The Umbrella Academy é tudo que os filmes dos X-Men falharam em ser

Um dos pontos altos de Umbrella Academy é o tiroteio ao som de Don’t Stop Me Now, do Queen (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Dentre as grandes equipes, a franquia dos mutantes da Marvel é a mais desgastada nos cinemas. Diversas adaptações, correções de rumo, escalação de novos atores. Os X-Men nunca tiveram sorte nas telonas e, junto disso, nenhuma de suas trilogias conseguiu enfatizar o cerne de sua origem: o sentimento de família. Isso anotado, a Netflix (de mal com a Marvel) inaugura sua trupe disfuncional – e super-heróica, em The Umbrella Academy, seriado que lida com traumas humanos num ambiente em que macacos falam e robôs são mães.

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One Day at a Time: Duas culturas. Una familia.

(Foto: Reprodução)

Maria Carolina Gonzales e Lara Ignezli

No dia 8 de fevereiro, a Netflix finalmente lançou no seu catálogo a terceira temporada de One Day at a Time, após uma intensa mobilização dos fãs e dos produtores nas redes sociais para que a série fosse renovada. A trama se concentra na rotina dos Alvarez, uma família americana de origem cubana que vive em Los Angeles. É protagonizada por Justina Machado no papel de Penelope, uma veterana do exército que vive com seus dois filhos adolescentes e sua mãe, algumas vezes até com o intrometido senhorio do prédio onde moram.

O produtor Norman Lear (conhecido por trabalhos como All in the Family e The Jeffersons) desenvolveu a série original e está no comando do remake junto com Mike Royce e Gloria Calderón Kellett. A série é inspirada na produção homônima de 1975. O que poderia ser apenas mais uma comédia entre família assinada pela Netflix, se mostra um show de extrema importância nos tempos atuais.

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O Método Kominsky: uma nova maneira de ver a vida

(Foto/Divulgação Netflix)

Ana Laura Ferreira

As premiações Hollywoodianas podem ser um tanto controversas e dificilmente agradam a todos. Mas, algumas vezes, certas produções se mostram tão boas que é impossível negar suas conquistas. Esse é o caso da série original da Netflix O Método Kominsky (The Kominsky Method, 2018), que no dia 6 de janeiro conquistou 76º Globo de Ouro de Melhor Série de Comédia ou Musical e Melhor Ator de Série para esse mesmo segmento, fazendo o experiente Michael Douglas levar a estatueta para casa por sua interpretação como o protagonista Sandy Kominsky.

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Bandersnatch reafirma dificuldades básicas de Black Mirror

O filme conta com mais de cinco horas de material gravado: a experiência pode tomar de 40 a 90 minutos, até um dos finais (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Black Mirror caiu nas graças do público entregando episódios antológicos, recheados de uma tensão crescente e sempre com uma bomba caindo no colo de quem assista nos últimos momentos de cada capítulo. A produção construiu sua fama percorrendo caminhos seguros e sempre jogando dentro de sua zona de conforto. Mas haviam pontos fora da curva.

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Roma transborda humanidade

(Divulgação)

Leonardo Santana

Qualquer fã de cinema começaria esse texto afirmando que Alfonso Cuarón dispensa apresentações. Mas sabemos que isso não é verdade. No caso do leitor ou leitora que eventualmente não conheça o trabalho do diretor mexicano, temos aqui a oportunidade. Roma é o cartão de visitas perfeito para um artista brilhante.

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Bird Box é terror para toda a família

Gabriel Leite Ferreira

Lançado em 2001, Os Outros contou com a estrela de Nicole Kidman e a trama a la Sessão da Tarde para se tornar um dos filmes de terror mais premiados daquela década. Kidman é Grace, mulher cujo marido está nos campos de batalha da 2ª Guerra Mundial. Ela mora em uma mansão isolada com os dois filhos e passa a testemunhar acontecimentos sobrenaturais após a chegada dos novos criados. Bird Box, produção da Netflix lançada no último dia 21, tem muito em comum com a obra de Alejandro Amenábar.

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A Maldição da Residência Hill rompe com as amarras do terror comum

O novo drama de suspense e terror da Netflix foi inspirado por Lost, revelou o criador Mike Flanagan (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Maquiada como uma produção de terror e fantasmas, A Maldição da Residência Hill usa de artifícios do gênero para tratar de uma relação familiar conturbada e extremamente relacionável ao mundo fora das telas. Transitando entre o passado e o presente dos moradores da Hill House, a produção de Mike Flanagan trabalha com alegorias e cria a melhor série original do ano da gigante de streaming.
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Alex Strangelove acerta como romance adolescente LGBTQ+ ainda que preso a clichês

 

 

(Foto: Divulgação)

Jho Brunhara

Anunciado em março pela Netflix e lançado em junho, o filme Alex Strangelove, dirigido por Craig Johnson, traz a história de Alex Truelove (Daniel Doheny), um jovem no último ano do ensino médio que namora Claire (Madeline Weinstein), mas começa a questionar seus sentimentos ao conhecer Elliot (Antonio Marziale). Pela Sinopse, se assemelha a qualquer filme adolescente de triângulo amoroso ou do garoto que achava ser hétero e se descobre gay. No começo do ano tivemos o lançamento do filme Com Amor, Simon, outra comédia romântica com temática LGBTQ+, seguindo a mesma linha de aceitação e descobertas. É óbvio que a indústria das produções cinematográficas está vendo a oportunidade de explorar essa temática e alcançar um público específico, mas existe um algo a mais: esses clichês são poderosos.

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Orange Is The New Black entrega sexta temporada lenta, mas com ótimas adições ao enredo

As detentas de Litchfield são levadas para a prisão de segurança máxima (Reprodução)

Guilherme Luis

Depois de 13 meses de espera, foi finalmente lançada a sexta temporada de Orange Is The New Black, uma das primeiras produções originais da Netflix. A série chegou com a pretensão de demonstrar como é realmente o sistema carcerário americano, principalmente, como é uma prisão feminina – dando espaço para momentos engraçados, mas recheados de crítica. A temporada chegou sem revelar muito do seu plot principal (e com pouca divulgação, se comparada aos anos anteriores) o que causou certo temor sobre quão investidos os produtores ainda estariam na história. Será que Orange é ainda a mesma excelente série que sempre fora?

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Os rótulos de Unbreakable Kimmy Schmidt

Em um absurdismo cômico, o seriado extrapola metalinguagem e a inversão caricata de papéis (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

Com o buzz político das denúncias de abuso de Hollywood, passando pelas declarações polêmicas do presidente Donald Trump, a primeira parte da 4a temporada de Unbreakable Kimmy Schmidt discute feminismo e atualidades com propriedade. Calcada num roteiro ácido e com timing cômico impecável, a série de Tina Fey mais uma vez diverte mas sem nunca fazer deixar de refletir.

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