Ohio, 1979. Joe (Joel Courtney), Alice (Elle Fanning), Charles (Riley Griffiths), Cary (Ryan Lee), Martin (Gabriel Basso) e Preston (Zach Mills) deixavam suas casas a caminho de uma estação de trem antiga. Era uma madrugada de verão. Os seis carregavam consigo a euforia da pré-adolescência, o desejo de gravarem um filme independente e uma câmera super 8. O plano do diretor mirim Charles era capturar boas atuações dos amigos. Se tivessem sorte, um trem ao fundo complementaria o cenário. E foi o que aconteceu. Mas, ao invés de sorte, eles ganharam passagens só de ida para uma aventura inesquecível, ao tornarem-se testemunhas de um enigmático acidente envolvendo a locomotiva em questão.
Lançada em agosto de 2011 pela Paramount Pictures, Super 8 é uma produção de ficção científica e mistério que chama a atenção desde os nomes de seus realizadores. Escrita e dirigida por J.J. Abrams, e produzida por ninguém mais, ninguém menos, do que Steven Spielberg, a obra entrega de forma excepcional tudo o que se busca ao assistir um filme do gênero. O nome traduz sua essência, já que Super 8 era uma câmera de 8mm muito utilizada para produções cinematográficas até a década de 80. Assim, o diretor não apenas desejava reproduzir a experiência dos filmes de ficção dos seus tempos de criança, como visava homenagear o inventor de muitos deles, Spielberg.
Ter a coragem de escrever abertamente sobre saúde mental e suicidio não é fácil, e era muito menos alguns anos atrás, quando Por Lugares Incríveis foi lançado. Em pleno 2015, Jennifer Niven teve a bravura de se arriscar em um romance sobre adolescentes depressivos e apaixonados. Mesmo com todas as chances de um mau recebimento do público, o livro conquistou o coração de muitos e cresceu a ponto de ser adaptado pela Netflix.
O filme, lançado em 2020, aumentou a popularidade da escritora e a sua legião de fãs, que aguardavam ansiosamente pelo seu próximo passo. As expectativas estavam altas, afinal, ninguém queria nada além de um novo best-seller de Jennifer. Quando Sem Ar foi lançado, apenas meses depois do longa-metragem dirigido por Brett Haley, a autora provou novamente sua capacidade de criar histórias lindas, tristes e românticas.
No ano em que a franquia Drag Racenão tira nem uma mísera semana de folga, o número exorbitante de temporadas pode enfraquecer a marca, ou simplesmente levá-la à exaustão do público. Entre as corridas “mais importantes” (a americana e o All Stars), estreou Drag Race España, a primeira leva de capítulos em espanhol de DR. No fim das contas, o que a season teve de baixo orçamento, ela compensou no fator divertimento.
Aviso: o texto a seguir apresenta conteúdo violento que pode servir de gatilho a alguns leitores.
Ma Ferreira
Em 2012, o empresário Marcos Matsunaga foi morto e esquartejado por sua esposa, Elize Matsunaga. O crime recebeu muito apelo midiático na época e ficou conhecido como Caso Yoki, por conta da empresa alimentícia coordenada por Marcos, que também era herdeiro. Na série investigativa Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime, da Netflix, Elize fala pela primeira vez à uma reportagem a sua versão dos fatos. A produção entrevista amigos do casal, jornalistas que acompanharam o desenrolar das investigações e do julgamento, os advogados, o promotor e o delegado do caso.
O mês de Julho aterrissou nas Olimpíadas de Tóquio. E entre a emoção ver Rebeca Andrade subindo ao pódio em 1º lugar após performar ao som de Baile de Favela e o orgulho de contemplar nossa Fadinha, Rayssa Leal, se tornar prata no skate, sobrou espaço para assistirmos os lançamentos audiovisuais do mês. Pega a pipoca, que o hoje o Persona comenta tudo que teve de melhor e de pior na Televisão e na Sétima Arte.
A Netflix acertou em cheio ao testar um novo formato de disponibilização de filmes. Apostando no bom slasher, o streaming produziu uma trilogia que foi lançada durante três sextas-feiras. Rua do Medo teve tudo que os clássicos filmes de terror podem oferecer: reviravoltas, clichês, sexo, casal queer, acampamentos e muito sangue.
A queridinha ainda nos presenteou com o show AmarElo do Emicida, eternizando toda energia positiva daquela noite de 2019. Quem também registrou todo seu amor pela Música brasileira foi a cantora Gloria Estefan, que trouxe, para os assinantes do HBO Max,Sangue Iorubá, um documentário explicando todo seu encanto e inspiração pelos nossos ritmos. Além deles, música e documentário também se mesclaram no mais novo – e delirante – trabalho de St. Vicent, que tenta captar a essência de Annie Clark.
Imagina postar uma thread em seu Twitter e ela se transformar num filme? Pois, o que parece absurdo funcionou muito bem com as atuações Riley Keough e Taylour Paige. Incrivelmente, as viagens de Zola agradaram mais que as de Jolt. O filme de baixo orçamento do Prime Video até traz uma premissa interessante, mas faz com que seu roteiro seja uma sucessão de erros. O aviso que fica é: Nunca Confie em Homens!
A Disney foi liberal na economia e conservadora nos costumes. Com o preço da assinatura do streaming mais 70 reais (Não, Mickey, jamais te perdoarei por isso) pudemos abraçar a tradição e assistir Jungle Cruise, uma típica aventura nos parques do mundo encantado. Ainda na exploração capitalista, nos despedimos de Natasha Romanoff da maneira mais frustrante possível. Não que Viúva Negra seja ruim, mas ele deveria ter aparecido no Cineclube de 2013. E não, Marvel, jamais te perdoaremos por isso.
Esse mês, remakes e continuações ganham espaço especial entre os lançamentos. O aguardado Space Jam: Um Novo Legado chegou sem muitas inovações mas carregado de nostalgia para os amantes dos Looney Tunes. Velozes & Furiosos 9 manteve a qualidade da franquia no patamar elevado e Um Lugar Silencioso – Parte II, ajuda a amarrar as pontas que ficaram soltas no filme anterior. Já Caçadores de Trolls: A ascensão dos Titãs, mais cansa o cinéfilo do que cumpre com sua promessa.
A querida e estimada Eu Nunca…continua sua jornada como uma das comédias mais importantes da atualidade, esbanjando o frisson juvenil que muito nos conforta em tempos de pandemia. Young Royals nos serviu o suco da aclamação: Suécia, uma família real cheia de problemas e um romance LGBTQIA+ proibido.
No HBO Max, chegou a primeira produção nacional, Os Ausentes. Além disso, a joia rara genera+ion finalmente foi disponibilizada aqui, dando vasta visibilidade para essa turminha do barulho, que navega em problemas adolescentes do jeito mais identificável possível: quebrando a cara.
Na casa do rato, Lokiadiou suas conclusões a fim de nos apresentar o Multiverso, em adição ao maior personagem da Marvel de 2021, o Loki Jacaré. A segunda temporada de High School Musical: A Série: O Musical (ufa) acabou meio sem pé nem cabeça, totalmente incerta da história que queria contar.
Na Rede Globo, acabou No Limite e nem a merecida vitória de Paula ganhou as manchetes. Na internet, o xodó The Bold Type encerrou sua jornada na TV de maneira tímida, e a versão espanhola da competição de drags de RuPaul, Drag Race España, divertiu mais que qualquer outra coisa.
Pulando de streaming em streaming, a Editoria do Persona passeia pelos grandes lançamentos de Julho de 2021 e dá as dicas imperdíveis do que de melhor está borbulhando no meio audiovisual. Se prepara para mergulhar em animações instigantes, filmes de terror imperdíveis e até mesmo em uma das melhores produções do ano passado (spoiler: envolve uma vaquinha chegando nos Estados Unidos).
Mais de uma década depois de sua primeira aparição no Universo Cinematográfico da Marvel, e ao som de Smells Like Teen Spirit, finalmente vemos Natasha Romanoff virar a Viúva Negra. Nos 11 anos desde a estreia da personagem em Homem de Ferro 2, o estúdio não aproveitou o que tinha em mãos e renegou a assassina de aluguel à coadjuvante, mas deu mais tempo (e motivo) para que a injustiçada conquistasse o público. Com a pandemia e o fechamento das salas de cinema, a enrolação da empresa adicionou mais 14 meses à espera até inevitavelmente ceder ao Disney+. Antes tarde do que nunca, Viúva Negra ainda é pouco para a despedida que a Vingadora merece.
Também conhecida na internet como Clapivara, a cantora Clarissa Müller percorreu diversos caminhos para chegar ao seu encontro com a Música. A partir de pequenos trabalhos como modelo, surgiram as primeiras oportunidades de sua carreira como atriz. A carioca ganhou grande visibilidade com seus primeiros covers postados no Instagram, Twitter e YouTube, mas a grande virada veio com sua atuação como Cecília, no filme Ana e Vitória em 2018. No longa ela contracenou com Ana Caetano e cedeu sua voz a três canções do álbum O Tempo É Agora, cantando os altos e baixos da relação das personagens na história.
O sucesso foi grande e com o incentivo do público, Clarissa continuou investindo em sua carreira musical iniciando em 2019 o desenvolvimento de seu EP homônimo, com o selo Olga Music. Composto por cinco faixas autorais repletas de sentimentos, a artista conseguiu de forma genuína tocar corações e levar suas canções a mais 600 mil streamings em apenas três semanas.
A mais recente da primeira leva de séries do Disney+ produzidas pela Marvel Studios, Loki chega com a proposta de resgatar a personagem titular dos eventos trágicos de Vingadores: Guerra Infinita, utilizando a viagem no tempo de Ultimato como ponto de partida para sua trama de ficção científica old school. Contudo, se tem uma coisa que o Deus da Mentira de Tom Hiddleston nos ensinou ao longo de sua década no Universo Cinematográfico Marvel, foi nunca confiar nas aparências.
Parece ser comum vislumbrar nos artistas momentos em que avaliam seus projetos fracassados. Esse costuma ser o enredo de filmes B, geralmente cômicos, sobre musicistas falidos que criam projetos para superar a si mesmos. Não é o caso do The Black Keys, que chega ao seu 10º álbum de estúdio olhando para o passado, sem motivos para se envergonhar. Como homenagem aos artistas que influenciaram a banda, Delta Kream (2021) traz covers de grandes nomes do blues como Junior Kimbrough e R.L. Burnside, adaptando a essência do duo composto por Dan Auerbach e Patrick Carney em canções clássicas na história do gênero.
Em 7 de maio de 2021, a funkeira MC Dricka fortaleceu mais uma vez o cenário musical brasileiro ao lançar sua produção artística mais recente, o EPAcompanha. Embora a artista já seja referência para ofunk feminino e independente desde 2019, o lançamento do EP se revelou como uma importante ferramenta para consagrar o potencial artístico da cantora, que alcançou destaque até mesmo na cena internacional.