Na versão original, o nome do autor aparece antes do título do filme, Wes Craven’s New Nightmare (Foto: New Line Cinema)
Davi Marcelgo
Franquias em Hollywood não faltam, tem para todo tipo e gosto. Mas o que acontece quando elas, ou até mesmo um gênero, se tornam um pesadelo? Quando em 1984, o primeiríssimo A Hora do Pesadelo estreou, mal sabia Wes Craven que, dez anos mais tarde teria, que desconstruir sua maior criação: Freddy Krueger. O Novo Pesadelo – O Retorno de Freddy Krueger (1994) completa 30 anos em 2024 com muita coisa a ensinar ao Cinema, principalmente ao de super-heróis.
Joaquin Phoenix ganhou o Oscar de Melhor Ator por seu papel em Coringa (Foto: Warner Bros. Pictures)
Guilherme Moraes
Ainda que o Cinema de blockbusters não esteja tão aberto a olhar para o audiovisual e sua história como matéria prima, isso é algo essencial na construção de um filme. George Lucas idealizou Star Wars(1977)a partir das obras de samurai japonesas do meio do século XX; Tim Burton se inspirou no expressionismo alemão para dar vida a Batman(1989). Enquanto isso, na atualidade, as grandes franquias e as superproduções se sentem satisfeitas em apenas utilizar suas referências como um artifício de satisfação pessoal para o público que irá entender o significado, além de que, normalmente, eles se auto-referenciam, não explorando o que há de melhor na arte. Por sorte, Todd Phillips entendeu o quão rico pode ser vasculhar a história da linguagem e dialogar com ideias originais. Dessa forma, há cinco anos, ele escavou a filmografia de Martin Scorsese e construiu sua própria versão do Coringa.
“Minha previsão te revelou o futuro ou os fatos ocorreram em influência do que eu previ?” (Foto: Warner Bros. Pictures)
Guilherme Moraes
No final do século XX, Lily e Lana Wachowski criaram um universo onde a humanidade foi dominada e escravizada pelas máquinas que buscavam fazer a manutenção de seu poder e sua existência. Com roupas pretas, realidade simulada, pensamentos filosóficos, temas bíblicos e bullet time, Matrix entrou para a história do Cinema hollywoodiano e consagrou duas diretoras que iriam se rebelar contra o sistema.
Expecto Patronum, traduzido do Latim, significa “desejo um protetor” (Foto: Warner Bros. Picture)
Guilherme Moraes
Dois anos após o lançamento de Harry Potter e a Câmara Secreta, o terceiro filme da saga chegava aos cinemas, dessa vez, mostrando a outra face desse mundo mágico. Se nos dois primeiros longas-metragens, em especial no primeiro, Chris Columbus apresentou o lado fascinante e alegre desse universo, em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, Alfonso Cuarón introduz o lado sério e sombrio que irá tomar conta da saga a partir daqui.
O filme custou cerca de 140 milhões de dólares (Foto: American Zoetrope)
Em um Cinema que simula um realismo, repleto de imagens sem cor e pasteurizadas, com escassez de histórias originais, recheado de remakes e continuações, pouco há espaço para grandes projetos autorais e arriscados. Sobre esse contexto, grandes diretores da história da indústria começaram a se manifestar, em especial, aqueles que ajudaram a consolidar Hollywood na década de 1970, como Martin Scorsese e Steven Spielberg. Nesse sentido, Francis Ford Coppola se juntou a eles e manifestou seus sonhos com relação à sociedade e a Arte em Megalópolis.Continue lendo “Em Megalópolis, Coppola nos permite sonhar com outro Cinema”
Lançada em Maio de 2024, a série Matéria Escura presenteia o público com uma mistura de ciência e filosofia, com esplêndida atuação da atriz brasileira Alice Braga (Foto: Apple TV+)
Laura Lopes
Escrita e produzida por Blake Crouch, a produção de Matéria Escurafoi baseada no livro homônimo escrito pelo mesmo autor norte-americano. A trama de ficção científica, lançada pela Apple TV+ em Maio de 2024, traz consigo elementos primordiais da filosofia ocidental, como a discussão proposta pelo existencialista francês Jean Paul-Sartre (1905 – 1980) e, principalmente, pela teoria do pessimista alemão Arthur Schopenhauer (1788 – 1860). Enquanto o primeiro se debruça sobre o fato de a liberdade humana ser angustiante; o segundo, em sua ilustre obra literária O Mundo como Vontade e Representação (1818), estuda, a grosso modo, como o ser humano sempre deseja aquilo que não tem. Dark Matter (no original) é uma mistura de tudo isso.
Em 2022, o filme entrou no top 10 dos mais assistidos na Netflix no Brasil (Foto: Ghost House Pictures)
Davi Marcelgo
Desde Sally (Marilyn Burns) de O Massacre da Serra Elétrica (1974) até Grace (Samara Weaving) de Casamento Sangrento (2019), a final girl é praxe no Terror, principalmente no slasher. É ela quem vence o assassino, sobrevive e, de quebra, aparece nas continuações. Mas para Christine Brown (Alison Lohman), do grotesco Arraste-Me para o Inferno (2009), já faz 15 anos que ela está perpetuada nos confins da Terra. O aniversariante que não é um filme de mascarados empunhando facas, sem dúvidas garante uma curiosa discussão sobre mulheres no gênero.
Para Sabrina Carpenter, se uma experiência é engraçada o suficiente para fazê-la rir, então, também merece uma música (Foto: Island Records)
Arthur Caires
O início da nova era de Sabrina Carpenter começou muito antes do lançamento de Espresso. A reação positiva em cadeia se iniciou no lançamento de seu quinto álbum, emails i can’t send (2022), que possui em sua tracklist a faixa Nonsensecom seu outro engraçadinho: “Acordei esta manhã pensei em escrever um hit pop/Com que rapidez você consegue tirar a roupa?”. No entanto, a piada não é nada em comparação com o que viria em seguida nos shows da cantora, que criou uma tradição de sempre mudar a letra final de acordo com o local da apresentação.
No ato de abertura da The Eras Tour de Taylor Swift, em Novembro de 2023, no Brasil, a cantora cantou: “Garoto, venha aqui, isso não é um teste/Ele disse ‘Fique por cima’, eu disse ‘Eu vou’/Aí ele me fez gozar no Brasil”. Assim, a construção dessa identidade ‘safadinha’ culminou no lançamento de seu sexto álbum de estúdio, Short n’ Sweet. O título, “Pequeno e Doce” (em tradução livre), além de poder ser uma descrição da própria cantora, reflete sobre os relacionamentos curtos, porém, intensos, que ela vivenciou.
Com mais de 1100 episódios, o anime comemora 25 anos em Outubro de 2024 (Foto: Toei Animation)
Nathan Sampaio
Um dos gêneros literários mais antigos existentes é a epopeia. Caracterizada por ser um poema longo que utiliza aspectos narrativos, ela narra feitos heroicos, passagens gloriosas e apresenta personagens icônicos, e pode ser considerada um registro histórico de sua época. Embora pesquisadores apontem que esse estilo de narrativa está extinto desde o século XVIII, sua influência em obras modernas ainda pode ser observada. Em 2024, comemora-se os 25 anos de uma das animações influenciadas pelo gênero: o anime One Piece.
A Fotografia do longa, por Jomo Fray, foi premiada no Black Reel Awards, cerimônia de reconhecimento de excelência de afro-americanos (Foto: A24)
Henrique Marinhos
Em meio à poeira e quietude do Mississippi, Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal (All Dirt Roads Taste of Salt, no original)desenha uma narrativa lírica e contemplativa sobre amadurecimento. Dirigido por Raven Jackson e produzido pela A24, o filme é uma coleção de memórias e silêncios que moldam a história de Mackenzie, interpretada por Mylee Shannon, Kaylee Nicole Johnson, Charleen McClure e Zainab Jah, cada uma em diferentes fases da vida.Continue lendo “No sopro da vida, descobrimos que Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal”