A dor, a Arte, O Menino e a Garça

Cena da animação O Menino e a Garça. Nela vemos Mahito uma criança em estilo de anime de pele branca, olhos pretos, e cabelo preto. Na imagem também há a figura da garça, que tem um bico amarelo, onde há uma rolha, dentes humanos, penugem branca com alguns detalhes em azul. Mahito e a garça estão se encarando, enquanto estão escondidos em um muro de pedra na cor esverdeada.
Após período de incerteza, longa chegou às telas brasileiras pela Sato Company (Foto: Studio Ghibli)

Guilherme Veiga

O Cinema, nascido e criado envolto a subjetivismo, nunca foi unânime. Percebemos isso ao questionarmos quem foi o maior idealizador dessa Arte, por exemplo. Não existe resposta certa, não há consenso. Uns respondem baseados em apego, outros levam qualidade em conta, mas nunca surge um denominador comum – e ainda bem que é assim. Nem mesmo se delimitarmos o conjunto de opções: nos filmes de máfia, Martin Scorsese e Francis Ford Coppola despontam; no Cinema blockbuster, Steven Spielberg e James Cameron são pilares; no terror, Wes Craven e John Carpenter e a lista continua não importa o quão nichada. Mas como para toda regra há uma exceção, ao falarmos de animação estamos falando de Hayao Miyazaki, ele e somente ele.

Continuando um movimento recente de se entender e se eternizar como parte da história da Sétima Arte (já que a própria indústria não reconhece isso), a exemplo do que Spielberg fez com Os Fabelmans ou Scorsese emulou de forma sútil em Assassinos da Lua Das Flores, o lendário fundador do Studio Ghibli também retorna da aposentadoria. Coppola já tem 84 anos; Clint Eastwood, 92; Ridley Scott, 86; Craven e Carpenter já se foram, e por mais que doa perceber que pessoas que indiretamente fizeram parte de nossas vidas estão nos deixando, eras se encerram. E é com O Menino e a Garça que Miyazaki, com seus 83 anos, prepara a si e ao espectador para o fim.

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Oppenheimer: a explosão e os destroços de uma mente brilhante

Herói ou vilão? Algumas pessoas riram, outras choraram, mas a maioria ficou em silêncio (Foto: Universal Pictures)

Pâmela Palma 

O novo filme de Christopher Nolan (Tenet) estreou de um jeito diferente de tudo produzido pelo cineasta até hoje. Oppenheimer chegou às telas com um teor crítico e extremamente didático, algo raramente produzido por outros grandes nomes da atualidade. De forma densa, realista e rica em detalhes, a obra nasce com a intenção de retratar biograficamente a vida do físico e cientista J. Robert Oppenheimer, responsável pelo Projeto Manhattan e pelas duas grandes bombas atômicas utilizadas pelos Estados Unidos nas cidades de Hiroshima e Nagasaki como ultimato para cessar a Segunda Guerra Mundial em 1945.

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Em Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1, Tom Cruise é o agente que o Cinema precisa

Foto de cena do filme. Os 4 personagens principais da franquia estão sentados em um barco de cor laranja. É pôr do sol, o céu está todo alaranjado. No canto direito da foto está o ator Tom Cruise, é o único personagem com foco na foto. Ele é um homem de 60 anos, de pele clara e cabelo liso na cor escura. Ele veste uma jaqueta de couro preta que está aberta revelando que usa uma camisa também na cor preta. Atrás dele, está Rebecca Ferguson. Ela é uma mulher sueca na faixa dos 40 anos, tem pele clara e cabelos loiros. Ela veste um casaco na cor vinho, por dentro uma camisa de botões na cor cinza. Em seguida, está Ving Rhames, ele é um homem negro na faixa dos 60 anos, veste uma jaqueta preta e está com todas peças de roupa na cor preta, inclusive usa uma touca na cabeça também desta cor. Do lado esquerdo, dirigindo o barco, está Simon Pegg, homem branco de cabelo liso, com barba e cabelo ruivos.
O orçamento de Missão: Impossível 7 foi de US$290 milhões, o mais caro de toda franquia (Foto: Paramount Pictures)

Davi Marcelgo

Ex-espiões que se voltaram contra organizações, agentes duplos, traficantes de armas, bombas nucleares e risco biológico. Ethan Hunt (Tom Cruise) enfrentou todo tipo de perigo desde que a história se iniciou em 1996, mas nem ele nem o público estavam prontos para a missão do sétimo filme da franquia: deter uma Inteligência Artificial. 

Na trama de Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1, uma IA chamada Entidade desenvolveu consciência e desapareceu sem deixar pistas. Sabendo do poder furtivo da máquina, várias nações iniciam uma corrida para encontrar duas chaves que, juntas, podem controlar a arma. O rebelde Ethan Hunt e sua equipe nadam contra a corrente para impedir que esse poder caia em mãos erradas, ao mesmo tempo que precisam lidar com as armadilhas da tecnologia.

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A segunda temporada de De Volta aos 15 mergulha na nostalgia e no clichê romântico

 Cena de De Volta aos 15. No lado esquerdo, Camila Queiroz veste blusa xadrez vermelha e calça jeans. A atriz é branca e tem cabelos castanhos ondulados. Ao fundo, no lado direito, está o ator Gabriel Stauffer, que veste moletom marrom e uma blusa cinza. O ator é branco e tem cabelo e barba castanhos. Os intérpretes dentro de uma van.
Camila Queiroz e Gabriel Stauffer vivenciam aventuras temporais como Anita e Joel adultos na produção nacional De Volta aos 15 (Foto: Netflix)

Felipe Nunes

Maisa Silva e Camila Queiroz estão de volta para viajar no tempo como Anita na segunda temporada de De Volta aos 15, seriado nacional da Netflix baseado na obra literária homônima de Bruna Vieira. Dessa vez, a imatura personagem de 30 anos no corpo de uma menina de 15 passeia com mais complexidade pelos dramas e incertezas da fase adulta e é acompanhada por um parceiro inesperado, Joel, interpretado por Antônio Carrara (adulto) e por Gabriel Stauffer (jovem).

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É no ao vivo que Jão transforma SUPER em um álbum memorável

Jão fecha um ciclo de quatro álbuns com sua capa mais bonita até então (Foto: Universal Music)

Vitória Gomez

Jão agarrou cada chance que teve de virar uma estrela pop. Antes das noites lotadas e das superproduções que marcam seus dois últimos projetos, o cantor do interior paulista já se entregava em cada performance, seja em palcos pequenos de bares, com um figurino calça-e-camiseta-preta na Virada Cultural de São Paulo ou casas de shows que mal comportam o fervoroso público adolescente. Mais do que tempo ou maestria musical, o fenômeno surgiu da conexão dos temas com uma audiência enfrentando a perspectiva de virar adulto, se desvencilhar dos primeiros laços ou ter um primeiro coração partido. Com SUPER, não foi diferente: é durante a performance que o artista se conecta e cria o espaço seguro tão característico de sua carreira, transformando um álbum comum em uma noite memorável.

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Corre, Barry! A maldição do filme-evento chegou no universo de The Flash

Cena do filme The Flash. Na imagem, Ezra Miller, pessoa não binárie que interpreta Flash, usa um traje vermelho com raios ao longo do uniforme. Ele está sério e em posição de corrida.
Finalmente temos um filme de Barry Allen nos cinemas (Foto: Warner Bros. Pictures)

Guilherme Machado Leal

É praticamente impossível falar sobre The Flash sem mencionar o caso Ezra Miller e os seus desdobramentos. O longa-metragem foi adiado inúmeras vezes, tendo a primeira data de estreia para o ano de 2018. Trocas na direção, a pandemia do Coronavírus e problemas com a estrela principal fizeram com que a produção saísse apenas em Junho de 2023. A postura de Miller, fora das câmeras, é um acontecimento à parte, uma vez que a lista de crimes cometidos por elu é vasta e demanda que se tenha uma conversa prévia acerca dos ocorridos.

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Fique tranquilo, se gostar de O Exorcista – O Devoto, você não será possuído

Foto de cena do filme O Exorcista - O Devoto. Na imagem temos centralizadas, as duas protagonistas do filme, Angela e Katherine. Angela é uma garota na faixa dos 13 anos, ela tem a pele negra, cabelos escuros e veste uma camiseta de listras verticais nas cores roxo e rosa. Katherine está do seu lado direito, ela é uma menina branca e tem o cabelo castanho escuro. O cenário é de um estábulo. As garotas estão sentadas no chão com expressão de assustadas.
A Universal Studios pagou US$ 400 milhões pelos direitos de O Exorcista (Foto: Universal Pictures)

Davi Marcelgo

O Exorcismo de Emily Rose (2005), Exorcistas do Vaticano (2015), O Exorcismo da Minha Melhor Amiga (2022), O Exorcista do Papa (2023): existem mais filmes de esconjuração do que demônios na vida real. Muitos tentaram replicar o sucesso do clássico de 1973, O Exorcista, outros preferiram distanciar-se e fizeram terror do seu próprio jeito; mas ano vai, ano vem e o ato profano de William Friedkin continua irretocável. Em 2023, com a mais nova sequência, o dogma não muda. 

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Em Fresh, Daisy Edgar-Jones vive na carne o que é ser mulher

Cena do filme Fresh. A foto é um retrato do rosto de Daisy Edgar-Jones sobre um fundo desfocado. A atriz está olhando para a câmera fixamente, com feição de medo, ela é branca, tem cabelo marrom e olhos da mesma cor. A foto vai até seus ombros, escondidos por um casaco laranja.
A atriz deve parte de seu reconhecimento à Marianne, personagem que interpretou em 2020, em Normal People (Foto: Searchlight Pictures)

Amabile Zioli

Quem nunca achou que sua vida amorosa não tinha mais salvação? Fresh abraça esse sentimento, junto com a tensão, angústia e aflição comumente provocados pelo suspense e cria uma atmosfera diferente da que estamos acostumados: o terror vem acompanhado de uma comédia leve e usa o romance como seu coadjuvante.

Em seu longa de estreia, Mimi Cave dirige um verdadeiro show de horrores. Mantendo a fotografia e edição como cúmplices, a diretora monta um thriller sem ter tanta coisa nova para contar. Já saturados, o roteiro e o encaminhamento sofrem alguns ajustes nas mãos de Cave. Afinal, quem quer ver mais uma história sobre a vítima indefesa nas mãos de um homem perverso? 

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Trolls: Melhor do que se reunir é estar Juntos Novamente

Quem não ama uma boyband? (Foto: Universal Pictures)

Agata Bueno

O terceiro filme da saga Trolls não é só para crianças e nem para quem chegou de paraquedas na relação entre os Bergens e as pequenas criaturas de cabelo colorido. A terceira animação da franquia acerta, mais uma vez, em abordar situações complexas do mundo real a partir do ponto de vista dos seres fãs de abraços. Com trocadilhos bem colocados entre as aventuras dos personagens e um amadurecimento das relações vistas inicialmente, Trolls 3 – Juntos Novamente mescla um humor um tanto mais crescido com cores vibrantes. 

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No segundo ano de Heartstopper, o orgulho está mais vivo e radiante do que nunca

Cena da série Heartstopper. Na imagem, Joe Locke, um homem branco que interpreta Charlie, veste uma camisa xadrez de botão e Kit Connor, um homem branco que interpreta Nick, veste uma camisa rosa. Eles estão se beijando em frente a um arbusto.
No segundo ano, os garotos mais fofos do mundo têm o seu amor ampliado e escancarado da forma como deve ser: aos quatro cantos do mundo (Foto: Netflix)

Guilherme Machado Leal

Após o estrondoso sucesso da primeira temporada de Heartstopper, ficou claro que a criadora Alice Oseman possuía uma árdua tarefa pela frente: entregar ao público um segundo ano que não só mantivesse a série no mesmo nível da sua estreia, como também a superasse. Com um orçamento maior, novos personagens e locações, a história centrada no amor de Charlie Spring (Joe Locke) e Nick Nelson (Kit Connor) está mais viva do que nunca.

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