Algumas bandas, músicas e cantores são atemporais. Esse é o caso de Elton John que, com mais de cinco décadas de carreira, continua sendo um dos maiores nomes do meio. Com canções que contemplam todas as idades, estreou no último dia 28 o longa do homem foguete: Rocketman. Dirigido por Dexter Fletcher, o filme é tudo que Bohemian Rhapsody tentou ser.
A nova estreia da Marvel Entertainment, Fênix Negra, traz o desfecho de quase 20 anos de história dos mutantes, desde a estreia de X-Men em 2000. É o último filme de super-heróis distribuído pela 20th Century Fox e é perceptível a influência negativa da Disney nas mudanças. Este é o primeiro filme dirigido por Simon Kinberg, que está envolvido com a franquia como produtor e roteirista desde o início.
Mesmo com cortes na cultura, educação, nossa agência do audiovisual parada, o Brasil saiu vitorioso no mês passado. Bom, ao menos lá fora. O festival mais importante do cinema, a 79ª edição de Cannes, homenageou Agnés Varda na capa e ocorreu entre os dias 14 e 25 e premiou e muito o cinema nacional.
Todo mundo esperava por um protesto (e até teve!) à altura do de 2016, quando o elenco de Aquarius levantou cartazes denunciando a situação de impeachment que acontecia no Brasil, com a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Esse ano, Kléber já anunciava: Bacurau é o protesto e fala sobre o Brasil. Surpreendeu e agradou, levando o prêmio do Júri e dividindo a honraria com o francês “Les Miserables”. Fazendo companhia, A Vida Invísivel de Eurídice Gusmão, de Karim Aïnouz levou venceu a Mostra Um Certo Olhar, paralela à oficial, com filmes mais experimentais.
Nos bastidores, a RT Features, importante produtora brasileira, lançou 3 títulos, entre eles o já mencionado de Aïnouz, o psicóligoco thriller estrelado por Robert Pattison e Willem Dafoe, The Lighthouse e Port Authority, drama queer da nova iorquina Danielle Lessovitz.
Enquanto o caos aqui ainda reina, podemos afirmar: nosso cinema ainda vive! Sem mais delongas, seguimos com nossa tradicional seleção de destaques do mês na sétima arte, dessa vez com adição de duas séries de TV que se despediram em maio, confiram!
Adriano Arrigo, Egberto Santana, Gabriel Leite e Leonardo Santana
A sua mãe gosta dele. A comunidade LGBT+ ama dele. Assim como a família real britânica e a cantora Lady Gaga. Elton John é um monstro da cultura pop, com três dezenas de discos lançados e uma elogiada cinebiografia saindo do forno. Rocketman (Dexter Fletcher, 2019) já é considerado o primeiro filme de um grande estúdio a retratar o sexo entre dois homens de forma natural e explícita, exigência feita por Elton pessoalmente. Fica a dica de uma discografia que, apesar dos altos e baixos, é brilhante.
Os registros que deixamos abaixo são também recomendações pessoais do Persona. Maio foi um mês de trabalhos muito grandes para seus respectivos públicos e tem música para muitos gostos e tribos. Aproveitem!
A tristeza é contagiosa, talvez até mais que a felicidade, e em uma geração que valoriza tanto estar na bad, certos álbuns são indispensáveis para madrugadas em que o fundo do poço é o único local possível da terra para se estar. Em maio, o arrebatador I Never Learn, terceiro álbum de Lykke Li, completou cinco anos. A cantora do hit I Follow Rivers se mudou da Suécia para Los Angeles após um término, onde passou dois anos escrevendo o disco. O resultado foram nove músicas poderosas, cruas e destruidoras.
Após uma estreia surpreendente em 2018, a série da BBC America, co-produzida pela AMC e exibida no Brasil pelo Globoplay retorna para mais uma temporada sangrenta, maníaca, chic e deliciosamente obsessiva.
“Às quartas-feiras, nós usamos rosa”, “no dia 3 de outubro, ele me perguntou que dia era”, “Regina George trai o Aaron Samuels toda quinta na sala de projeção em cima do auditório”. Se você reconhece essas frases, com certeza faz parte da geração Mean Girls. Geração essa marcada pela tentativa de fazer o barro acontecer. Mas, por quais motivos, mesmo depois de 15 anos, o filme Meninas Malvadas ainda é um ícone da cultura POP?
Produzir um live action não é uma tarefa simples, como muitos casos que não terminaram tão bem. Embora aconchegante, Cinderela (2015) é imemorável, Dumbo (2019) é um fracasso e Christopher Robin (2018) não atinge seu verdadeiro potencial. Mesmo que imperfeito, Aladdin (2019) reinventa a animação original e mostra um mundo ideal a ser seguido.
O ciclo de vida de um one hit wonder é curto e traiçoeiro. Depois do sucesso, tentativas de replicá-lo e o ostracismo costumam fazer parte do roteiro. Mas Carly Rae Jepsen, dona de uma das músicas mais vendidas da história, não é vítima do passado. Ela uniu a aura dionísica das pistas dos anos 80 com amor sem vergonha de ser e conquistou a todo mundo que deu atenção ao impecável E•MO•TION (2015). Quatro anos depois, mais um sucessor difícil é posto em seu caminho: conseguimos nos apaixonar por ela uma terceira vez?
Atenção, este texto contém spoilers! Leia por sua conta e risco!
A última temporada de Game Of Thrones tem tudo o que as outras tiveram: diálogos marcantes, guerras, mortes, drama. Então por que tanta decepção por grande parte dos fãs com o final da série? Tá aí algo que não é de hoje, essa insatisfação do público que assiste e a acompanha desde o início.
Desde que fora anunciado a redução da quantidade de episódios da sétima e oitava temporada, já vimos uma onda de reclamações. Será que uma história do porte dessa série conseguiria se resolver em apenas mais 13 episódios? E tivemos a resposta: não.