Era uma vez um diretor consagrado e com promessa de aposentadoria. Em seu nono filme, esse mesmo diretor decide voltar ao fim da década de 60. O auge do movimento hippie e o declínio da Era de Ouro do cinema norte-americano. Quentin Tarantino não brinca em serviço e chega aqui em seu trabalho mais otimista, quase um sonho distante, de alguém que é apaixonado pela arte que produz.
Nos últimos anos, percebemos que o Arctic Monkeys é uma banda totalmente fora da caixinha. O caminho para a imagem de queridinhos da música alternativa, consolidada com o gel no cabelo e as jaquetas de couro, começou a ser expandido há quase uma década. O terceiro álbum da banda, Humbug, mostrou que os garotos de Sheffield não se contentavam em ser apenas ícones do indie, mas também tinham potencial como promessas do rock.
Persona acompanhou o show no dia 14 de agosto e comenta os melhores momentos da noite
Vinícius Nascimento
Composto por Juçara Marçal (voz), Kiko Dinucci (Violão) e Thiago França (saxofone) é a segunda vez do trio em para Bauru. Às 8 horas e meia do dia 14 de agosto no Sesc, quem esperava um show com banda acaba por ter uma surpresa: no palco, somente violão, sax e microfones. No fim do show conversando com a banda, Kiko é enfático ao dizer: “A força bruta do Metá Metá é essa formação em trio, as vezes a gente acha mais pesado do que show com banda”. Assim seguimos noite adentro, com os três amigos nos guiando dentro da atmosfera de sonoridades que nos hipnotiza.
O século XX vai aos poucos se despedindo de nós. Depois da fundamental Beth Carvalho em abril, chegou a vez de João Gilberto deixar este mundo, no dia 6 de julho, aos 88 anos. João já não fazia shows desde 2008 e não gravava desde 2000. Seus últimos anos foram marcados por sua notória reclusão e pelas infinitas batalhas judiciais travadas entre seus herdeiros, que incluíram turnês canceladas e pedidos de interdição.
Felizmente a reputação do baiano João Gilberto como baluarte da música popular brasileira é intacta desde 1959, ano da estreia Chega de Saudade, disco que alavancou uma revolução sem precedentes no Brasil e no mundo. A mistura de samba e jazz no violão complexamente delicado, junto às interpretações igualmente delicadas, entortaram a cabeça de uma juventude que menos de uma década depois viraria a MPB do avesso com a tropicália. Sobre sua influência fora do país, vale ler este artigo da revista Época, que conta um pouco da bonita relação de João Gilberto com o Japão.
É nesse clima de tristeza e gratidão que se embala a curadoria de julho. Confiram!
O rótulo de drama teen foi só fachada para Euphoria, série da HBO que teve seu último episódio transmitido no domingo (04). O subgênero fez o marketing e chamou atenção de um Conselho de pais dos EUA, que pediram pelo cancelamento da produção, antes mesmo de sua estreia. O motivo? “Conteúdo adulto extremamente gráfico – sexo, violência, profanação e uso de drogas – aos adolescentes e pré-adolescentes” e de acordo com o grupo, o programa estava comercializando “internacionalmente esse conteúdo para crianças”. E de fato, tem muito disso, mas também tem muito mais.
Big Little Lies, originalmente um livro de Liane Moriaty, ganhou uma adaptação em formato de minissérie no ano de 2017. A criação de David E. Kelley é televisionada pela HBO e produzida pela Hello Sunshine, empresa co-fundada por Reese Witherspoon — quem, inclusive, é uma das principais estrelas da produção. A produção pretendia ter apenas uma temporada com sete episódios e, através de uma narrativa misteriosa e carregada de suspense, utilizou o ano inicial para entrelaçar a vida de cinco mulheres residentes de uma comunidade (aparentemente pacata) em Monterey.
Criada em 2013 pela diretora, produtora e roteirista Jenji Kohan, a série que conta a história Piper Chapman (Taylor Schilling) chegou ao fim. Orange is the New Black estreou na plataforma de streaming Netflix com a premissa de ser uma comédia, porém também passou a carregar a importância como drama de denúncia social. Além de ter sido uma das séries responsáveis pelo aumento do interesse em serviços de streaming, foi a segunda série, logo depois de House of Cards, a disponibilizar todos os episódios da temporada de uma vez.
Com este álbum, Marisa Monte se consagrou definitivamente na música popular brasileira
Guilherme Hansen
Quando Marisa Monte começou a carreira, em 1987, com o show Veludo Azul, naturalmente foi exaltada e posta como estrela do MPB. No entanto, não foi isenta às críticas que todo artista sofre. De origem rica, era acusada de ter um estilo aristocrático demais em sua música e de ser uma nova-iorquina que canta música brasileira, em uma crítica de Maria Bethânia que ficou famosa em entrevista à revista Playboy.
Com o CD “Mais”, de 1991 e com a ajuda de hits como “Beija eu” e “Eu sei (Na mira)”, conseguiu se tornar mais popular, mas, ainda assim, era considerada distante do público médio.
Chegamos então no clássico “Verde, anil, amarelo, cor-de-rosa e carvão”. Lançado em 1º de agosto de 1994, Marisa mais uma vez faz a sua mistura de estilos,porém, como bem disse Bethânia, colocou toques de Paulinho da Viola e o violão de Gilberto Gil. Ela abrasileirou muito mais seu repertório e, consequentemente, agradou mais o público e a crítica.
O ano de 2014 foi o mais aguardado para os fãs de John Green. No dia 5 de junho, foi lançada a adaptação cinematográfica de seu famoso livro, “A Culpa é das Estrelas”. Foi a época em que fomos apresentados para Hazel e Gus da vida real (interpretados por Shailene Woodley e Ansel Elgort), a perfeita junção amorosa dos atores de Divergente.
Alguns compositores parecem ter nas mãos uma facilidade singular de se expressar. E, assim, desenhar em versos e estrofes aquilo que sentem ou deixam de sentir. A californiana Jillian Rose Banks, musicalmente conhecida apenas como Banks, é uma dessas artistas que, com aptidão ímpar, traduzem em suas músicas aquilo que nós, ouvintes, não conseguimos verbalizar acerca de nossas dores e amores. Em III, seu trabalho mais recente, Banks nos convida novamente a se identificar com cada palavra que compõe.