Há 20 anos, Meninas Malvadas determinava que às quartas-feiras usamos rosa

Em um cenário composto por árvores de Natal, neve e luzes de LED, da esquerda para a direita, Gretchen, Regina, Cady e Karen estão posicionadas para começar sua dança de Jingle Bell Rock, usando toucas de Papai Noel e vestidos vermelhos com elementos brancos e luvas pretas.
A cena de Jingle Bell Rock em Meninas Malvadas é um marco da cultura pop (Foto: Paramount Pictures)

Arthur Caires

São muitas as frases icônicas que poderiam começar esse texto, então: ‘entre no carro, caro leitor, vamos entrar em uma viagem de volta ao começo da década de 2000’. Meninas Malvadas foi lançado em 2004 e dirigido por Mark Waters, um dominador das comédias românticas e adolescentes. Também foi roteirizado pela comediante do Saturday Night Live, Tina Fey, com base no livro Queen Bees and Wannabes (Abelhas-Rainhas e Aspirantes, em tradução literal) de Rosalind Wiseman.  Continue lendo “Há 20 anos, Meninas Malvadas determinava que às quartas-feiras usamos rosa”

Após 15 anos de Arraste-Me para o Inferno, ser levado para os confins da Terra talvez não seja má ideia

Cena do filme Arraste-Me para o Inferno Na imagem, a personagem Christine Brown está sendo atacada pelos braços de uma pessoa. Ela está com lama cobrindo todo o cabelo e sujando o rosto, em sua volta tem mais lama. Christine está com expressão de dor. Ela é uma mulher na faixa dos 30 anos, de pele clara e cabelos loiros.
Em 2022, o filme entrou no top 10 dos mais assistidos na Netflix no Brasil (Foto: Ghost House Pictures)

Davi Marcelgo

Desde Sally (Marilyn Burns) de O Massacre da Serra Elétrica (1974) até Grace (Samara Weaving) de Casamento Sangrento (2019), a final girl é praxe no Terror, principalmente no slasher. É ela quem vence o assassino, sobrevive e, de quebra, aparece nas continuações. Mas para Christine Brown (Alison Lohman), do grotesco Arraste-Me para o Inferno (2009), já faz 15 anos que ela está perpetuada nos confins da Terra. O aniversariante que não é um filme de mascarados empunhando facas, sem dúvidas garante uma curiosa discussão sobre mulheres no gênero. 

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Há 25 anos, nos tornamos chapéus de palha em busca do lendário One Piece

Cena do anime One Piece. Tem dez pessoas na imagem. Da esquerda para a direita aparece Nami, uma mulher jovem branca, com cabelo longo e ruivo e olhos castanhos, ela usa um vestido vermelho com uma armadura de metal por cima do vestido, ela também segura um bastão laranja nas mãos. Do seu lado está Sanji, um homem jovem branco, ele tem cabelo curto loiro e olhos castanhos, ele tem um cavanhaque e uma sobrancelha ondulada, ele veste um terno de cor vinho e está fumando um cigarro. Atrás dele está Brook, um esqueleto vivo com um cabelo afro preto, ele veste um sobretudo branco e preto com um lenço vermelho no pescoço e usa uma cartola. Do seu lado está Jinbe, um mistura de homem com tubarão-baleia, ele é bípede e sua pele é azul, ele tem um cabelo longo preto, que está preso em coque, um cavanhaque e olhos castanhos, ele veste um quimono laranja com uma faixa vermelha na cintura e uma capa preta nas costas. Atrás dele está Franky, que está dentro de robô gigante que possui as cores prata, vermelho e amarelo, na cabeça do robô há uma broca. Na sua frente e no centro da imagem, está Luffy, um jovem branco de cabelo curto e preto, ele tem olhos castanhos e uma cicatriz em formato de X no peito, ele veste uma camisa vermelha, que está aberta, uma bermuda laranja, uma capa preta nas costas e o chapéu de palha que está preso em um cordão no pescoço. Ao seu lado está Chopper, uma rena humanoide, ele é bípede, tem a pelagem marrom e olhos castanhos, ele veste uma armadura de samurai vermelha e um elmo vermelho com chifres dourados. Do seu lado está Robin, uma mulher mais velha, que tem cabelo longo e preto, e olhos azuis, ela veste um quimono branco com uma faixa vermelha na cintura e uma capa preta nas costas. Seguido dela está Zoro, um homem jovem, com cabelo curto e verde, seus olhos são castanhos e o seu olho esquerdo possui uma cicatriz, ele um quimono preto com uma faixa vermelha na cintura e segura uma espada na mão esquerda, na sua cintura tem mais duas espadas. No canto esquerdo está Usopp, um jovem negro, ele tem o cabelo longo, cacheado e preto, que está preso em um coque, ele tem os olhos castanhos e um cavanhaque. Ele tem o nariz muito grande e pontudo. Ele veste uma armadura preta e uma calça amarela, na sua cabeça tem um capacete vermelho e ele segura um bastão preto nas mãos. No fundo da imagem, tem um gigante de pele rosada caído no chão.
Com mais de 1100 episódios, o anime comemora 25 anos em Outubro de 2024 (Foto: Toei Animation)

Nathan Sampaio

Um dos gêneros literários mais antigos existentes é a epopeia. Caracterizada por ser um poema longo que utiliza aspectos narrativos, ela narra feitos heroicos, passagens gloriosas e apresenta personagens icônicos, e pode ser considerada um registro histórico de sua época. Embora pesquisadores apontem que esse estilo de narrativa está extinto desde o século XVIII, sua influência em obras modernas ainda pode ser observada. Em 2024, comemora-se os 25 anos de uma das animações influenciadas pelo gênero: o anime One Piece.

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10 anos depois, Alien: Isolation continua a nos levar ao espaço para gritar

Imagem do jogo Alien: Isolation. A imagem se trata de um close-up do rosto do alienígena Xenomorfo. É uma criatura preta com dentes prateados e afiados. A cabeça longa não apresenta olhos e possui uma testa lisa. De dentro da boca completamente, há outra boca menor com dentes tão brilhantes e afiados quanto a maior que ocupa o lugar da língua da criatura.
É tempo de aproveitar o hype de Alien: Romulus e revisitar essa experiência inesquecível (Foto: SEGA)

Iris Italo Marquezini

Quando Alien: O Oitavo Passageiro estreou nos cinemas em 1979, a audiência foi surpreendida com uma explosão vinda do peito de um homem. De dentro dele, uma nova criatura surgia repleta de sangue e ansiando, sedenta, por muito mais. Anos depois, sequências bem diferentes do filme original foram lançadas para expandir a história da protagonista Ellen Ripley, incluindo o também clássico dirigido por James Cameron, Aliens (1986). Durante muitos anos, os fãs mais assíduos do primeiro longa, dirigido por Ridley Scott, ficaram órfãos de obras que tivessem uma ambientação claustrofóbica e aterrorizante à altura. Alien: Isolation, jogo diretamente inspirado pelo pioneiro, foge desse cenário ao passo que é exatamente a experiência que os fãs tanto queriam de volta. 

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Há cinco anos, Taylor Swift achava que tinha encontrado seu amor dourado em Lover

Imagem da capa do álbum Lover de Taylor Swift. Taylor está vestindo uma camiseta branca, com mechas azuis em seu cabelo loiro. Ela tem um desenho de coração em glitter rosa ao redor de um dos olhos. O fundo é um céu com nuvens em tons de rosa, roxo e azul. A palavra Lover está escrita em glitter rosa no topo da imagem.
Taylor Swift dá adeus à escuridão de reputation e ressurge nas cores pasteis de um dia ensolarado (Foto: Valheria Rocha)

Arthur Caires

Ao contrário do que a era reputation (2017) proclamava, a “antiga Taylor” não estava morta, e ela ressurgiria mais forte do que nunca em Lover, de 2019. Deixando para trás a escuridão, as cobras e os dramas públicos, o sétimo álbum de estúdio de Taylor Swift abraça a luz do dia, borboletas coloridas e o amor em suas várias formas. É um retorno à forma da artista, que focou em lembrar ao público geral que a cantora de All Too Well ainda tinha as características que todos amavam: compositora, sonhadora e verdadeira consigo mesma.

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The College Dropout: há 20 anos, uma revolução na indústria musical se iniciava

Capa do CD The College Dropout. Fotografia retangular com fundo branco. Na parte central está um mascote de urso marrom, em tamanho humano, sentado em madeiras marrom. Está vestindo um blazer marrom, moletom laranja e calças jeans. Suas mãos estão apoiadas no joelho. Enquadrando a foto, há uma moldura dourada com dois anjos em cada lado, encontrados na parte central dos lados. No canto inferior direito, há um retângulo e dentro dele, em fundo preto, está escrita a palavra Parental. Logo abaixo, outro rótulo, dessa vez maior, escrito em fundo branco a palavra Advisory. Logo abaixo, em um retângulo proporcional ao da palavra Parental, em fundo preto, está escrito Explicit Content, que significa conteúdo explícito.
The College Dropout, álbum de estreia de Kanye West, soma mais de quatro milhões de cópias vendidas mundialmente (Foto: Roc-A-Fella)

Sinara Martins

Há 20 anos, Kanye West lançou seu primeiro álbum: The College Dropout. Visto, até então, apenas como um produtor, o cantor teve seu projeto negado por vários caça talentos, como foi mostrado em seu documentário Jeen-Yuhs (2022), até ser aprovado pela produtora Roc-A-Fella, em um ato de egoísmo de Damon Dash, para que o rapper não procurasse outras gravadoras.

Quando finalmente lançado, em 2004, o disco foi responsável por consolidar a carreira musical de Ye e debutou em segundo lugar nos charts da parada musical estadunidense Billboard Hot 200. Além disso, venceu as categorias de Melhor Álbum de Rap e Melhor Canção de Rap com Jesus Walks no Grammy do ano seguinte. Somado a suas vitórias, o álbum ainda coleciona outras dez indicações na premiação.

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40 anos de Paris, Texas: a obra-prima de Wim Wenders que desconstruiu o sonho americano

Imagem do filme Paris, Texas. Tem uma pessoa na imagem aparecendo da cintura para cima. No centro está Jane, uma mulher jovem e branca. Ela tem cabelo loiro na altura do pescoço, tem olhos castanhos e veste um suéter rosa felpudo. No fundo tem uma parede com uma porta e uma janela, o fundo também é rosa.
Lançado em 1984, Paris, Texas é uma das obras-primas dirigidas Wim Wenders (Foto: Argo Films)

Nathan Sampaio

Um dos conceitos mais famosos do século XX é o American Way of Life. Criada pelo mercado publicitário no pós-guerra e propagada durante a Guerra Fria, essa expressão prega o estilo de vida estadunidense, marcado pelo trabalho árduo, conquista de bens materiais e construção de uma família feliz. O propósito era vender um imaginário de como seria a vida nos Estados Unidos para os outros países. Porém, essa fantasia se distancia – e muito – da realidade. Diversos filmes expõem isso, um dos mais belos e profundos é Paris, Texas, que completa 40 anos em 2024. 

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Há 5 anos, Era Uma Vez em… Hollywood nos envolvia em um sonho californiano

Cena de Era Uma Vez em… Hollywood. Brad Pitt segue Leonardo DiCaprio por sua garagem com dois carros ao fundo enquanto o personagem de DiCaprio gesticula com os braços abertos.
Segundo Brad Pitt, Tarantino é “tão purista que não há imagens computadorizadas em suas obras” (Foto: Sony Pictures)

Bianca Costa

Era Uma Vez em… Hollywood, a nona e mais recente obra de Quentin Tarantino, está completando cinco anos de estreia. Com dez indicações ao Oscar 2020, o longa ganhou as estatuetas douradas de Melhor Direção de Arte, assinada por Barbara Ling, e de Melhor Ator Coadjuvante para Brad Pitt. O filme é uma envolvente viagem no tempo para uma idealizada e ensolarada Califórnia na década de 1960, onde o diretor utiliza calmamente o cotidiano para expressar seu amor pela Sétima Arte, retratando um cenário que respira Cinema.

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Depois de 20 anos, Homem-Aranha 2 continua um novelão melodramático

Cena do filme Homem-Aranha 2Na imagem, estão penduradas com cabides em uma barra de aço, o uniforme do Homem-Aranha e um terno com gravata, no meio dos dois há um cabide vazio. O uniforme está do lado esquerdo, ele é vermelho, mas possui detalhes em azul na parte inferior do braço e antebraço e também nas costelas. Ele possui uma aranha prateada no peito e teias em alto relevo por toda roupa. O terno é na cor azul. O armário é todo branco e tem aspecto de velho, no canto direito há uma luminária acesa apontada para cima
Homem-Aranha 2 teve uma versão estendida lançada para DVD em 2007, chamada de Homem-Aranha 2.1, com oito minutos a mais que a versão de cinema (Foto: Sony Pictures)

Davi Marcelgo

É muito difícil falar algo novo de Homem-Aranha 2 (2004) vinte anos depois de seu lançamento. Todo mundo já teceu algum comentário: sobre ele ser a adaptação definitiva de um quadrinho de super-herói, sobre suas cenas de ação de tirar o fôlego ou do enredo espetacular. De tudo já dito a respeito, pouco se fala – principalmente no meio nerd, que foca apenas em fidelidade para com a obra original – do melodrama. Para comemorar as duas décadas do filme que marcou e ainda marca gerações, ligue a Televisão e lembre-se do horário das nove, porque a sequência de Sam Raimi é um ‘novelão’.

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10 anos de Boyhood: Da Infância à Juventude, onde todo fim é o começo de algo

Cena do filme Boyhood: Da Infância à Juventude. Um menino branco, loiro de olhos azuis deitado na grama verde com um braço sob a cabeça. Ele veste uma camisa listrada azul, branca e cinza.
Em algum momento você não está mais crescendo, você está envelhecendo, mas ninguém consegue identificar exatamente esse momento (Foto: Universal Studios)

Leticia Stradiotto

A primeira cena de Boyhood: Da Infância à Juventude é um céu nublado, mas muito azul. Yellow, do Coldplay, toca ao fundo. Logo, somos apresentados a um menino que observa o céu, deitado na grama com o braço dobrado sob a cabeça. Essa criança nos introduz a um rosto que não conhecemos e se torna familiar em pouco tempo, pois enquanto ela observa o céu, nós a observamos crescer e abraçar o mundo – entre os céus claros e escuros. 

Você já se perguntou como as pessoas envelhecem nos filmes? Normalmente, essas impressões são realizadas através de maquiagens bem elaboradas, técnicas avançadas de edição e efeitos especiais para simular a passagem do tempo. No entanto, em Boyhood (no original), Richard Linklater optou por uma abordagem radicalmente diferente e autêntica: a obra foi gravada ao longo de 12 anos consecutivos, permitindo que o envelhecimento dos personagens acontecesse de forma completamente natural.

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