Depois de 20 anos, Homem-Aranha 2 continua um novelão melodramático

Cena do filme Homem-Aranha 2Na imagem, estão penduradas com cabides em uma barra de aço, o uniforme do Homem-Aranha e um terno com gravata, no meio dos dois há um cabide vazio. O uniforme está do lado esquerdo, ele é vermelho, mas possui detalhes em azul na parte inferior do braço e antebraço e também nas costelas. Ele possui uma aranha prateada no peito e teias em alto relevo por toda roupa. O terno é na cor azul. O armário é todo branco e tem aspecto de velho, no canto direito há uma luminária acesa apontada para cima
Homem-Aranha 2 teve uma versão estendida lançada para DVD em 2007, chamada de Homem-Aranha 2.1, com oito minutos a mais que a versão de cinema (Foto: Sony Pictures)

Davi Marcelgo

É muito difícil falar algo novo de Homem-Aranha 2 (2004) vinte anos depois de seu lançamento. Todo mundo já teceu algum comentário: sobre ele ser a adaptação definitiva de um quadrinho de super-herói, sobre suas cenas de ação de tirar o fôlego ou do enredo espetacular. De tudo já dito a respeito, pouco se fala – principalmente no meio nerd, que foca apenas em fidelidade para com a obra original – do melodrama. Para comemorar as duas décadas do filme que marcou e ainda marca gerações, ligue a Televisão e lembre-se do horário das nove, porque a sequência de Sam Raimi é um ‘novelão’.

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60 anos de X-Men e sua alegoria disruptiva

Imagem retangular do quadrinho de X-Men. No desenho estão 16 pessoas que fazem parte da narrativa, divididos principalmente em três grupos, os cinco mutantes originais ao centro com seus uniformes pretos e amarelos em destaque. À esquerda estão focados personagens mais vilanizados e a direita outros membros uniformizados. Todos estão em cima de destroços com um fundo com fumaça escura apocalíptico.
Wolverine, a estrela dos mutantes, apareceu pela primeira vez como vilão – e não em uma história X-Men, mas em uma HQ do Hulk (Foto: Marvel Comics)

Henrique Marinhos e Henrique Rabachini

A história das HQs é datada desde o fim do século XIX, como uma evolução das tiras cômicas publicadas em jornais. Os primeiros quadrinhos eram voltados para o humor e a sátira, mas logo começaram a explorar outros gêneros como a aventura, o romance, o terror e a ficção científica. Um dos que se destacou foi o dos super-heróis, que se consolidou na década de 1930 com a criação de personagens como a dupla da DC Comics, Super-Homem e Batman, e Capitão América, pela Marvel. Esses heróis representavam os ideais de justiça, coragem e patriotismo, em um contexto de crise econômica, guerra mundial e ameaças totalitárias. Eles também refletiam as aspirações e os medos da sociedade norte-americana, que buscava escapar da realidade através da fantasia. 

No entanto, nem todos os super-heróis eram tão simples e otimistas. Na década de 1960, surgiram os X-Men, uma equipe de mutantes que traziam uma nova perspectiva para os quadrinhos. Nessa época, o mundo passava por grandes transformações, com movimentos pelos direitos civis como a luta contra o racismo e o movimento hippie, em paralelo a Guerra Fria e a corrida espacial. Sean Howe, jornalista e autor do livro Marvel Comics: The Untold Story, descreve o grupo como provavelmente o mais explicitamente político dos quadrinhos da Marvel dos anos 1960, quando a cultura pop ganhava cada vez mais influência através da Música, do Cinema, da Televisão e, claro, das HQs. Os heróis mutantes são um importante exemplo refletor de seus valores e transformações que completam seu sexagenário aniversário em 2023, propondo questionamentos e a busca por mudanças, influenciando a cultura e a política até hoje. 

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20 anos depois, Homem-Aranha continua sendo o coração dos filmes de herói

Cena do filme Homem-Aranha. Tem uma pessoa na imagem. No centro da imagem aparecendo de corpo inteiro está o Homem-Aranha. Ele usa seu uniforme,que é vermelho no torso, nos braços e nos pés e azul na cintura e nas pernas, no peito tem um símbolo de uma aranha e toda a roupa é coberta por quadrados vazados, parecendo teias. Ele usa uma máscara vermelha que tem dois visores amarelados. Ele está agarrado a um mastro.No fundo aparece a cidade de Nova York.
Nesse mesmo dia, há 20 anos, chegava às telonas brasileiras o primeiro filme do Homem-Aranha (Foto: Sony Pictures)

Nathan Sampaio

O que faz um personagem ser popular? A sua história sofrida ou sua personalidade marcante? O visual icônico ou as falas de impacto? Talvez seja a mistura disso tudo. É o caso do Homem-Aranha, personagem da Marvel que teve seu primeiro filme lançado 20 anos atrás, e que alçou o herói a fama ao unir um roteiro simples, porém muito bem construído, com cenas memoráveis e um visual excepcional. 

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Sem Volta para Casa, o Homem-Aranha busca refúgio em si mesmo

Cena do filme Homem-Aranha: Sem Volta para Casa. A cena mostra o Homem-Aranha, um jovem branco, se jogando para pegar uma bolha laranja e verde. Ele usa o uniforme vermelho, com detalhes em preto e o cenário ao seu redor é de escombros e destruição.
Leia com cautela, pois o texto abaixo contém spoilers graves dos acontecimentos centrais de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (Foto: Sony/Marvel)

Vitor Evangelista

O que significa ser um super-herói? O senso de justiça, o dever a ser cumprido e o regozijo em fazer o bem podem estar na ficha técnica de qualquer mascarado que pirueteia pelas vielas escuras de uma cidade recheada de crimes. O Homem-Aranha, mais do que qualquer outro advento quadrinhesco, ganha novas camadas quando analisamos suas características mais específicas: ele é um adolescente passando pela puberdade, alguém efervescendo e encontrando seu lugar no mundo, em adição a picada do aracnídeo e o combo de grandes responsabilidades que chegam junto dos grandes poderes. 

Em 2018, Homem-Aranha no Aranhaverso soube destacar as particularidades do personagem-título com astúcia, deixando claro que, além do trauma de perder alguém, ser o Cabeça de Teia está muito ligado a ideia de sacrificar seu próprio espaço pessoal em prol de um parente, um amigo ou mesmo uma metrópole. Em 2021, chegou a vez do Peter Parker de carne e osso (Tom Holland) perder o chão e se firmar como o Amigão da Vizinhança que tanto lhe cobraram de ser desde que assumiu o manto em um aeroporto alemão

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Homem-Aranha: Longe de Casa dá férias a Marvel nos cinemas

Homem-Aranha: Longe de Casa é o oitavo filme do herói a ser lançado nos cinemas (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

O segundo capítulo da saga do Homem-Aranha veio cedo demais. Menos de três meses depois da avalanche Vingadores: Ultimato, a Marvel trazer de volta o Cabeça de Teia é uma jogada arriscada. Sim, podemos combinar que não dependia só deles, a parceria com a Sony exigia um filme do Teioso no catálogo neste verão americano. 

É amargo o gosto que fica na boca depois de assistir o épico contra Thanos e absorver suas consequências para a franquia, lembrando que logo menos Peter Parker e cia iam voltar a se balançar por teias na Europa. Com isso estabelecido, Longe de Casa aceita a posição de epílogo da Saga do Infinito e semeia pistas para as futuras estações da Marvel nos cinemas.

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Thor: entre tropeços e vitórias

Chris Hemsworth vive o Deus do Trovão nos cinemas (Foto: Marvel)

Vitor Evangelista

Ciência e magia derivam do mesmo significado. O mago e o sábio andam lado a lado. Em 2011, a Marvel lançou a trilogia de Thor, o Deus do Trovão, e se baseou muito nessa dualidade. Com um tom não-linear e má recepção da crítica e da audiência, o Vingador bambeou e quase caiu, mas agora está pronto para enfrentar Thanos, com ou sem martelo.

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