O Mecanismo nasceu quebrado

Nova empreitada de José Padilha (Tropa de Elite) alegoriza a Operação Lava-Jato [Foto: Reprodução]
Vitor Evangelista

Que o cenário político de House of Cards é caótico, nós sabemos. A primogênita do que seria uma grande leva de produções da Netflix nos mostrou como a política americana se ordena. Frank Underwood e sua esposa Claire tiram leite de pedra para conseguir poder; eles fazem o terror. Entretanto, com as acusações contra Spacey, o protagonista foi afastado e a plataforma de streaming deu o veredito: menos episódios, Claire toma os holofotes e a série acaba na sexta temporada. Com as tramoias e artimanhas da Casa Branca se esgotando, a Netflix decidiu virar a câmera para outro cenário extremamente desordenado: o do Brasil.

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O niilismo divertido de The End of the F***ing World

Gabriel Leite Ferreira

A casualidade às vezes nos reserva boas surpresas. Foi sem muito entusiasmo que comecei a assistir ao primeiro episódio de The End of the F***ing world, série em oito partes disponibilizada pela Netflix no começo do mês. Tiro e queda: devorei os sete episódios que restavam de uma tacada só, sem intervalos.

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Black Mirror volta mais apática que em temporada anterior

Nova temporada, lançada no dia 29 de dezembro, volta com perspectivas cada vez mais pessimistas quanto ao uso da tecnologia

Guilherme Hansen

A quarta temporada de Black Mirror estreou no dia 29 de dezembro, a última sexta-feira de 2017. Naturalmente, as expectativas do público eram altas devido aos episódios de ótima qualidade apresentados nas temporadas anteriores. De cara, já é possível dizer que os novos episódios reiteram a visão negativa do uso da tecnologia pelo homem.

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As melhores séries de 2017

Até mesmo depois de ampliarmos as listas de final de ano para 10 itens e deixar a cargo de cada participante escrever sobre o seu destaque pessoal, a lista de séries surpreendeu pela variedade: apenas uma obra permaneceu da lista de 2016.

Muita coisa boa ficou de fora, inclusive a animação que ilustra o post (e que proporcionou um dos melhores memes do ano). Mas nossas escolhas refletem um ano cheio de produções promissoras, ótimas temporadas de séries antigas e fortes traços autorais.

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Vikings: uma carta de amor para a mitologia nórdica

Lucas Lombardi

Na manhã de 8 de junho de 793, longos navios desembarcaram na costa do mosteiro da ilha de Lindisfarne, localizado no território onde hoje é a Inglaterra. Sem forma alguma de defesa, os monges do mosteiro foram massacrados. Os autores desse ato brutal então velejaram de volta para casa, carregando consigo tudo de valor que haviam encontrado: metais preciosos, arte e escravos. Eram guerreiros pagãos, normandos, oriundos da Escandinávia. Esse evento ecoaria por toda a Inglaterra, dando início à Era Viking.

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Mindhunter se mune das ciências humanas para enfrentar o senso comum

cena mindhunter

Adriano Arrigo

Como assistir Mindhunter e não lembrar do discurso da jornalista Rachel Sheherazade sobre o linchamento de um jovem na zona sul do Rio? A nova produção da Netflix, dirigida por David Fincher (Seven, Clube da Luta, e Zodíaco), é uma aula divida em 10 capítulos que explicam o que, para muitos, não parece ser fácil de compreender. Mindhunter dá a luz a temas espinhosos para a segurança social, e mostra como o senso comum do que é um ‘bandido’ é mal compreendido, mesmo entre os profissionais da área. Continue lendo “Mindhunter se mune das ciências humanas para enfrentar o senso comum”

Stranger Things 2 mostra que seu sucesso não foi passageiro

stranger things 2
(Foto: Netflix)

Gabriel Soldeira

Quando foi lançada, em julho de 2016, ninguém poderia imaginar o sucesso estrondoso que Stranger Things faria. Com apenas oito episódios, a série entrou quase instantaneamente para a cultura pop, criando uma legião de fãs de todas as idades. Os mais velhos viram a série como um raio de nostalgia, tendo incontáveis referências a filmes, livros e músicas dos anos 80. Já os mais jovens foram introduzidos a essa cultura da forma mais amigável possível.

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Terror, magia, quase apocalipses e empoderamento feminino em Buffy, a Caça-Vampiros

 

*Atenção: contém spoilers!

Bárbara Alcântara

A loira, líder de torcida, branca, magra e atraente é sempre uma das primeiras a morrer nos filmes de terror. Para comprovar essa premissa é só entrar na aba da Netflix com essa classificação. Os gritos estridentes são logo calados por uma facada de Jason Voorhees em “Sexta-feira 13”. O mesmo acontece nas mãos de Freddy Krueger em  “A Hora do Pesadelo”, Ghostface em “Pânico”, Michael Myers em “Halloween” e tantos outros títulos. Era humanamente impossível imaginar que uma menina que se preocupasse tanto com a aparência poderia ser também inteligente e corajosa. Continue lendo “Terror, magia, quase apocalipses e empoderamento feminino em Buffy, a Caça-Vampiros”

Feito na América: um episódio de Narcos lançado no cinema

Heloísa Manduca

Na última quinta-feira, dia 14, foi lançado nos cinemas brasileiros o filme Feito na América, longa dirigido por Doug Liman (“No Limite do Amanhã”, 2014). O destaque imediato do filme é ter o galã Tom Cruise no elenco novamente. Desta vez, ele aparece de uma forma mais descontraída e engraçada, que fazem sua atuação ser longe de ser problemática – ao contrário do enredo proposto pelo filme.

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Como Narcos superou Pablo Escobar

Os chefões, da esquerda para direita: Chepe, Pacho, Miguel e Gilberto Martínez Orejuela (Divulgação/Netflix)

Guilherme Sette

Um dos grandes sucessos do Netflix, Narcos foi renovado para sua terceira e quarta temporada para algum estranhamento do público – a grande estrela deste show, Pablo Escobar, morreu no final da segunda temporada. Como contam os produtores, o nome é Narcos e não Pablo Escobar, e o grande espaço no mercado da cocaína deixado pelo Patron foi preenchido pelo Cartel de Cali, “vilões” já introduzidos nas temporadas anteriores. Continue lendo “Como Narcos superou Pablo Escobar”