Steven Universo: um universo de sensibilidade e humanização

Steven e as Crystal Gems (Foto: cartoonnetwork.com.br)

Leonardo Dota Zonaro e Raul Galhego

Pense em um herói de desenho animado. Você provavelmente deve ter pensado em um herói padrão, corpo sarado, íntegro, na maior parte das vezes branco de olhos azuis, que resolve tudo à base da pancadaria. Desistir? Jamais! Não sabe o que é um fracasso e, mesmo que algo dê errado, é porque era parte do plano. Assim é a esmagadora maioria das histórias de heróis, mas ultimamente temos visto alguns que não seguem esse padrão. Esse é o caso de um menino gordinho de cabelo enrolado, sensível e desastrado, o Steven, e suas amigas, as Crystal Gems!

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Vessel: o surgimento de Twenty One Pilots sem a perda de sua essência

Integrantes da banda Twenty one pilots: Tyler e Josh

Fellipe Gualberto

Tyler Joseph e Josh Dun não estavam muito seguros quando assinaram contrato com a gravadora Fueled by Ramen (conhecida por Paramore e Panic! at Disco) fato que deu origem ao álbum Vessel, há 5 anos. Os integrantes de Twenty One Pilots pensavam que a chance de sucesso trazida pela gravadora poderia significar a perca da liberdade artística.

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Ainda não nos livramos da raiva de PJ Harvey

Anti-musa: um dos cliques mais conhecidos de PJ Harvey, feito ainda em 92 (Reprodução)

Nilo Vieira

Polly Jean Harvey já havia experimentado sucesso considerável com Dry (1992). O poder de seu disco de estreia lhe rendeu espaço no Reading Festival naquele ano, além de aclamação crítica. O simbolismo erótico das letras dialogava de forma sublime com o instrumental cru, união da melancolia do blues e a urgência do punk. O rock sempre esteve relacionado com sexo, e PJ Harvey inseriu o ponto de vista feminino em linguagens (verbais, sonoras e corporais) cirúrgicas para a geração alternativa dos anos 90.

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3% é a primeira série 100% nacional da Netflix

(Foto: Reprodução)

Raphael Será

Em 2011, foi lançado no Youtube um piloto do que poderia ser a série 3% – hoje esse vídeo possui 260 mil visualizações. Os criadores, Daina Giannecchini, Dani Libardi e Jotagá Crema, todos alunos da USP, não imaginavam que um um projeto amador se tornasse algo grande: primeira série nacional da Netflix, e uma das poucas atrações do catálogo que se propõe a tratar do assunto da luta de classes – hoje mais importante do que nunca, e tratado como algo passado e refutável.

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A bagunça de quem só queria ser um dos Strokes

Foto: Reprodução

Maria Carolina Gonzalez

A bagunça começou em janeiro de 2016, quando Alex Turner ganhou um piano Steinway Vertegrand no seu aniversário de 30 anos. Acostumado com o caminho certeiro que a guitarra o levava desde sua adolescência, Turner – agora com mais experiência, mais barba e a maturidade dos anos – precisava se reinventar diante daquilo que não era comum ao estilo que o Arctic Monkeys criou por muito tempo. Com esse tiro no escuro, o quarteto de Sheffield lançou seu sexto álbum de estúdio: Tranquility Base Hotel + Casino.

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30 anos de Mega Drive, a obra-prima da Sega

O console mais vendido da Sega completa três décadas de existência, e carrega consigo um extenso legado para o mercado de games, sendo conhecido pela sua incansável batalha contra a poderosa Nintendo, além da estreia do carro chefe da companhia: Sonic the Hedgehog. Veja um pouco de sua história.

Propaganda anunciando o lançamento do Mega Drive, em 1988 (Foto: Reprodução)

Marcos Vinícius Miranda

No dia 29 de outubro de 1988, um dia como qualquer outro, um comercial excêntrico começou a ser veiculado pelas televisões japonesas. Um moço um tanto esquisito, flutuando pelo espaço, anunciava uma nova maneira de jogar videogame com um som dissonante ao fundo. Logo em seguida o suspense era quebrado: “Sega Mega Drive! 16 bits!”. Era o começo da jornada de um console que mudaria por completo a forma como os videogames seriam vistos pelo público.

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Hard Candy: a doce pitada egóica de Madonna

Leandro Gonçalves e Leonardo Oliveira

De beleza estonteante e orgulho não comedido, Narciso encontrou sua ruína na admiração exagerada pela própria imagem. Ao ver a si mesmo refletido nas águas de um bosque, o jovem filho do deus Cefiso apaixonou-se pelo seu respectivo eu e, hipnotizado, definhou diante da representação de seu rosto.

Em Hard Candy (2008), Madonna encarna a figura narcisista exemplificada pela fábula grega. Porém, diferentemente do pobre menino que sequer conhecia a si próprio, a material girl comprova ter completo domínio sobre a personagem que construiu durante sua carreira. Não intimidada pelo próprio poder, Madonna canta sobre ainda ser a melhor.
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Cineclube Persona – Abril/2018

Cena de Vidas Secas (1963), filme mais conhecido de Nelson Pereira dos Santos. O diretor faleceu semana passada, aos 89 anos (Foto: Reprodução)

Gabriel Leite Ferreira e Nilo Vieira

Atenção: contém spoilers!

Nem só de herois viveu o cinema em abril. No mês que findou, as telonas foram também invadidas por obras que usam a religião cristã como base para tramas clichês. Que Deus nos proteja! Continue lendo “Cineclube Persona – Abril/2018”

Melhores discos de Abril/2018

#Beychella

Egberto Santana, Guilherme Hansen, Leonardo Teixeira e Nilo Vieira 

Não deu outra: o mês foi delas. A volta triunfal de Beyoncé aos palcos (no que provavelmente foi a melhor performance de sua carreira) representou apenas o apogeu de um momento quase que dominado para mulheres e seus trabalhos fortíssimos. Por outro lado, o falecimento de Dona Ivone Lara, a Rainha do Samba, adicionou nota agridoce aos últimos dias. Vamo que vamo.

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Third, do Portishead, foi escrito para mim

Adriano Arrigo

O trio inglês Portishead foi achado em um momento de transição quando eu tinha, mais ou menos, 18 anos. Minha transição foi religiosa. A típica frase “minha religião não permite” era bem clara para mim, mas isso não deixava que eu tivesse no meu Winamp hits como “Glory Box”, “It Could be Sweet” e “Roads”. Por incrível que pareça, esta última me foi apresentada por um menino neopentecostal. Os primeiros toques pesados e melancólicos de Beth Gibbons cantando Oh, can’t anybody see?” já eram o suficiente para cultivar uma melancolia que eu fazia ligação com o que me acontecia naquele momento. Mas ao final, eu nem sabia exatamente sobre que ela estava falando.

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