Expecto Patronum, traduzido do Latim, significa “desejo um protetor” (Foto: Warner Bros. Picture)
Guilherme Moraes
Dois anos após o lançamento de Harry Potter e a Câmara Secreta, o terceiro filme da saga chegava aos cinemas, dessa vez, mostrando a outra face desse mundo mágico. Se nos dois primeiros longas-metragens, em especial no primeiro, Chris Columbus apresentou o lado fascinante e alegre desse universo, em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, Alfonso Cuarón introduz o lado sério e sombrio que irá tomar conta da saga a partir daqui.
O filme custou cerca de 140 milhões de dólares (Foto: American Zoetrope)
Em um Cinema que simula um realismo, repleto de imagens sem cor e pasteurizadas, com escassez de histórias originais, recheado de remakes e continuações, pouco há espaço para grandes projetos autorais e arriscados. Sobre esse contexto, grandes diretores da história da indústria começaram a se manifestar, em especial, aqueles que ajudaram a consolidar Hollywood na década de 1970, como Martin Scorsese e Steven Spielberg. Nesse sentido, Francis Ford Coppola se juntou a eles e manifestou seus sonhos com relação à sociedade e a Arte em Megalópolis.Continue lendo “Em Megalópolis, Coppola nos permite sonhar com outro Cinema”
Lançada em Maio de 2024, a série Matéria Escura presenteia o público com uma mistura de ciência e filosofia, com esplêndida atuação da atriz brasileira Alice Braga (Foto: Apple TV+)
Laura Lopes
Escrita e produzida por Blake Crouch, a produção de Matéria Escurafoi baseada no livro homônimo escrito pelo mesmo autor norte-americano. A trama de ficção científica, lançada pela Apple TV+ em Maio de 2024, traz consigo elementos primordiais da filosofia ocidental, como a discussão proposta pelo existencialista francês Jean Paul-Sartre (1905 – 1980) e, principalmente, pela teoria do pessimista alemão Arthur Schopenhauer (1788 – 1860). Enquanto o primeiro se debruça sobre o fato de a liberdade humana ser angustiante; o segundo, em sua ilustre obra literária O Mundo como Vontade e Representação (1818), estuda, a grosso modo, como o ser humano sempre deseja aquilo que não tem. Dark Matter (no original) é uma mistura de tudo isso.
Em 2022, o filme entrou no top 10 dos mais assistidos na Netflix no Brasil (Foto: Ghost House Pictures)
Davi Marcelgo
Desde Sally (Marilyn Burns) de O Massacre da Serra Elétrica (1974) até Grace (Samara Weaving) de Casamento Sangrento (2019), a final girl é praxe no Terror, principalmente no slasher. É ela quem vence o assassino, sobrevive e, de quebra, aparece nas continuações. Mas para Christine Brown (Alison Lohman), do grotesco Arraste-Me para o Inferno (2009), já faz 15 anos que ela está perpetuada nos confins da Terra. O aniversariante que não é um filme de mascarados empunhando facas, sem dúvidas garante uma curiosa discussão sobre mulheres no gênero.
Para Sabrina Carpenter, se uma experiência é engraçada o suficiente para fazê-la rir, então, também merece uma música (Foto: Island Records)
Arthur Caires
O início da nova era de Sabrina Carpenter começou muito antes do lançamento de Espresso. A reação positiva em cadeia se iniciou no lançamento de seu quinto álbum, emails i can’t send (2022), que possui em sua tracklist a faixa Nonsensecom seu outro engraçadinho: “Acordei esta manhã pensei em escrever um hit pop/Com que rapidez você consegue tirar a roupa?”. No entanto, a piada não é nada em comparação com o que viria em seguida nos shows da cantora, que criou uma tradição de sempre mudar a letra final de acordo com o local da apresentação.
No ato de abertura da The Eras Tour de Taylor Swift, em Novembro de 2023, no Brasil, a cantora cantou: “Garoto, venha aqui, isso não é um teste/Ele disse ‘Fique por cima’, eu disse ‘Eu vou’/Aí ele me fez gozar no Brasil”. Assim, a construção dessa identidade ‘safadinha’ culminou no lançamento de seu sexto álbum de estúdio, Short n’ Sweet. O título, “Pequeno e Doce” (em tradução livre), além de poder ser uma descrição da própria cantora, reflete sobre os relacionamentos curtos, porém, intensos, que ela vivenciou.
Com mais de 1100 episódios, o anime comemora 25 anos em Outubro de 2024 (Foto: Toei Animation)
Nathan Sampaio
Um dos gêneros literários mais antigos existentes é a epopeia. Caracterizada por ser um poema longo que utiliza aspectos narrativos, ela narra feitos heroicos, passagens gloriosas e apresenta personagens icônicos, e pode ser considerada um registro histórico de sua época. Embora pesquisadores apontem que esse estilo de narrativa está extinto desde o século XVIII, sua influência em obras modernas ainda pode ser observada. Em 2024, comemora-se os 25 anos de uma das animações influenciadas pelo gênero: o anime One Piece.
A Fotografia do longa, por Jomo Fray, foi premiada no Black Reel Awards, cerimônia de reconhecimento de excelência de afro-americanos (Foto: A24)
Henrique Marinhos
Em meio à poeira e quietude do Mississippi, Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal (All Dirt Roads Taste of Salt, no original)desenha uma narrativa lírica e contemplativa sobre amadurecimento. Dirigido por Raven Jackson e produzido pela A24, o filme é uma coleção de memórias e silêncios que moldam a história de Mackenzie, interpretada por Mylee Shannon, Kaylee Nicole Johnson, Charleen McClure e Zainab Jah, cada uma em diferentes fases da vida.Continue lendo “No sopro da vida, descobrimos que Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal”
O evento aconteceu entre os dias 17 e 30 de Outubro, com direito a exibição de Ainda Estou Aqui (2024)
A abertura oficial do festival contou com a exibição do longa-metragem Maria Callas, dirigido por Pablo Larraín e protagonizado por Angelina Jolie (Foto: Mostra SP)
Henrique Marinhos
A Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, dirigida por Renata Almeida, é um dos maiores e mais prestigiados eventos do calendário cinematográfico nacional. Neste ano, a 48ª edição do festival aconteceu de 17 a 30 de outubro, e celebrou a Sétima Arte em toda a sua diversidade. Desde a 44ª Mostra, o Persona tem o privilégio de acompanhar e cobrir essa jornada.
É tempo de aproveitar o hype de Alien: Romulus e revisitar essa experiência inesquecível (Foto: SEGA)
Iris Italo Marquezini
Quando Alien: O Oitavo Passageiro estreou nos cinemas em 1979, a audiência foi surpreendida com uma explosão vinda do peito de um homem. De dentro dele, uma nova criatura surgia repleta de sangue e ansiando, sedenta, por muito mais. Anos depois, sequências bem diferentes do filme original foram lançadas para expandir a história da protagonista Ellen Ripley, incluindo o também clássico dirigido por James Cameron, Aliens (1986). Durante muitos anos, os fãs mais assíduos do primeiro longa, dirigido por Ridley Scott, ficaram órfãos de obras que tivessem uma ambientação claustrofóbica e aterrorizante à altura. Alien: Isolation, jogo diretamente inspirado pelo pioneiro, foge desse cenário ao passo que é exatamente a experiência que os fãs tanto queriam de volta.
O filme polonês foi selecionado para a seção Novos Diretores da 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo (Foto: Loco Films)
Nathalia Tetzner
Mais do que uma cinebiografia, Sob o Céu Cinzento é um retrato fiel dos maiores obstáculos do exercício do jornalismo: a censura e opressão de governos autoritários. Não importa o país ou a cultura, em algum momento da história, todas as diferentes sociedades do mundo conviveram com a repressão sobre a imprensa. No caso do longa-metragem, acompanhamos a trajetória de uma jornalista bielorussa em busca de liberdade.