Não, Dor e Glória (Dolor y Gloria, no original) não é um filme autobiográfico. Seu realizador, o notório Pedro Almodóvar, prefere o termo autoficção. Caminhando em território poético, o cineasta conta uma história íntima sobre amores, perdas e sobre o passado de um diretor de cinema, brilhantemente vivido por Antonio Banderas.
O Coringa é um dos vilões mais importantes das histórias em quadrinhos, o caos e a loucura que envolvem a psique do personagem o tornam curiosamente cativante. Ele foi eternizado por interpretações memoráveis, principalmente a de Heath Ledger que no cultuado “Batman: Cavaleiro das Trevas” (2008), cuja performance pareceu ser o rosto definitivo do palhaço do crime. Coube agora a Joaquin Phoenix deixar sua marca, mas dessa vez o vilão protagoniza um filme solo. Dirigido e co-roteirizado por Todd Phillips, “Coringa” é um profundo estudo de personagem. O filme adentra a insanidade do palhaço na forma de um thriller psicológico, e é mais um que se afasta do falido universo da DC nos cinemas.
Admiro muito os artistas que se propõem a realizar obras autobiográficas, sejam elas na literatura ou no cinema, já que a minha péssima memória não me permitiria escrever algo do tipo. No entanto, me lembro distintamente da primeira vez que ouvi Born to Run, do Bruce Springsteen. Eu devia ter 13 ou 14 anos, e lia Battle Royale, do japonês Koushun Takami, uma obra que faz inúmeras referências a lendária música de Springsteen. Me lembro do impacto que ouvir aquela canção, naquela idade, me causou. A Música da Minha Vida (Blinded by the Light) fala exatamente sobre esse sentimento.
Baseado no livro autobiográfico do jornalista Sarfraz Manzoor, Greetings from Bury Park, é dirigido por Gurinder Chadha (Driblando o Destino), o filme conta a história de Javed Khan (Viveik Kalra). Um jovem paquistanês vivendo nos subúrbios de Luton, Inglaterra, durante os turbulentos anos do governo de Margaret Thatcher, e como a descoberta da música de Springsteen mudou a sua vida e sua percepção do mundo e de sua família.
Depois de um longo hiato de 224 dias (nada de anormal nesse desenho) os fãs de Steven Universo finalmente puderam assistir ao filme em 2 de Setembro de 2019. Nesse dia Rebecca Sugar e sua equipe concretizaram o projeto anunciado na SDCC de 2018. A história do longa se passa dois anos após os eventos de “Change your mind”, último episódio da quinta temporada, Steven agora está com 16 anos.
Polêmico e contundente, o documentário Democracia em Vertigem chegou à sua terra natal pela Netflix no dia 19 de junho, depois de seu aclamado lançamento no Festival de Cinema Sundance de 2019. Mergulhado nas memórias pessoais e no passado político de sua diretora e roteirista, o filme relembra os contextos sociais e políticos em que a figura de Luís Inácio Lula da Silva emergiu, passando pelas eleições ganhas por sua sucessora, Dilma Rousseff, e seu controverso processo de impeachment. O documentário também trata da presidência de Michel Temer, construindo um fio narrativo que busca entender a crise política do país, agravada pelos movimentos de 2013.
Desapego é peça essencial no trabalho de adaptar obras entre mídias. Dois anos depois de fazer barulho com It – A Coisa, Andy Muschietti retorna para seu grand finale. Porém, na ânsia de honrar todos os demônios de Stephen King, It – Capítulo Dois nunca consegue atingir o pico de genialidade que poderia. A sequência do embate entre os Perdedores (agora adultos) e Pennywise (ainda bizarro), embora mais visceral e sanguinolenta que o filme anterior, fecha com um sentimento de carência.
O Cinema sul-coreano fez barulho ao ganhar o prêmio máximo de Cannes alguns meses atrás. Parasita, obra prima do diretor Bong Joon-Ho, quebra a barreira da língua e orquestra um espetáculo de tirar o fôlego. As nuances violentas de uma família pobre e sua simbiose à classe rica são idealizadas num longa que não se cansa de passar a perna em seu espectador.
Depois de meses trilhando festivais e colecionando prêmios pelo mundo, Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles desembarcam no Brasil, país onde nasceu, cresceu e se inspira Bacurau, o mais novo longa-metragem dos recifenses, em parceria com Sônia Braga (Aquarius, 2016) e Emilie Lesclaux na produção. O Persona esteve na cabine e coletiva de imprensa em São Paulo, nessa última terça, 20, e atesta sucesso e expectativa do maior nome do cinema nacional contemporâneo.
Era uma vez um diretor consagrado e com promessa de aposentadoria. Em seu nono filme, esse mesmo diretor decide voltar ao fim da década de 60. O auge do movimento hippie e o declínio da Era de Ouro do cinema norte-americano. Quentin Tarantino não brinca em serviço e chega aqui em seu trabalho mais otimista, quase um sonho distante, de alguém que é apaixonado pela arte que produz.
O ano de 2014 foi o mais aguardado para os fãs de John Green. No dia 5 de junho, foi lançada a adaptação cinematográfica de seu famoso livro, “A Culpa é das Estrelas”. Foi a época em que fomos apresentados para Hazel e Gus da vida real (interpretados por Shailene Woodley e Ansel Elgort), a perfeita junção amorosa dos atores de Divergente.