Dois Papas nunca salga suas feridas

Anthony Hopkins ganhou a cultura pop na pele de Hannibal Lecter, que lhe rendeu um Oscar, e Jonathan Pryce deu vida ao Alto Pardal, em Game of Thrones (Foto: Reprodução)

Vitor Evangelista

‘Que hino é esse que você está assobiando?’ pergunta um carrancudo Papa Bento XVI (Anthony Hopkins) ao carismático Jorge Bergoglio (Jonathan Pryce). O futuro Papa Francisco sorri ao responder, ‘é Dancing Queen, do Abba’. É nesse marasmo lírico que Fernando Meirelles decide versar sobre religião, legado e sobre desavenças. O embate ideológico entre dois homens, idosos, membros da mesma Guilda. Dois Papas pode ser esmiuçado e desmontado na representação de uma longa prosa, amena e chapa branca. Seria ilógico procurar na Netflix, essa grande corporação que tenta agradar a todos, um estudo potente e doloroso sobre os crimes da Igreja Católica ao longo do tempo. 

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