ana Júlia Trevisan
Partir para outro trabalho após uma grandiosa, desafiadora e bem sucedida turnê pode ser uma tarefa dificílima, e Maria Rita sabe muito bem disso. O fim do Samba Meu assombrava as noites de sono da cantora mesmo antes do show de encerramento acontecer. A saída para o problema seriam seis meses de merecidas férias, mas, retomando, estamos falando de MR, rata de palco, e por mais doloroso que o desligamento com o projeto anterior fosse, até os menos céticos desconfiavam que ela aguentaria esse período sem produção.
“Esse amor nunca vai desaparecer/Nós somos infinitos” (Foto: Disney)
Júlia Paes de Arruda
São seis horas da tarde. O Zapping Zone começa com aquele gosto de comida de vó no jantar. Os olhos estão compenetrados na TV, aguardando o primeiro episódio da nova série do Disney Channel. A sinestesia é tão grande que quase posso me imaginar no sofá, com o olhar vidrado na vinheta promocional. Infelizmente, já não é 2011 e não tenho mais 11 anos. Porém, a lembrança permanece tão fresca na memória que nem parece que uma década se passou desde a estreia de Austin & Ally.