Inventando Anna é tão inacreditável que parece completamente ficcional

Cena da série Inventando Anna. Na cena, há 4 mulheres uma ao lado da outra em uma rua movimentada de Nova Iorque. A primeira, no canto direito, é uma mulher negra de cabelos castanhos que veste calça marrom, blusa preta sobreposta por um sobretudo preto e bolsa bege com alça preta e vermelha. Ao seu lado, há uma mulher branca com vestido preto e sobretudo cinza, olhando com expressão admirada para o alto. A terceira mulher é branca com cabelos castanhos claros, ela veste um sobretudo preto com estampas floridas em vermelho e segura uma bolsa preta. A quarta mulher, no canto esquerdo, é negra, possui cabelos pretos cacheados e olha para o alto com um sorriso, enquanto veste uma saia bege, uma blusa laranja com estampas pretas e um sobretudo preto.
Em múltiplas camadas, o quarteto liderado por Anna Delvey entregou diversos momentos catárticos durante a trama (Foto: Netflix)

Felipe Nunes

Como uma jovem golpista adentra os eventos e círculos sociais da mais alta elite nova-iorquina sem ter um sobrenome conhecido e nem mesmo um dólar no bolso? E como ela ainda consegue desembolsar empréstimos com quantias inimagináveis das instituições bancárias mais conservadoras dos Estados Unidos? São as respostas dessas indagações que a produção Inventando Anna traz. E embora pareçam casos irreais, essas situações estão longe de serem apenas um enredo ficcional. Esses acontecimentos realmente ocorreram e serviram como base para a minissérie jornalística, que traz situações tão surpreendentes que, de fato, parecem inventadas.

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Cineclube Persona – Maio de 2022

Arte retangular de fundo na cor laranja. Ao lado direito da imagem, foi adicionada uma televisão antiga de tubo, com a divisão de quatro telas, uma mostrando um homem e uma mulher se olhando; ao lado uma menina branca de cabelos ruivos vista de cima utilizando headphones; abaixo dois esquilos, um em ilustração 2d e o outro em modelagem 3d, e ao lado uma mulher branca de cabelos castanhos compridos olhando para a esquerda. Ao lado da televisão está escrito Cineclube com letras brancas preenchidas e abaixo Persona, com letras brancas vazadas. Ao centro está o logo do persona, um olho com a íris na mesma cor do fundo, e logo abaixo em letras pretas está escrito maio de dois mil e vinte e dois.
Destaques de Maio de 2022: Love, Death + Robots; a 4ª temporada de Stranger Things; o final de This Is Us e Tico e Teco: Defensores da Lei (Foto: Reprodução/Arte: Vitória Vulcano)

Da viagem do Doutor Estranho pelo Multiverso da Loucura ao experimentalismo da 3ª temporada de Atlanta, passando pelo faroeste de Outer Range e o épico viking de Robert Eggers em O Homem do Norte, Maio foi um verdadeiro presente para aqueles que procuram um bom entretenimento. No mês que sediou um dos maiores festivais de Cinema do mundo, o Cineclube de Maio veio para, mais uma vez, mostrar o que rolou na Sétima Arte e nas telinhas da TV. 

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As verdades oblíquas de Dickinson

Cena da série Dickinson. Emily (Hailee Steinfeld) está sentada em sua escrivaninha, de frente para uma janela no centro da imagem. É dia, e uma cortina transparente cobre a janela. Emily se vira para a esquerda para observar alguma coisa, preocupada. Ela é uma mulher jovem, caucasiana e magra, de cabelos castanhos-escuros longos amarrados num coque. Ela usa um longo vestido azul marinho de mangas longas. Do seu lado esquerdo, vemos a ponta de um guarda roupa de madeira com alguns livros empilhados no topo e vários outros espalhados ao chão, apoiados num caixote. Ao seu lado direito, mais livros espalhados no chão e outros guardados numa pequena estante que vai até a altura da cintura e outra, acima dela, fixada na parede. Em uma pequena mesa ao seu lado, vemos dois livros maiores apoiados. No canto inferior direito, folhas verdes de uma planta aparecem. O papel de parede do quarto é coberto de flores e folhas sob um fundo bege.
“Conta toda a verdade, mas de viés —/O melhor caminho é o Círculo/Nosso frágil Prazer se ofusca/Se a Verdade vêm de súbito” (DICKINSON, 1872, p. 327)² [Foto: Apple TV+]
Gabriel Oliveira F. Arruda

O que esperamos de histórias biográficas? Quando olhamos para o passado e para as pessoas que viveram nele, buscamos nos identificar com elas? Ou apenas recontextualizar suas vidas e seus modos para inferir sobre nossa própria contemporaneidade? Buscamos fundo em seus registros para demarcar a fidelidade com nossa atual realidade ou apenas nos contentamos em preencher as lacunas de suas vidas para servir às histórias que desejamos contar, usando suas carcaças como figurinos e suas faces como máscaras?

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Senti na pele aquele brilho tocar e pelo Cavaleiro da Lua fui me apaixonar

Imagem retangular do personagem Cavaleiro da Lua. Ele veste um traje cinza com gorro e capa, que imita mumificação. O rosto está coberto e os olhos são brancos. No peito, está um círculo dourado com escrita hieroglífica. Nos pulsos, há duas pulseiras grandes e douradas. Ele segura dois discos de metal no formato de luas crescentes.
Cavaleiro da Lua estreou com a segunda maior audiência do Disney+, perdendo apenas para Loki (Foto: Disney)

Júlia Paes de Arruda

Ainda que as expectativas fossem altas, Cavaleiro da Lua não parecia ser algo próspero no primeiro momento. Comparado a outras obras do catálogo, a mais recente série do Disney+ seria mais uma com pouco potencial atrativo ao olhar – especialmente por ser a primeira produção da Marvel depois do épico Homem-Aranha: Sem Volta para Casa. Entretanto, figurinos belíssimos, atuações incríveis e cenários mágicos propiciaram que o roteiro de Jeremy Slater se tornasse uma das obras mais fascinantes do estúdio.

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A Lenda de Vox Machina e a vingança que se come fria

Cena da primeira temporada de A Lenda de Vox Machina. Da esquerda para a direita, Percival de Rolo, um jovem branco com olhos esverdeados e cabelo platinado, vestindo um sobretudo e uma calça preta e utilizando óculos, ele segura uma pistola apontada para cima. Pike Trickfoot, gnomo de cabelo platinado, vestindo uma banda azul no pescoço e uma roupa de batalha em tons de branco e cinza, com detalhes dourados. Grog Strongjaw, golias de pele azulada, vestindo um calça-saia de pelagem marrom, além de segurar um machado duplo em suas mãos. Scanlan Shorthalt, gnomo de pele morena e cabelos castanhos, vestindo uma blusa roxa e uma calça marrom, além de segurar um violão em suas mãos. Keyleth, personagem meio-elfa com olhos esverdeados, sardas e cabelo ruivo. Ela está vestindo um vestido em tons de verde, luvas marrons e uma coroa de chifres. Vax’ildan Vessar, personagem meio elfo, branco e de cabelos castanhos. Ele está usando um casaco, calça e uma capa com pelagens em tons de marrom. Vex’ahlia Vessar, personagem meio elfa, branca e de cabelos castanhos, vestindo um vestido azul claro com detalhes em azul escuro e pelagens brancas, além de luvas pretas com detalhes marrons e uma pena azul na cabeça, ela também está segurando um arco e flecha. Atrás dos personagens tem um pôr do sol em tons de rosa, laranja e roxo.
Logo que foi lançada, The Legend of Vox Machina alcançou 100% de aprovação da crítica especializada no Rotten Tomatoes (Foto: Amazon Prime Video)

Ludmila Henrique

O que faz um evento de RPG de mesa ser tão importante nos dias de hoje? Seria a lembrança dos contos de fadas de quando éramos crianças, as histórias criadas e os desafios presentes nos jogos, ou talvez, seja apenas o prazer de passar aquele momento com seu grupo de amigos e aproveitar o máximo daquele tempo? Independente da sua motivação para participar das partidas, A Lenda de Vox Machina (The Legend of Vox Machina), nova animação do Amazon Prime Video, compõe toda magia e reviravoltas existentes nos jogos de tabuleiros.

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Cineclube Persona – Abril de 2022

Arte retangular de fundo na cor marrom. Ao lado direito da imagem, foi adicionada uma televisão antiga de tubo, com a divisão de quatro telas: a primeira delas mostra um casal deitado em uma toalha na praia, a segunda mostra um homem segurando o rosto de uma mulher e a olhando fixamente, a terceira mostra dois homens negros parados lado a lado, espantados, e a quarta mostra uma mulher posando antes de começar a desfilar. Ao lado da televisão está escrito Cineclube com letras brancas preenchidas e abaixo Persona, com letras brancas vazadas. Ao centro está o logo do persona, um olho com a íris na mesma cor do fundo, e logo abaixo em letras pretas está escrito abril de dois mil e vinte e dois.
Destaques de Abril de 2022: Heartstopper, o fim de Ozark, Medida Provisória e a 14ª temporada de RuPaul’s Drag Race (Foto: Reprodução/Arte: Ana Júlia Trevisan)

Se o mês passado esquentou as telonas com a versão em couro e tesão do Batman de Robert Pattinson, Abril foi marcado pelo verdadeiro estopim de múltiplos lançamentos imperdíveis. Mas, antes de destrinchar o amor perfeito de Heartstopper, as tragédias de Ozark, a potência de Medida Provisória e a resiliência de RuPaul’s Drag Race, é hora de nos despedirmos do Blue Sky Studios, propriedade adquirida pela Disney no ano passado e agora oficialmente extinto. Responsável por sucessos que iam de Rio à Era do Gelo, os animadores da empresa atingiram a jugular do público quando, no tchau, recompensaram o esquilo Scrat com a sonhada noz que movimentou uma saga de filmes jurássicos e gélidos. 

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Chucky: sátira à sociedade americana e exaltação do terror queer dominam

Cena da série Chucky. Na imagem há um garoto, Jake, vestido com uma moletom em tom de preto manchado com branco, vestindo uma jaqueta de moletom acinzentada por cima. Em suas costas ele carrega uma mochila preta e atrás dele há a imagem de um corredor desfocado com um garoto branco, loiro, vestindo azul ao seu canto direito. Jake tem uma expressão triste. Ele é um adolescente branco, de cabelos encaracolados e médios. Ele carrega consigo um boneco de cabelos ruivos, olhos azuis, que veste uma blusa listrada em tons de vermelho e azul e veste um macacão jeans, o brinquedo Chucky.
O boneco que foi o pesadelo de uma geração volta em sua melhor versão na série presente no catálogo do Syfy (Foto: Syfy)

Ma Ferreira

Em 1988, surgia um novo ícone do Cinema de Terror, uma figura dócil, mas, ao mesmo tempo, demoníaca: Chucky, o brinquedo assassino. Aterrorizando sonhos de muitas crianças dos anos 1990, o boneco entrou para o rol dos psicopatas da cultura pop e ganhou uma franquia de oito longas, um curta-metragem e, atualmente, uma série, que já está renovada e sua segunda temporada sai este ano. A história original de Don Mancini foi ressuscitada e aprofundada no seriado Chucky, voltando às origens do assassino Charles Lee Ray, mostrando sua trajetória até o que se tornou e seus atuais planos.

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A segunda temporada de Aruanas pergunta: quem se beneficia com a devastação?

A foto mostra um grande cartaz amarelo pendurado na cobertura de um estádio de futebol, mais precisamente, na Arena Allianz Parque. A foto foi tirada de uma perspectiva da arquibancada (de um ângulo inferior em direção ao cartaz). Neste cartaz está estampada a frase em letras garrafais: “Energia limpa, um trilhão de motivos para lutar #PetroCrime”.
Como toda boa obra de ficção, Aruanas alerta para uma discussão real e emergencial acerca da exploração insustentável dos recursos naturais (Foto: Globoplay)

Gabriel Gomes Santana

Como você reagiria se soubesse que a água usada para abastecer sua casa foi contaminada? É a partir desse revoltante cenário, que a segunda temporada de Aruanas traz mais uma denúncia, de um jeito que só a série mais ativista do Globoplay sabe fazer. Nos novos episódios, a ONG unirá forças para impedir a implementação de uma Medida Provisória responsável por isentar os impostos das maiores empresas de petróleo instaladas no Brasil.

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De Volta aos 15 não é só um clichê adolescente

Cena da série De Volta aos 15. Na foto, temos a presença de Camila Queiroz, atriz branca, com cabelos castanhos ondulados, que sorri.Ela veste jaqueta bege. Ao seu lado está Maisa Silva, jovem branca com cabelos castanhos ondulados, que segura um celular com a mão direita, e, com a mão esquerda levanta dois dedos e abaixa os outros três. O fundo da foto é composto por um céu azul e um monumento
Estrelando a nova série da Netflix, Camila Queiroz e Maisa Silva esbanjam sintonia dividindo a interpretação da mesma personagem em fases temporais distintas (Foto: Netflix)

Felipe Nunes

Triângulos amorosos, traições, paixões não correspondidas, festas, pais controladores e jovens que desejam embarcar em suas próprias jornadas de autodescoberta. É a clássica receita de uma boa e trivial série teen que tem como pano de fundo as amizades e os amores vivenciados nos pátios do tão temido Ensino Médio. Em De Volta aos 15, as mesmas situações aparecem. No entanto, a configuração das narrativas escolhidas, e a forma com as quais são trazidas para a trama, mostram que a obra é bem mais que uma simples comédia romântica adolescente da Netflix. 

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Fórmula 1: Dirigir Para Viver terá que acelerar para retornar ao topo

Foto de Max Verstappen e Lewis Hamilton, pilotos de Fórmula 1. Da esquerda para a direita na imagem, Verstappen veste um macacão de cor preta com detalhes em vermelho e Hamilton veste um macacão preto com detalhes em branco. O capacete do piloto da equipe Red Bull é branco com detalhes em vermelho. Já o capacete do piloto da equipe Mercedes é roxo com detalhes em preto e branco
A 4ª temporada de F1: Drive to Survive tinha tudo para dar certo e, ainda assim, deu errado (Foto: Fórmula 1)

Nathalia Tetzner

Dois pilotos competindo no limite da capacidade humana, em uma disputa eletrizante que a Fórmula 1 não proporcionava aos torcedores há anos. O que poderia dar errado na tão esperada 4ª temporada do seu seriado documental na Netflix? Tudo. Fazendo jus ao resultado de 2021 da categoria mais cobiçada do automobilismo, F1: Dirigir Para Viver fornece uma visão arquitetada dos eventos que marcaram o esporte para sempre. Para não colocar a culpa inteira sob a produção, os fãs criaram uma expectativa imensa que, por si só, já seria difícil de alcançar.

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