Robôs gigantes salvaram o Cinema com o poder da amizade em Círculo de Fogo

Imagem de divulgação do filme “Círculo de Fogo” (2013). Em um mar turbulento e céu fechado, quatro robôs gigantes se preparam para lutar. A câmera está inclinada para cima, mostrando a grandiosidade das máquinas. no canto inferior esquerdo há um navio tentando escapar das ondas geradas pelos robôs. Mais à esquerda está o Jaeger de três braços “Crimson Typhoon”, distante porém correndo em direção à câmera. Sua lataria é vermelha e ele possui um único olho brilhante. Ao centro e mais a frente está “Gypsy Danger”, com armadura azulada e um centro de energia que brilha vermelho em seu peito. Dois helicópteros a rodeiam. À direita de Gypsy está “Eureka Striker”, com os braços robóticos armados com duas gigantes facas de duas lâminas e lataria prata metálica. Por fim, mais distante à direita está “Cherno Alpha”, de cor verde e cabeça semelhante a uma torre.
“A sorte favorece os corajosos, cara” (Foto: Warner Bros. Pictures)

Larissa Mateus

Sempre pensávamos que vida alienígena viria das estrelas, mas veio das profundezas do mar“, explica o protagonista Rayleigh nos primeiros segundos do filme sobre a reviravolta que seu mundo sofreu, cuja consequência foi uma guerra contra seres de fora do planeta que durou mais de dez anos. Círculo de Fogo (2013) constrói um plano de fundo que se leva extremamente a sério, mas lava seus elementos realistas com as verdades de sua narrativa: a pura nostalgia e a total admiração por robôs gigantes batendo em alienígenas ainda maiores. 

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Há 10 anos, Questão de Tempo redefiniu os rumos de uma comédia romântica através de viagens no tempo

Cena do filme questão de tempo. Na imagem está o ator Domhall Gleeson, um homem jovem, magro e de pele branca com cabelos ruivos sentado em uma mesa com um olhar de desespero. Logo atrás dele, está um casal se beijando. Um homem alto, branco de cabelos pretos e uma mulher baixa de cabelos castanhos na altura do ombro, ambos estão com casacos verdes em uma cafeteria.
Richard Curtis é o roteirista de comédias românticas famosas como Quatro Casamentos e um Funeral (1994), Um Lugar Chamado Notting Hill (1999) e Simplesmente Amor (2003) [Foto: Universal Pictures]
Henrique Marinhos

Lançado em 2013, Questão de Tempo foi um experimento muito bem-vindo. Dirigida e roteirizada por Richard Curtis, a comédia romântica, que completa uma década em 2023, explora as possibilidades e os limites das viagens no tempo, tanto como um recurso narrativo quanto uma metáfora para as escolhas e os arrependimentos da vida. O maior acerto do clássico moderno e despretensioso é não se preocupar em explicar mirabolantemente as ciências da viagem no tempo, mas usar seu espaço para relacionar a temporalidade – que quase se personifica – aos afetos dos personagens e suas relações com o mundo.

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10 anos de O Lobo de Wall Street: eis que a caça vira o caçador

Cena do filme O Lobo de Wall Street. Na imagem, Leonardo DiCaprio interpreta Jordan Belfort em um iate. Ele, um homem branco de cabelos escuros e olhos claros, veste uma camisa polo branca e calça bege com cinto preto. Em uma de suas mãos, Belfort carrega uma taça e, na outra, ostenta um relógio. A câmera o captura a partir do joelho, com o enquadramento também mostrando a bandeira dos Estados Unidos e um grande edifício ao fundo.]
The Wolf of Wall Street arrecadou mais de 400 milhões de dólares em bilheteria (Foto: Paramount Pictures)

Nathalia Tetzner

Poucos diretores sabem explorar o lado mau dos homens como Martin Scorsese e, no campo dos atores, são raros aqueles que, à la Leonardo DiCaprio, sabem se despir para viver na pele uma figura ‘8 ou 80’. Na floresta do capitalismo selvagem, O Lobo de Wall Street surge, em 2013, sem escrúpulos ou moralismo para retratar a trajetória de Jordan Belfort pelos edifícios carnívoros do distrito financeiro mais cobiçado do mundo.

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10 anos de Frozen – Uma Aventura Congelante tem muito a nos dizer sobre amores e medos

A imagem apresenta um céu noturno e um pequeno fragmento de uma montanha nevada ao fundo. Ao centro, há a personagem Elsa, uma mulher branca, magra de cabelos loiros quase brancos presos em um coque baixo com uma pequena coroa no alto da cabeça, ela tem grandes olhos azuis e usa um vestido azul com mangas pretas e uma capa roxa. A personagem é mostrada da cintura para cima, com o corpo levemente inclinado para a esquerda da imagem, e seu rosto está de perfil virado para o mesmo lado, ela olha para a mão direita, que está na altura de seus ombros e lança para cima uma pequena nevasca com floquinhos de neve, o braço esquerdo da personagem está esticado ao lado do corpo. A personagem está cantando e expressa felicidade.
O amor é uma força poderosa e estranha (Foto: Disney)

Júlia Caroline Fonte

Há 10 anos chegava aos cinemas a animação que abalaria as histórias de princesas da Disney. Ao encantar tanto crianças quanto uma grande parcela do público adulto, Frozen – Uma Aventura Congelante (2013) surpreendeu os amantes dos estúdios com uma narrativa muito diferente daquelas que estávamos acostumados para suas personagens. Apesar de contar com um visual deslumbrante, o filme se destaca por abordar aspectos mais profundos de suas protagonistas mulheres e por discutir novas perspectivas sobre o amor, indo contra o felizes para sempre clássico.

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10 anos do Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui

Capa do álbum O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui. Na imagem, Emicida está em destaque, centralizado, com o enquadramento da foto cortando seu rosto do nariz para cima, e da cintura para baixo.Ele usa um terno na cor cinza claro e segura nas mãos um microfone de modelo clássico. O fundo da imagem é bege. No canto superior esquerdo, está escrito em letras pequenas “Emicida”, na mesma cor do fundo, e ao lado direito do Emicida, mais ao centro, está escrito em letras pretas “O Glorioso Retorno De Quem Nunca Esteve Aqui”.
O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui foi o primeiro disco de estúdio de Emicida (Foto: Laboratório Fantasma Produções)

Tharek Alves

Em 2013, com duas mixtapes e dois EPs lançados, Emicida já tinha grande impacto dentro do cenário do rap e era reconhecido como um grande músico e compositor. Contudo, foi apenas com o lançamento de seu primeiro álbum de estúdio que ele atingiu o público geral e consagrou seu nome dentro da música nacional. Após dois anos sem lançar novas composições, O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui foi uma volta do cantor para os fãs e, ao mesmo tempo, uma estreia para aqueles que ainda não conheciam suas obras.

Lançado em 21 de Agosto daquele ano, Emicida buscou no álbum a inovação, para evitar a mesmice e a repetição daquilo que já havia lançado. O rapper conseguiu isso através da mistura do rap com outros estilos musicais, como samba, rock e funk. Com letras pesadas e impactantes como Bang!, que relata as dificuldades de não se desviar de seu caminho e o racismo escancarado de nossa sociedade, e faixas suaves e românticas como a declaração de amor que é Alma Gêmea, o debute do artista veio para alcançar variados públicos e mostrar sua versatilidade musical. 

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10 anos depois, Because The Internet ainda ecoa no cenário do hip-hop

Capa do álbum “Because The Internet” de Childish Gambino. A capa é uma fotografia do cantor. É um homem negro, de olhos escuros, e veste uma camisa em tons de rosa e laranja e coqueiros verdes. Ele está encarando a câmera, com uma feição séria. O fundo da foto é rosa, do lado direito, e laranja, do lado esquerdo.
Childish Gambino foi uma das inspirações para a criação de Miles Morales, o Homem-Aranha (Foto: Glassnote Records)

Amábile Zioli

O mix de gêneros, ritmos e estilos pode ser uma ferramenta muito utilizada no meio musical. Encontrar o equilíbrio e não pender para o exagero, no entanto, é uma tarefa que poucos conseguem alcançar. Em 2013, Donald Glover, sob o pseudônimo de Childish Gambino, lançava seu segundo álbum de estúdio, Because the Internet, e mostrava ao mundo que entendia de tudo um pouco.

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10 anos de The Office: o adeus à filial de Scranton

Cena da série The Office. Na imagem, a personagem Pam, uma mulher branca e loira, está pendurando um quadro, com moldura preta, de um desenho do prédio da empresa em que trabalha. A sua esquerda, outros funcionários estão se direcionando à saída. Vemos as costas de um homem branco calvo e, atrás dele, um homem branco com cabelos castanhos e uma mulher branca e loira, menor que ele, abraçados de lado enquanto se olham.
“No fundo, todos nós gostaríamos que houvesse uma maneira de saber que estamos vivendo os bons e velhos tempos antes da gente ter que deixá-los”. (Foto: NBC)

Agata Bueno

Nove gerentes regionais, três casamentos, seis festas de Halloween, sete festas de Natal, duas edições do Dundies, um atropelamento, um filme e um documentário.  A adaptação estadunidense da série de Ricky Gervais e Stephen Merchant reproduziu a rotina de uma empresa de papel no interior da Pensilvânia entre Março de 2005 e Maio de 2013.  Em meio às inúmeras ameaças de fechamento, as nove temporadas de The Office mostraram o dia a dia das pessoas que se encontram das 9h às 17h na Dunder Mifflin. Ou melhor, de uma família que se formou diante das câmeras no decorrer dos 201 episódios e acumulou uma audiência que se tornou mais do que clientes interessados em papel.

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Mesmo que se passem 10 anos, sempre haverá um pedaço dEla em você

Cena do filme Ela. Ao fundo da imagem existem prédios com janelas e algumas luzes acesas, está de noite. No canto direito, tem uma mulher com vestido preto e sapatilha preta, com um cone laranja de trânsito na cabeça. Em sua frente tem um homem de roupa social marrom, com calça preta e sapato preto, também está com um cone laranja de trânsito na cabeça. Ambos estão no meio de uma rua vazia.
“Ás vezes eu olho para as pessoas e tento senti-las […], imagino o quão profundamente elas se apaixonaram ou por quanto sofrimento elas passaram” (Foto: Annapurna Pictures)
Leticia Stradiotto

Estamos cansados de saber sobre o avanço da influência artificial e seus impactos na realidade cotidiana – não soa incomum se apaixonar por alguém que conhecemos através de uma tela virtual. Por mais que pareça a um primeiro olhar, o filme Ela não foca na evolução tecnológica e seus efeitos nas interações humanas. De fato, o diretor Spike Jonze deu vida a um romance entre humanos e máquinas, mas ao finalizar a experiência da obra, é possível notar que esse não é o seu tema principal. Her (no original) nada mais é do que um retrato subjetivo da solidão, sentimento esse compartilhado por todo e qualquer ser humano.

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10 anos atrás, PRISM refratou todas as cores de Katy Perry

Capa do álbum PRISM da cantora Katy Perry. Na arte da capa, a imagem da cantora está centralizada a partir do busto. Uma borda estilizada apresenta uma paleta de tons suaves com flores nas cores laranja e amarelo. Perry é uma mulher branca de cabelos escuros e olhos claros. Ela está em um campo de girassol. No topo da arte da capa, o nome “Katy Perry” aparece em letras garrafais. Já na parte inferior, o título do disco “PRISM” está escrito da mesma forma.
PRISM debutou no topo da Billboard Hot 200 em 2013 (Foto: Ryan McGinley)

Nathalia Tetzner

Segundo a ciência, o arco-íris é explicado pela refração, dispersão e reflexão da luz solar por gotículas de água presentes na atmosfera. Já para os supersticiosos, o arco luminoso pode significar prosperidade e abundância, tal qual a história clássica do duende e o pote de ouro. Porém, nos versos de Katy Perry, a magia está no Double Rainbow, algo que você somente seria capaz de testemunhar uma vez na vida. 

Mas, afinal, se a misticidade determina que a duplicidade do fenômeno físico pode ocorrer uma única vez ao longo da trajetória de uma pessoa, quantas vezes é possível se alcançar o topo do mundo? Contrariando as estatísticas de discos que são amaldiçoados pelo sucesso estrondoso do anterior, PRISM (2013) refratou todas as cores de Perry ao colocá-la no caminho certo para encontrar a recompensa dourada novamente em sua carreira.

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Há 10 anos, Lorde lançava o fermento de uma geração: Pure Heroine

Capa do álbum Pure Heroine. O fundo é totalmente preto. Na parte superior central, está escrito “Lorde” em letras maiúsculas e na cor prata. Logo abaixo, está escrito “Pure Heroine” em letras maiúsculas e na cor prata.
Lorde não era hipertensa para ficar aguentando músicas sem sal, então decidiu criar sua própria receita com Pure Heroine (Foto: Universal Music)

Ana Cegatti

Uma parede clara e uma camisa branca são componentes clássicos de vídeos gravados por subcelebridades que tentam se desculpar por algum erro. No entanto, a neozelandesa Ella Marija não usou tais componentes no clipe de Royals para limpar alguma defecação, mas para jogá-la no ventilador. Há uma década, as rádios anunciavam a transformação de Ella em Lorde e ecoavam melodias que fizeram da onda alternativa da época um tsunami. Naquele momento, a indústria musical precisava fazer uma escolha: se afogar ou aprender a surfar. Lançado pela Universal Music e produzido por Joel Little, Pure Heroine é um álbum que nunca precisou pedir desculpas, já que Lorde jamais sentiria remorso por um erro tão ingênuo: amar demais. 

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