Estreava 25 anos atrás, o filme Clueless, ou (como foi intitulado no Brasil) As Patricinhas de Beverly Hills. Esse clássico da cultura jovem recontou o livro Emma, da escritora Jane Austen, mas levando a trama inglesa para o alto de Beverly Hills. O longa-metragem escrito e dirigido pela cineasta Amy Heckerling, conquista pelos clichês adolescentes que ainda hoje fazem sucesso. Com uma trama simples, o filme consegue mesclar bem a comédia e os estereótipos jovens: os maconheiros, os skatistas e as “material girls”.
Senna: O Brasileiro, o Herói, o Campeão, produção dirigida por Asif Kapadia e vencedora do prêmio BAFTA de Melhor Documentário em 2010, narra sua formação e trajetória ao longo da carreira no automobilismo. Um dos motivos para a obra ter alcançado grande repercussão entre o público, se deve ao fato de que ela soube trabalhar com o principal legado deixado por Senna: a emoção. Sentimento contagiante de um atleta que reconhecia o tamanho de seu potencial e inspirou a todos com o verdadeiro significado da palavra determinação.
O ano era 1995 e pela primeira vez Woody (Tom Hanks), Buzz Lightyear (Tim Allen) e seus amigos, marcavam presença nas telonas dos cinemas, com Toy Story. O longa-metragem, que pioneiro no uso integral de ferramentas de computação gráfica, teve destaque pela trama incomum que carregava: um mundo onde brinquedos são seres vivos que, na presença de humanos, fingem ser inanimados. O sucesso foi tanto, que o tempo passou e, ao passo que seu público crescia em tamanho e idade, a obra foi sequenciada, com seus enredos amadurecendo paralelamente aos fãs.
Minha bisavó morreu há pouco tempo. Nunca antes tinha sentido perda tão próxima, nem acolhido o vazio como um velho amigo tão rápido. Não sou chegado em críticas em primeira pessoa, mas ocasiões excepcionais demandam escolhas extraordinárias. Passei muito tempo ‘guardando’ A Ghost Story (2017) para o futuro, mesmo sem saber o porquê. Agora, entendi. O conto de tempo e fantasmas chegou à Netflix e decidi assistir. Encontrei um estudo sobre a solidão e os vazios que preenchemos no mundo, uma história íntima que me ligou pro fato de que ainda não sabemos processar todas essas emoções sem remetente físico.
Em A Ghost Story, que ganhou o título nacional de Sombras da Vida, conhecemos a rotina de um casal, C (Casey Affleck) e M (Rooney Mara). Longas tomadas deles vivendo numa casinha de campo, ele tocando o piano que veio na mudança e o silêncio do lar. Inesperadamente, C morre e deixa M sozinha. O filme é simples quando fala sobre o tempo e a fragilidade de tudo que nos cerca. C vira um fantasma. Ele vaga pela casa, com um lençol branco cobrindo seu corpo, nunca diz nada. Ele acompanha o luto da esposa, assiste atônito enquanto ela segue em frente.
APixar sempre teve êxito explorando os dilemas da vida por perspectivas diferentes. O estúdio esmiuçou, nos filmes de Toy Story, os aspectos da amizade e mudanças na vida aos olhos de um brinquedo, nos emocionou com a relação entre pai e filho em Procurando Nemo (2003), e com a história de uma vida maravilhosa de UP: Altas Aventuras (2009). E, com Divertida Mente (2015), não é diferente. Em junho, a animação comemora cinco anos.
Uma marca já consolidada de Spike Lee em seus filmes é renegar a simples representatividade positiva. Ele vai além e busca sempre mostrar como o povo negro é diverso e tem seus próprios conflitos – muitas vezes originados do homem branco. Em Destacamento Blood, a temática continua presente, mas dessa vez é no Vietnã que o choque acontece, um outro campo filmado pelos Estados Unidos que também nunca foi tão bem representado.
Francesca na ponte coberta Roseman (Foto: Amblin/Malpaso)
Gabriel Rodrigues de Mello
Um dos traços que pode definir a obra do cineasta Clint Eastwood é o eterno conflito interno. Se na maioria dos personagens que incorpora – em filmes seus ou não – o que fica a mostra é a autoconfiança exacerbada e o apreço por regras pessoais em detrimento às externas, o seu trabalho enquanto diretor, por outro lado, se ocupa de mostrar por dentro da estrutura que sustenta sua atitude perante a vida, revelando a natureza contraditória de seus valores que se renovam a cada filme.
No site oficial da Casa Branca, Michelle é a única primeira-dama que, ao ser descrita, tem a sua profissão citada antes de ser nomeada como “esposa do 44º presidente dos Estados Unidos” (Foto: Netflix)
Para Todos os Garotos: P.S. Ainda Amo Você é a segunda adaptação da trilogia de livros de Jenny Han (Foto: Reprodução)
Vinícius Santos
Quando se trata de comédias românticas, a Netflix não se recusa em exagerar nos caprichos. E não foi diferente em Para Todos os Garotos: P.S. Ainda Amo Você, a sequência do longa de Susan Johnson. O primeiro trabalho de Michael Fimognari como diretor traz reviravoltas na trajetória dos personagens que conquistam fãs desde a trilogia literária. Inclusive, com o lançamento do trailer, a obra já vinha recebendo críticas mesmo antes de sua estreia.
A narrativa simples não implica que esta animação não tem nada a dizer (Foto: Reprodução)
Fellipe Gualberto
Dois Irmãos foi um dos poucos filmes que conseguiu furar a quarentena mundial e ainda desbancar Sonic. O novo feito da Pixar, estúdio responsável por obras que revolucionaram a animação mundial, como Toy Story(1996), chegou aos cinemas carregando altas expectativas. O longa tem a direção de Dan Scalon, de Toy Story 4 (2019) e Universidade Monstros (2013) e é parte do processo do artista para superar seu luto pessoal.