Taylor Swift não é a Miss Americana

“Eu me tornei a garota que todos queriam que eu fosse” (Foto: Republic Records)

Ana Laura Ferreira

O que significa ser mulher no mundo de hoje? O que significa ter seu corpo e suas ações a mercê do olhar e da opinião alheia? E se todas nós já sofremos as pressões que respondem tais perguntas, o que isso significa em um nível maior?

Viva uma narrativa que os entretenha, mas não os deixe desconfortáveis”. Talvez essa seja a resposta que a sociedade impõe às mulheres, em especial aquelas que fazem parte da indústria do entretenimento. E é destrinchando as camadas encobertas pela mídia e explorando o lado bom, e o ruim, de ser uma figura pública que acompanhamos alguns anos da vida de uma das maiores estrelas pop da década, Taylor Swift. Produzido pela Netflix, o documentário Miss Americana embarca em uma viagem pelo emocional e criativo da cantora e abre margem para discussões políticas que transcendem suas músicas românticas.

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After School: saindo da escola e explorando a vida adulta com Melanie Martinez

Capa do mais recente trabalho de Melanie Martinez lançado dia 25 de setembro, o EP After School (Foto: Atlantic Records)

Ettory Jacob

Desde sua primeira apresentação na televisão aberta estadunidense no programa The Voice, Melanie Adele Martinez ganhou fãs e espaço na comunidade indie. Performando  a música Toxic de Britney Spears com um ritmo mais lento, a jovem de 17 anos mostrou-se uma futura aposta para o sucessos (apesar de ter sido eliminada do programa logo nas primeiras fases). Hoje, oito anos depois, a artista já conta com dois álbuns extremamente bem avaliados pela crítica e público e agora com o lançamento do novo EP After School traz mais histórias.

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Ungodly Hour: a emancipação das irmãs Bailey

Capa do segundo álbum de estúdio da dupla formada por Chloe e Halle Bailey (Foto: Reprodução)

Caio Savedra

Surgindo a partir de uma carreira nativa da internet, o álbum Ungodly Hour, da dupla Chloe X Halle, entrega diversos pontos positivos de se admirar, mas, acima de tudo, serve como uma emancipação artística das irmãs para além do papel de protegidas e apadrinhadas por Beyoncé. Crescidas no meio artístico, é notável a desenvoltura que as artistas têm, basta assistir qualquer uma das várias apresentações recentes. Com uma carreira que conta com aparições em filmes e apresentações musicais desde crianças, foi através de covers no YouTube que começaram a se destacar na música.

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Katy Perry nos lembra como sorrir com Smile

Capa oficial do disco (Foto: Reprodução)

Ettory Jacob

Após 3 anos do seu último álbum de estúdio, Katheryn Elizabeth Hudson, Katy Perry, lançou seu novo projeto: Smile. Na mesma semana que Teenage Dream – maior álbum da carreira da cantora, e que a tornou a única mulher com o título de cinco canções Top 1 na parada americana -, completou uma década, Smile é lançado oficialmente. O disco vem sendo preparado desde 2019 e, junto com a produção, a vida de Katy também mudou, tornando-se mãe de Daisy Dove Bloom, com o ator Orlando Bloom. 

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O romantismo de Niall Horan em Heartbreak Weather

(Foto: Capitol Records)

Ana Laura Ferreira

Carlos Drummond de Andrade uma vez questionou: “o que pode uma criatura senão,/ entre criaturas, amar?”. O que pode então o homem, como criatura que é, senão amar e transformar esse amor em arte? Assim como Drummond discorre, sobre esse sentimento que é entrega e adoração, em Heartbreak Weather (2020) Niall Horan nos presenteia com seus poemas e sua ode ao amor e ao romantismo dignos de Shakespeare. Seu segundo álbum solo, lançado em março, atravessa inúmeras histórias, perspectivas e reviravoltas tão intrínsecas e típicas do amor, quase como em uma releitura moderna do romantismo de Goethe e Byron.

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Teenage Dream: 10 anos da mistura de autenticidade e doçura que faltava na música pop

Pintura de Katy para a capa do álbum (Foto: Will Cotton/Capitol Records)

Rafaela Martuscelli

O segundo álbum de Katy Perry, Teenage Dream, lançado pela Capitol Records, completa 10 anos neste mês de agosto de 2020. Para a surpresa de muitos, o resultado do trabalho de Katy para o sucessor de One Of The Boys (2008) foi um disco extremamente pop, trazendo uma proposta completamente oposta ao seu álbum de lançamento, marcado pela mistura de pop e rock

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Troye Sivan se perde entre a realidade e o delírio em In A Dream

Cena do clipe de Easy (Foto: Universal Music)

Jho Brunhara

A quarentena mexeu com todo mundo. Talvez você não aguente mais ler e ouvir sobre isso – nem eu –, mas é impossível não traçar um paralelo entre o novo extended play (EP) de Troye Sivan, In A Dream, com os últimos meses. Apesar da maior parte das faixas terem sido criadas antes do mundo acabar, as palavras falam diretamente com todos nós, e quase todas as músicas parecem ter sido escritas ontem mesmo, quando ninguém podia sair de casa por motivo nenhum, e até os sonhos eram mais interessantes que a vida real. Bem, não só os sonhos, mas os pesadelos também. 

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folklore: o melhor dos muitos mundos de Taylor Swift

“No isolamento, minha imaginação disparou e este álbum é o resultado, uma coleção de canções e histórias que fluíram como um fluxo de consciência. Pegar uma caneta foi minha maneira de escapar para a fantasia, história e memória” (Foto: Beth Garrabrant)

Raquel Dutra

Visuais rústicos e paisagens bucólicas fotografadas em preto e branco mas que ocasionalmente revelam verdes úmidos e marrons aconchegantes. Foi com essa serenidade que Taylor Swift surgiu nas redes sociais no dia 24 de julho para anunciar seu novo álbum, folklore, apenas 24 horas antes de seu lançamento. 

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Você e eu temos muita história: uma década de One Direction

A banda britânica teve em sua formação original os cantores Harry Styles, Niall Horan, Zayn Malik, Louis Tomlinson e Liam Payne (da esquerda para a direita) (Foto: Reprodução)

Ana Laura Ferreira

Talvez seja muita presunção perguntar se você se lembra onde estava no dia 23 de julho de 2010, principalmente porque essa data pode não te significar nada. Porém, mesmo que você não faça parte da enlouquecida legião de fãs do One Direction, tenho certeza que se lembra de uma música chamada What Makes You Beautiful, ou pelo menos, de sua paródia brasileira sobre um bar mitzvah. O fenômeno nascido no The X Factor UK, acaba de  completar 10 anos de muitos hits, recordes e saudades para as directioners, que já estão por cinco anos sofrendo pelo hiato. Hoje, já com bem sucedidas carreiras solo, será que podemos ainda sonhar com um comeback da banda?

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Chromatica é um divã na pista de dança

Capa da versão deluxe (Foto: Norbert Schoerner/Interscope Records)

Jho Brunhara

Lady Gaga é uma ótima contadora de histórias. Desde seu primeiro projeto, quando sua persona foi construída através de uma imagem bizarra, instigante e quase mística, a nova-iorquina não estava ali só pelas músicas. Estava pelos visuais, conceitos pretensiosos que funcionam, e principalmente, sua narrativa. Uma jovem seduzida e engolida pelo monstro da fama; depois uma alien-mãe lutando pela liberdade de seus monstrinhos; um híbrido metade-Warhol metade-Gaga nascido de um ovo azul botado por Jeff Koons; uma grande homenagem póstuma meio country; e agora, Chromatica

Nem sempre é possível entender exatamente o que a artista quer contar em todos os universos que cria, como no controverso ARTPOP, mas dessa vez a mensagem chega clara ao ouvido deste planeta: Chromatica soa como uma celebração. O primeiro disco de Gaga sem nenhuma balada para desacelerar o caminho de suas 16 faixas incorpora o house e o dance dos anos 90, luta pelo seu espaço nas pistas de dança do presente, e relembra o mundo que às vezes você só precisa dançar, mesmo que sozinho em seu quarto, e tudo vai ficar bem. 

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