O título do álbum é uma referência ao ano em que a cantora nasceu (Foto: Big Machine Records)
Marcela Jardim
Blank Space, Shake It Off e Bad Blood são apenas alguns hits de uma das eras mais icônicas da ‘loirinha’. Os clipes, a estética e as músicas do 1989 marcaram a transição de Taylor Swift do country para o pop, que mergulhou de cabeça nesse novo gênero – o que deu muito certo. Red (2012), o antecessor do álbum, já havia mostrado sinais de uma mudança estilística, mas 1989 foi a confirmação dessa transformação, apresentando um som claramente mais synth-pop e inspirado pela década de 1980.
Batman (1989) lucrou antes mesmo da estreia de seu filme, graças a campanha de marketing (Foto: Warner Bros. Pictures)
Rafael Gomes
Ao estrear em 23 de Junho de 1989, Batman surpreendeu ao apresentar uma história de super-herói sombria, diferente do que estava na mente do grande público após o filme Superman(1978) se tornar um marco cultural na época, com um marketing que se tornou modelo para a indústria cinematográfica. Por meio de estratégias como parcerias de merchandising, produtos licenciados e eventos especiais, o filme garantiu que ele estivesse em todos os aspectos da cultura pop – tornando a ‘batmania’ real. Dessa forma, o longa foi um sucesso e, posteriormente, sendo vendido pelo estúdio como o filme da década para o home video.
Após seu sucesso comercial, a franquia teve sua continuação em Batman: O Retorno (1992). Tim Burton teve carta branca do estúdio e pode fazer um Batman mais sombrio e torturado, tornando a sequência um filme mais coeso e impactante. A produção não foi tão rentável, fazendo com que Burton fosse substituído por Joel Schumacher nas duas próximas continuações, Batman Eternamente (1995) e Batman e Robin (1997). O novo diretor fez a franquia obter uma visão mais lucrativa com foco infantil, destruindo a essência do personagem, além da estratégia não ter sido bem sucedida. O herói só foi se recuperar da imagem negativa deixada pelos dois últimos filmes com a franquia Cavaleiro das Trevas (2005-2012), dirigida por Christopher Nolan.
Harry e Sally: Feitos um para o Outro foi o filme que moldou a fórmula de sucesso das comédias românticas das décadas de 1990 e 2000 (Foto: Columbia Pictures)
Rafael Gomes
Harry e Sally: Feitos Um para o Outro estreou em Julho de 1989 mundialmente. No Brasil, o filme demorou mais alguns meses para ser lançado, em Dezembro de 1989. O longa abriu as portas para a Comédia romântica em Hollywood na década de 1990, voltando a cativar o grande público através de títulos de enorme sucesso como: Sintonia de Amor, Quatro Casamentos e Um Funeral, Um lugar chamado Notting Hill e O Casamento do Meu Melhor Amigo. Na contramão do gênero, Harry e Sally mostra que o amor de verdade é sempre imperfeito, sendo necessário uma boa dose de tolerância para encontrar o par ideal.
“As melhores pessoas na vida são livres” (Foto: Beth Garrabrant/Republic Records)
Guilherme Barbosa
Não é por acaso que Taylor Swift é considerada a indústria da Música. A cantora, que acumula mais de 100 milhões de ouvintes mensais no Spotify, lançou em Outubro de 2023 a regravação de uma de suas maiores obras musicais, o álbum 1989 – agora intitulado 1989 (Taylor’s Version). Após o anúncio da remasterização de seus seis primeiros discos, a intérprete tem se mostrado muito engajada em apresentar ao público novas versões que se mostrem atuais, mas ao mesmo tempo, preservem sua essência original.
Na capa de Speak Now (Taylor Version), a artista tentou recriar a da versão original, mas dessa vez virada para o lado contrário e em tons mais escuros, indicando uma visão mais amadurecida das canções (Foto: Beth Garrabrant)
Arthur Caires
Após muitas especulações de qual seria a próxima regravação de Taylor Swift – como easter eggs em merchs indicando 1989 e Speak Now, referências no clipe de Bejeweled do álbum Midnights, e a presença de nada mais nada menos que Enchanted na setlist da The Eras Tour – Speak Now (Taylor’s Version) finalmente está entre nós. Originalmente lançado em 2010, a regravação do terceiro disco de estúdio de Swift foi anunciado em um grande telão de seu show em Nashville, e chegou para reafirmar o desejo da artista de recuperar os direitos de seus seis primeiros trabalhos, ao mesmo tempo que presenteia nostalgia para os fãs.
O longa amplia a relação de Ariel com a sua liberdade, conceito até então desconhecido pela protagonista (Foto: Disney)
Guilherme Machado Leal
Em 2019, foi anunciado o elenco do live-action de A Pequena Sereia, tendo a atriz Halle Bailey como a protagonista Ariel, o que incomodou diversos fãs da animação original. Possíveis argumentos que poderiam ser levantados – mesmo sem um material promocional da obra sequer ter sido divulgado até aquele momento – deram lugar a uma enxurrada de comentários racistas pela internet. A cantora, da dupla Chloe x Halle, sofreu ataques desumanos devido a sua cor de pele: o primeiro teaser do filme foi bombardeado por um alto número de dislikes, o que mostra uma certa resistência – no caso, puramente racismo – do público para sua versão da Ariel. Agora, após a estreia, finalmente podemos avaliar de uma forma justa: Bailey fez jus à icônica sereia conhecida em 1989?
Raul Seixas e sua barba costumeira, que virou um dos símbolos do cantor (Foto: Raul Seixas)
Caroline Campos
No dia 21 de agosto de 1989, sozinho em seu apartamento na cidade de São Paulo, Raul Seixas – para muitos, o pai do rock nacional – encontrou a morte, surda, que caminhava ao seu lado. Após 44 anos de uma vida de excessos, loucuras, esoterismo e rebeldia, o rockeiro baiano foi vítima de uma pancreatite aguda fulminante resultada do alcoolismo, que era agravado pelo fato de Raul ser diabético e não ter tomado sua insulina na noite anterior. Passados 30 anos deste baque na música brasileira, o “raulseixismo” ainda é uma filosofia de vida para sua legião de fãs, e os gritos de “Toca Raul!”, uma pedida clássica em bares e shows.