Pantera Negra: uma mensagem de diversidade

Em seis dias, o filme já conquistou a quinta maior bilheteria de estreia da história (Reprodução)

Pedro Fonseca E. Silva

Há 10 anos, a Marvel Studios iniciou um projeto ousado que renderia bilhões nas bilheterias mundiais com o filme Homem de Ferro (2008). Desde então, a empresa já conta com mais de uma dezena de filmes sobre super-heróis, conquistando um espaço único para si com sua famosa “Fórmula Marvel”. Enquanto muitos esperam a consagração de toda essa jornada com Vingadores: Guerra Infinita, recebemos um presente antecipado com a estreia de Pantera Negra, que traz consigo um ar revigorante para as adaptações de quadrinhos.

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Cineclube Persona – Janeiro/2018

What a story, Mark!: Tommy Wiseau no Globo de Ouro, com sua estileira muito mais foda ainda

O primeiro cineclube de 2018 discute títulos premiados no Globo de Ouro e indicados ao Oscar, bem como mostra que há vida pulsante fora de Hollywood. Confere aí:

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Hugh Jackman e a trilha sonora do ano em O Rei do Show

Pedro Fonseca E. Silva

A história de Hollywood não pode ser contada sem o marco dos grandes musicais. Mamma Mia!, Grease


– Nos tempos da brilhantina, Footloose e muitas outras obras viraram símbolos de algumas gerações. Essas obras, porém, costumam passar por um problema muito grande: a reação do público.  São poucas as que conseguem subir aos holofotes, e mesmo quando são bem sucedidas, geralmente acabam dando um passo em falso nas suas sequências. Continue lendo “Hugh Jackman e a trilha sonora do ano em O Rei do Show”

Cineclube Persona – Dezembro/2017

Luke Skywalker e Johnny, de The Room: uma boa metáfora do que foi 2017

Apesar de tenso, o ano de 2017 encerrou com saldo positivo na sétima arte. Para iniciarmos 2018 com o pé direito, nada mais justo do que prosseguir com o Cineclube Persona no mesmo tom, atento ao que acontece de mais impactante no mainstream e também no underground. Estes foram as alternativas escolhidas para quem não quis passar o fim de ano na praia:

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Os melhores filmes de 2017

Não é exagero dizer que o cinema teve um ano de renovação em 2017. Velhas franquias tiveram coragem de ignorar os fãs mais chatos e propor ideias novas. Os cinemas comerciais receberam com amor e ódio diretores antes relegados a nichos. Até o tão estagnado cinema de terror recebeu um polêmico prefixo “pós”, tamanha a diferença das temáticas abordadas nos filmes.

As escolhas pessoais dos participantes do Persona refletem esse ânimo por discutir cinema nas mais distintas áreas. Continue lendo “Os melhores filmes de 2017”

Um assassinato e a revitalização de um legado

capa do filme em revista

Apesar de pecar em alguns pontos, adaptação de “Assassinato no Expresso do Oriente” mostra de forma competente o universo da autora ao público contemporâneo

Guilherme Hansen

Agatha Christie é uma das autoras mais aclamadas da literatura policial. De Miss Marple a Hercule Poirot, seus quebra cabeças atraem leitores do mundo todo, mesmo passados 41 anos de sua morte. Logo, é esperado que quando alguma de suas obras é adaptada para o cinema, o resultado seja correspondente ao nível de sua literatura. E, sem dúvida, Assassinato no expresso do Oriente, escrito originalmente em 1934 e lançado em 2017 sob a direção de Kenneth Branagh (Thor, Cinderela), que também interpreta o detetive Belga, traduz bem o que foi escrito pela britânica.

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Cidade de Deus e Tropa de Elite: as duas faces de uma guerra

Gabriel Leite Ferreira

Fazer cinema no Brasil é uma batalha. De um lado, há a supremacia de Hollywood na maioria das salas de cinema, que domina o gosto do público; de outro, o monopólio da Globo Filmes sobre os lançamentos nacionais mainstream. Superar ambas barreiras é um feito para poucos. Dois aniversariantes desse ano conseguiram tal proeza: Cidade de Deus (2002) e Tropa de Elite (2007).

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Liga da Justiça carece de traços autorais e cai no ordinário

Filme relega a visão de Zack Snyder do Universo DC, mas tampouco é atraente como obra cinematográfica.

Lucas Marques

Dentre tantos defeitos que o primeiro longa-metragem da Liga da Justiça poderia ter, ele possui o pior: ser esquecível. Não há nada mais triste do que presenciar filmes eventos exorbitantemente caros serem tímidos e não despertarem fortes emoções. Também dirigido por Zack Snyder, o antecessor Batman v Superman é uma das obras mais esquizofrênicas que o mainstream já viu – objetivamente pior que Liga da Justiça -, mas ao menos se parece com um filme caro, capaz de gerar amor e ódio. Até hoje as pessoas discutem BvS. De Liga da Justiça não podemos esperar o mesmo. Continue lendo “Liga da Justiça carece de traços autorais e cai no ordinário”

Kimi No Na Wa: quando o enredo faz a diferença

Egberto Santana Nunes

Troca de corpos sempre foi um tema razoavelmente explorado pela sétima arte. É difícil não pensar em filmes como De Repente 30 e Se eu fosse você, clássicos do estilo “sessão da tarde”, quando se trata dessa temática. Mais difícil ainda é inovar e entreter ao mesmo tempo, sem se apegar à fórmula já desgastada desse lugar comum. Esse é um dos desafios enfrentados pelo diretor Makoto Shinkai em seu mais recente longa-metragem animado, Your Name (Kimi no na Wa, no original em japonês), lançado nos cinemas japoneses em 2016, adaptação do mangá homônimo lançado no mesmo ano.

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