A segunda temporada de A Vida Sexual das Universitárias canta em notas lascivamente cômicas

Cena da série A Vida Sexual das Universitárias. Na imagem estão Whitney, Leighton, Bela e Kimberly, da esquerda para a direita. Whitney é uma mulher negra de tranças castanhas, ela veste uma camiseta branca e uma jaqueta rosa. Leighton é uma mulher branca de cabelos longos e lisos. Bela é uma mulher indiana de cabelos longos, pretos e lisos, ela veste uma camiseta vermelha com um casaco bege. Kimberly é uma mulher branca de cabelos curtos, lisos e castanhos claros, ela veste uma camiseta listrada com uma jaqueta laranja. Todas fazem cara de surpresa.
Sob as subjetividades de suas protagonistas, A Vida Sexual das Universitárias repousa em um retorno maduro e coerente (Foto: HBO Max)

Jamily Rigonatto 

Quatro meninas de personalidades completamente diferentes em um quarto de universidade e a possibilidade de explorar o que o desejo permitir? Já vimos algo parecido antes, mas a receita de A Vida Sexual das Universitárias tem um tempero a mais. Com dramas sinceros e o sopro da juventude contemporânea, a série original da HBO Max chegou ao seu segundo ano pronta para conquistar os corações e corpos da Essex College.

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A segunda temporada de Drag Race Holland é gloriosa até em suas falhas

Cena de Drag Race Holland, mostra a drag Vanessa Van Cartier com a Coroa e o Cetro nos braços. Ela é uma mulher branca, que usa tinta dourada no couro da cabeça, além de um visual de gladiadora na mesma cor.
Vanessa Van Cartier é a vencedora da segunda temporada de Drag Race Holland (Foto: Videoland)

Vitor Evangelista

RuPaul, por favor, está demais! Sem folga, a máquina Drag Race mastigou e nos entregou mais uma edição de sua infinita coleção de franquias. Dessa vez, é hora de analisar a segunda temporada de Drag Race Holland, uma das primas europeias do show. Setembro de 2021, mês de encerramento desse ciclo, foi histórico para a comunidade trans, que assistiu a duas mulheres serem coroadas como as Próximas Super Estrelas Drags. Kylie bradou vitória na América, enquanto a Holanda foi o lugar do triunfo de Vanessa Van Cartier.

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Mindhunter exterioriza os monstros que vivem dentro de nós

Cartaz da segunda temporada de Mindhunter. Na imagem, Bill e Holden estão de costas um para o outro. Bill está à esquerda e é um homem branco de meia idade com expressão rígida e cabelos cortados baixos. Holden está à direita e é um homem branco mais jovem, com cabelos bem penteados e curtos, e uma expressão dispersa. Ambos estão de terno. A imagem é em preto e branco.
O desempenho ruim na audiência da 2ª temporada de Mindhunter foi o motivo do desprezo da Netflix pela série, que segue ignorando o apelo dos fãs e divulgou em 14 de outubro outro projeto com David Fincher (Foto: Netflix)

Nathália Mendes

Mindhunter te faz um convite: sente-se à mesa com os protagonistas da série para entrevistar uma lista de criminosos repulsivos. A década de 70 nos Estados Unidos foi uma máquina de serial killers, mas a onda de horror causada por Ted Bundy, O Filho do Sam e BTK também foi acompanhada pelo fascínio. Da abominação por esses homens, houve a curiosidade e necessidade de entendê-los. O que pensaram para escolher aquela vítima e matar daquela forma? Por que todas as suas ações seguem um padrão meticuloso, específico, premeditado, mas as vítimas são estranhas? A série mostra os pioneiros em fazer essas perguntas cujas respostas são indigestas, na busca por traçar perfis de assassinos – um trabalho da vida real que revolucionou a Unidade de Ciência Comportamental do FBI. E mesmo assim, sem cancelamento ou continuação, a série está há 2 anos no limbo da Netflix.

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Na segunda temporada, a amizade de Pen15 vai além da vergonha alheia

Cena da série Pen15. Em um corredor de escola, do lado esquerdo da imagem, vemos a personagem Anna, uma mulher branca, de cabelos loiros, lisos e longos, vestindo uma blusa com listras em tons de azul, verde e bege, com uma mochila pendurada nas costas e usando um colar com metade de um coração. Ao lado dela, do lado direito da imagem, vemos a personagem Maya, uma mulher amarela, com cabelos castanhos lisos acima do ombro, vestindo uma camiseta marrom e usando um colar com metade de um coração, com a boca aberta, como se gritasse.
Indicada em três categorias no Emmy 2021, Pen15, do Hulu, está disponível no Brasil no Paramount+ (Foto: Hulu)

Vitória Lopes Gomez 

Antes mesmo da internet implicar com os ‘cringes’, Pen15 já abusava da vergonha alheia. Na série escrita e estrelada pelas atrizes Maya Erskine e Anna Konkle, as duas mulheres voltam à pior fase da vida, a pré-adolescência, para reviverem todos os terrores, estranhezas e também os prazeres de se ter 13 anos. Só tem um pequeno detalhe: as intérpretes das adolescentes, na verdade, já estão na casa dos 30.

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A segunda temporada de Legendary fez o que precisava ser feito

Foto promocional de Legendary. No centro está um homem negro, magro de cabelo crespo penteado para cima. Ele veste terno e luvas brancas, com as mãos para cima perto do rosto das mulheres ao seu redor. Na esquerda está uma mulher magra de pele clara e cabelo preto na altura do ombro, e na esquerda uma mulher negra de cabelo liso comprido. Em cima deles estão uma dupla. Um homem negro vestindo terno roxo, óculos brilhante e cabelo liso longo, e uma mulher de pele clara, cabelo castanho e vestido rosa volumoso. O fundo é preto e a iluminarão é arroxeada.
A segunda temporada de Legendary foi indicada a duas categorias no Emmy 2021 (Foto: HBO Max)

Mariana Chagas

Se hoje já não é fácil ser negro, latino e parte da comunidade LGBTQIA+, era muito pior nas ruas dos Estados Unidos nos anos 80. Desrespeitados e segregados, a solidão atormentava o dia a dia desses grupos. Então, de forma política, mas ao mesmo tempo divertida, foi no peito dolorido de um povo tentando transformar sua exclusão em união que surgiu a cultura do ballroom.

Foram nos subúrbios nova-iorquinos que, pela primeira vez, pessoas trans, pretas, latinas e homossexuais tiveram sua existência celebrada em forma de dança. Aos poucos foi se estabelecendo um cenário constituído por regras, estilos e características tão ricas e próprias que até hoje fazem parte desses bailes.

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Drag Race UK: o futuro de RuPaul está no Reino Unido

Cena de coroação da 2ª temporada de Drag Race UK. No centro da passarela, está Lawrence Chaney, sorrindo e empunhando seu cetro. Ela é uma drag queen escocesa, branca, gorda e que veste um vestido roxo. Seu cabelo é da mesma cor. Ao fundo, vemos vultos desfocados.
A escocesa Lawrence Chaney é a primeira drag queen gorda a vencer uma temporada de Drag Race presidida por RuPaul Charles (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Não é piada, mas sim um fato, que a segunda temporada de Drag Race UK é a melhor que a competição de RuPaul viu em muitos anos. Dez episódios e uma coroação inédita depois, podemos apreciar os vários altos e poucos baixos do reality. Nessa nova leva teve de tudo, desde eliminações chocantes, desistências icônicas e uma pausa nas gravações por causa da pandemia. Lawrence Chaney ganhou, e o padrão britânico do cenário drag aumentou, e muito.

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