Vitor Evangelista
‘Vivemos como sonhamos, sozinhos’. A frase de Joseph Conrad, que ilustra a redação de Maeve, cai como uma luva na micronarrativa da britânica Sex Education. Quando o pensador vincula a ideia do onírico ao mundo real, ele também acaba revelando uma faceta importante de nossa relações humanas: a incessante necessidade de ter alguém para dividir momentos. E, como boa série teen que é, o sucesso da Netflix caminha gentilmente em territórios poéticos ao nos apresentar as vivências e amores dos estudantes de Moordale, no Reino Unido. Tudo regado a um texto sincero, desbocado e que transborda honestidade.