Gaslit: 50 anos depois do escândalo Watergate, a política ainda é um homem branco

Foto da série Gaslit. Na imagem, o rosto da atriz Julia Roberts no papel de Martha Mitchell. A personagem tem pele branca com algumas rugas aparentes, seus cabelos são loiros e estão presos em um coque alto com topete na frente. O semblante do rosto é triste, com os olhos cheios de lágrimas. Ela veste um vestido de gola média que aparece só até a altura dos ombros e é coberto de brilhos e pequenos cristais.
Em seu ano de estreia, Gaslit recebeu 4 indicações ao Emmy, mas passou longe de brilhar nas duas primeiras noites da premiação (Foto: STARZ)

Jamily Rigonatto 

Na década de 1970, a política estadunidense foi marcada por burburinhos e manipulação. Durante a reeleição de Richard Nixon, o Partido Republicano tinha a vitória nas mãos com uma larga escala de vantagem, mas ainda assim resolveu usar de artifícios que favorecessem seu representante. A ideia era invadir os escritórios do Partido Democrata no Complexo de Edifícios de Watergate, e grampear telefones para captar informações confidenciais, além de plantar fotos e montagens comprometedoras que seriam usadas  como uma espécie de chantagem para garantir o sucesso na corrida eleitoral.

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This Is Us é maior que nós

A uma temporada de se despedir da TV, This Is Us alcançou três indicações nas categorias principais do Emmy 2021 (Foto: NBC)

Raquel Dutra

Ao longo de quatro anos, This Is Us se encarregou de retratar as dores e delícias da vida a partir de crônicas da família Pearson. Com seus personagens profundos e reais, explorados numa história livre e sem amarras, a produção da NBC criou seu maior encanto em sua humanidade radical e melodramática, que gerava fortes relações com seu público ao passo em que criava as mais diversas catarses dentro e fora da tela. Alcançando o clamor da crítica e do público com sua fórmula completamente singular, This Is Us não escapou de viver, como qualquer outra narrativa seriada, seus altos e baixos, e com sua bagagem, chegou ao seu quinto e penúltimo ano. 

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Não há montanha alta o suficiente para a grandeza de Pose

O final de Pose foi dividido em duas partes e a Series Finale foi indicada em Roteiro e Direção em Drama no Emmy 2021, além de outras categorias técnicas da premiação (Foto: FX)

Nathália Mendes

Live. Werk. Pose. Essas três palavras falam por si só. Sozinhas elas ganham vida, invadem os ouvidos na voz inesquecível de Pray Tell, se entranham no coração e acendem uma luz que ilumina e aquece cada parte do corpo, dos fios de cabelo aos dedões do pé. Nada mais é capaz de explicar uma série como Pose, porque ela não foi feita para ser descrita, mas para ser sentida. 

Coube à Blanca Evangelista (Mj Rodríguez) e sua família performar uma história real e sofrida de forma belíssima por 3 temporadas – uma década no tempo da trama. Até seu último episódio, a narrativa manteve o equilíbrio entre a tragédia da epidemia de AIDS dos anos 90, e o relato mais puro e belo da comunidade queer dentro dos ballrooms de Nova York. Assim, Pose contou a história da vida de pessoas que a sociedade não quer enxergar, de seus amores à suas dores, e por isso é tão forte e arrebatadora.

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