Tomando Veneza, arte e política andam lado a lado

Cena do filme Tomando Veneza. Na imagem há dois homens segurando uma tela pintada à mão nos tons de cinza e amarelo. Os dois estão em uma lancha branca que é conduzida por um terceiro homem. A lancha flutua em um rio esverdeado de Veneza.
Exibido na seção Perspectiva Internacional da 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, Tomando Veneza dissolve um quebra-cabeças (Foto: Gert Films)

Jamily Rigonatto 

Quando o estalo da ruptura chega, é impossível deixar de ouvir. O som estrondoso carrega um posicionamento, mas nem sempre se insere de forma natural. Na maioria dos casos, o ruído depende de mais artimanhas do que somos capazes de imaginar. Em Tomando Veneza, documentário dirigido por Amei Wallach e pertencente à seção Perspectiva Internacional da 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, os mistérios por trás do som são mais que desvendados.  Continue lendo “Tomando Veneza, arte e política andam lado a lado”

Estante do Persona – Outubro de 2023

O fundo é roxo. No canto superior direito e no canto inferior esquerdo, há duas teias de aranha pretas em menor opacidade. No centro, acima, está o logo do persona, um olho com íris vermelha e um pupila no formato de um play. Abaixo está um livro laranja, apoiado sobre três livros; o primeiro diz “estante do”, o segundo “persona” e o terceiro está o mês, Outubro de 2023. Apoiados ao lado do livro laranja, há um pequeno gatinho de olhos amarelos arregalados e um abóbora decorada na temática de Halloween.
Em clima de mês do horror, o Estante do Persona de Outubro brinca de assombração (Arte: Raíra Tiengo/ Texto de abertura: Enzo Caramori e Marcela Lavorato)

“(…) Às vezes, me assusta pensar que os problemas cotidianos podem ser para mim um pouco mais terríveis do que para o resto das pessoas.”

 — Samanta Schweblin

O que mais assombra é o desconhecido. A aproximação do indivíduo a algo nebuloso, que remete ao comum, mas, de certa forma, possui uma aura em desalinho. Algo no fundo do horizonte, coberto de escuridão e fumaça se faz presente, mesmo que não se possa ver com olhos ainda humanos. O terror e o horror, que nasce não somente de grandes escritores e realizadores do gênero, mas do desenterrar das sensibilidades do inconsciente, e da explicitação do desconhecido não somente enquanto o outro, mas o que não sabemos de nós mesmos. No mês de Outubro de 2023, o Estante do Persona permite se adentrar ao colapso do corpo e do cotidiano pelo grotesco e pela violência, explicitada nas discussões do Mês do Horror, que tomou a Literatura da autora Mariana Enriquez como ponto central de reflexão.

Continue lendo “Estante do Persona – Outubro de 2023”

Heartstopper, meu coração é que para por você!

Cena da série Heartstopper. Na imagem estão Nick Nelson e Charlie Spring. Nick é um homem branco de cabelos lisos e loiros, ele veste uma calça de moletom cinza, uma camiseta azul e um casaco marrom. Charlie é um homem birracial de cabelos ondulados e pretos, ele veste uma calça preta, camiseta azul, casaco preto e uma touca marrom. Os dois estão deitados na neve. A cachorra Nelie está entre os dois, ela tem pelagem marrom e branca. Bolas de neve ilustradas aparecem nas bordas da imagem.
Com um quê de conto de fadas, Heartstopper foi lançada pela Netflix em Agosto de 2022 (Foto: Netflix)

Jamily Rigonatto

Uma caneta estoura manchando as mãos de um garoto, o tom de azul cintila e deixa no ar aquela típica reação envergonhada acompanhada de um sorrisinho de canto. É essa a cena que dá o tom de toda a narrativa carregada por Heartstopper: coisas sobre as quais não se tem controle e deixam marcas difíceis de tirar. O garoto é Nick Nelson, interesse romântico de Charlie Spring, e os dois formam o tipo de casal que nunca daria certo. Um jogador de rugby popular e um jovem doce e sensível? Impossível. Mas na 1ª temporada da série lançada em 2022 pela Netflix, o inesperado é dono de um protagonismo apaixonante. 

Continue lendo “Heartstopper, meu coração é que para por você!”

Estante do Persona – Abril de 2023

Imagem retangular de fundo verde. Do lado direito está o livro Rita Lee: uma autobiografia, ele tem capa laranja, com um RG da artista no centro e o nome Rita Lee em cima. Do lado esquerdo há três livros empilhados nas cores preto, vermelho e violeta, o texto Estante do Persona Abril de 2023 aparece nas lombadas.
Caminhando pela singularidade subversiva de uma das maiores artistas do Brasil, o Clube do Livro de Abril contemplou Rita Lee: uma autobiografia (Foto: Globo Livros/ Arte: Raíra Tiengo/ Texto de abertura: Jamily Rigonatto)

A edição do Clube do Livro de Abril marca o vigésimo encontro do grupo de leitores do Persona. Depois de caminharem por autores e, principalmente, autoras, que expandiram todos os limites das perspectivas, foi a vez de dar de cara com a marcante figura do rock brasileiro, Rita Lee, em Rita Lee: uma autobiografia. Falecida no dia 8 de Maio de 2023, a contemplação da obra da artista se formata em tons de saudosismo e admiração. 

Em pequenos relatos que caminham desde a infância até a vida adulta agitada, o texto encara a distinção das fases em períodos curtos, palavras estrangeiras e gírias paulistanas. Através da óptica completamente única, a autoria de cada termo quase grita Rita Lee. Direta e reta como sempre, seus afetos, vivências, tristezas e o que mais houver cantam em notas vibrantes e extremamente características. 

Além da voz da “padroeira da liberdade” – apelido pelo qual gostava de ser chamada –, o escrito conta com os pitacos do jornalista Guilherme Samora, representado pela aparição de um fantasma chamado Phantom. A figura aparece em determinados trechos para indicar algum detalhe ou data esquecidos pela artista, e contribui para aumentar a sensação de autenticidade dos capítulos. 

Publicada em 2016, a obra foi consagrada no mesmo ano com o título de Melhor Biografia do Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes), a artista também foi lembrada por suas contribuições no universo musical durante a cerimônia. Em 2017, o livro apareceu entre os indicados da categoria de Melhor Biografia da estatueta oferecida pela Academia Brasileira de Letras (ABL), o Prêmio Jabuti

O relato é o primogênito da segunda autobiografia de Rita, intitulada Rita Lee: outra autobiografia. A caçula chegou ao mundo em Maio, pouco tempo depois da morte da autora, e carrega em 192 páginas memórias que contemplam os momentos da cantora com a descoberta do câncer de pulmão durante o período pandêmico. 

Mesmo se seu RG não estampasse a capa do livro, o escolhido do mês não poderia ter sua assinatura confundida com a de nenhuma outra literata. Marcado por originalidade e cheio de personalidade, o ato de ler e viver Rita Lee foi e sempre será um presente. Para homenagear as múltiplas sensações provocadas pela eterna Rainha, ficam nossas dicas literárias especialmente para os que têm cor de Tutti Frutti no Estante do Persona de Abril de 2023.

Continue lendo “Estante do Persona – Abril de 2023”

As Hostilidades: na América que ninguém vê, a opressão dissolve almas

Cena do filme As Hostilidades. Na imagem há um homem de capuz. O homem e o chão em que ele pisa estão escondidos pelo escuro, ao fundo, o céu do entardecer tem cores rosa e laranja com poucas nuvens aparentes.
Produção mexicana, As Hostilidades fez parte da 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo na categoria Competição Novos Diretores (Foto: Centro De Capacitación Cinematográfica A.C.)

Jamily Rigonatto 

Quanto terreno fértil a criminalidade pode encontrar nas partes do mundo ignoradas pela preocupação social? Em temos reais e muito pessoais, As Hostilidades documenta isso em lentes trêmulas. Dirigido por M. Sebastian Molina, o filme mostra as mudanças da cidade de Santa Lúcia, no México, após a violência se tornar protagonista em um espaço aparentemente vazio, mas cheio de memórias e feridas. 

Continue lendo “As Hostilidades: na América que ninguém vê, a opressão dissolve almas”

Os curtas brasileiros do 28º Festival É Tudo Verdade

Na 28ª edição do Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade, o Persona acompanhou os filmes da Competição Brasileira de Curtas-Metragens (Foto: Hans Gunter Flieg/Acervo Instituto Moreira Salles/É Tudo Verdade/Arte: Ana Clara Abbate/Texto de abertura: Bruno Andrade)

Entre os dias 13 e 23 de abril, o Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade voltou totalmente às salas presenciais dos cinemas espalhados em São Paulo e Rio de Janeiro. Com exibições gratuitas no Centro Cultural São Paulo, Cine Marquise, Cinemateca Brasileira, Sesc 24 de Maio e IMS Paulista, o festival teve também Sessões Especiais virtuais, exibindo nas plataformas de streaming Itaú Cultural Play e Sesc Digital sete dos nove filmes da Competição Brasileira de Curtas-Metragens e dois longas da Mostra Foco Latino-Americano (Beleza Silenciosa, de Jasmín Mara Lópeza, e Hot Club de Montevideo, de Maximiliano Contenti).

Com 72 títulos de 34 países, o festival – fundado em 1996 por Amir Labaki – homenageou dois grandes cineastas na sua 28ª edição: Humberto Mauro (1897–1983), “um dos inventores do Brasil cinematográfico”, que “impõe-se quando o próprio país e logo seu Cinema enfrentam nova reconstrução”, exibindo dez de seus filmes e dois documentários; e Jean-Luc Godard (1930–2022), com a apresentação dos oito episódios da sua série documental História(s) do Cinema (1987-1998), considerada a obra-prima da última parte de sua carreira, cujo conteúdo foi constantemente retrabalhado pelo autor e cuja produção durou cerca de dez anos.

O alcance do É Tudo Verdade, o maior festival de Documentários do mundo, é reconhecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que classifica diretamente os filmes vencedores dos prêmios dos júris nas Competições Brasileiras e Internacionais de Longas/Médias e de Curtas-Metragens para apreciação ao Oscar do próximo ano. Longe das sessões presenciais, o Persona assistiu à distância os curtas-metragens brasileiros disponíveis no streaming. Dos sete filmes da Competição Brasileira de Curtas exibidos remotamente, quatro tiveram sua estreia mundial no É Tudo Verdade, que também expôs, apenas presencialmente, Ferro’s Bar (Menção Honrosa na categoria), dirigido por Aline A. Assis, Fernanda Elias, Nayla Guerra e Rita Quadros, e O Materialismo Histórico da Flecha Contra o Relógio, de Carlos Adriano.

Mãri hi – A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari, além de ter sua estreia mundial no É Tudo Verdade, foi o grande vencedor da Competição Brasileira de Curtas-Metragens, recebendo também o Prêmio Mistika. Produzido em parceria da ARUAC Filmes com a Hutukara Associação Yanomami, o curta do cineasta yanomami aborda o conhecimento de seu povo sobre os sonhos, com a participação e narração da liderança indígena e xamã, Davi Kopenawa. “A luta yanomami vai continuar até o fim”, disse Ɨramari.

Abaixo, você fica com a curadoria do Persona feita por Bruno Andrade, Enzo Caramori, Guilherme Veiga, Jamily Rigonatto, Nathalia Tetzner e Vitória Gomez, que deixam suas impressões sobre Os curtas brasileiros do 28º Festival É Tudo Verdade.

Continue lendo “Os curtas brasileiros do 28º Festival É Tudo Verdade”

A segunda temporada de A Vida Sexual das Universitárias canta em notas lascivamente cômicas

Cena da série A Vida Sexual das Universitárias. Na imagem estão Whitney, Leighton, Bela e Kimberly, da esquerda para a direita. Whitney é uma mulher negra de tranças castanhas, ela veste uma camiseta branca e uma jaqueta rosa. Leighton é uma mulher branca de cabelos longos e lisos. Bela é uma mulher indiana de cabelos longos, pretos e lisos, ela veste uma camiseta vermelha com um casaco bege. Kimberly é uma mulher branca de cabelos curtos, lisos e castanhos claros, ela veste uma camiseta listrada com uma jaqueta laranja. Todas fazem cara de surpresa.
Sob as subjetividades de suas protagonistas, A Vida Sexual das Universitárias repousa em um retorno maduro e coerente (Foto: HBO Max)

Jamily Rigonatto 

Quatro meninas de personalidades completamente diferentes em um quarto de universidade e a possibilidade de explorar o que o desejo permitir? Já vimos algo parecido antes, mas a receita de A Vida Sexual das Universitárias tem um tempero a mais. Com dramas sinceros e o sopro da juventude contemporânea, a série original da HBO Max chegou ao seu segundo ano pronta para conquistar os corações e corpos da Essex College.

Continue lendo “A segunda temporada de A Vida Sexual das Universitárias canta em notas lascivamente cômicas”

Estante do Persona – Março de 2023

Imergindo na subjetividade, o Clube do Livro de Março conheceu a franqueza de Aurora Venturini em As Primas (Foto: Fósforo/Arte: Aryadne Xavier/Texto de Abertura: Jamily Rigonatto)

“Mas tudo passa neste mundo imundo. Por isso não faz sentido se afligir demais por nada nem ninguém. Às vezes penso que somos um sonho ou um pesadelo realizado dia após dia que a qualquer momento não será mais, que não aparecerá mais no telão da alma para nos atormentar.”

– Aurora Venturini

Aprofundando os laços familiares, o Clube do Livro do Persona escolheu os ares argentinos para guiar os ventos no terceiro mês do ano. Sob as linhas de uma protagonista de personalidade forte, as páginas de As Primas, de Aurora Venturini, encaminharam uma leitura curiosa e repulsivamente divertida. Definida como uma espécie de autobiografia, a obra é narrada por Yuna, uma mulher com deficiência vivendo rodeada de um contexto trágico em que a violência e a vulnerabilidade social abraçam mulheres e seus laços sanguíneos. 

Com características únicas, o livro não performa o mais politicamente correto dos textos. Sob os pensamentos, julgamentos e o nojo voraz carregados pela personagem principal, somos afundados em uma narrativa sem filtros na qual o incomum ganha forma em linhas curvas e manchas de tinta. O movimento atípico se reflete na construção de uma escrita que considera a pontuação secundária e dá holofotes à sinceridade liberta. 

Em 160 páginas, Yuna detalha as figuras de sua família e os eventos assombrados que a perseguem enquanto registra tudo em cor e sombra através de suas pinturas. Sob as pinceladas, aborto, prostituição, morte e abuso ganham retratações ácidas. Entre a mãe, a irmã Betina, a tia Nenê e as primas Carina e Petra, o grotesco e o desatino remontam um viés peculiar da vivência de vítimas da opressão oferecida pelo destino. 

O romance é o primeiro e único das mais de 40 publicações de Aurora e marca sua estreia no universo literário da América Latina. Em um deslumbramento brutal, o escrito consagrou a literata aos 85 anos com o prêmio Nueva Novela em 2007. No Brasil, a obra ganhou a primeira versão em setembro de 2022 pela Editora Fósforo e foi traduzida por Mariana Sanchez. 

Em tons insólitos, As Primas causou um rebuliço comicamente miserável. Para não perder o costume, os membros da nossa editoria não falham em dar opções aos que querem adentrar relações similarmente complicadas, mas também contemplam os interessados em conhecer outras das infinitas possibilidades oferecidas pela Literatura. Por isso, o Estante do Persona de Março deixa suas primorosas indicações para estampar o cinza outonal.

Continue lendo “Estante do Persona – Março de 2023”

Estante do Persona – Fevereiro de 2023

Em Fevereiro, o Clube do Livro mergulhou em Escute as feras (Foto: Editora 34/Arte: Aryadne Xavier/Texto de abertura: Bruno Andrade)

“Quantos psicólogos me tomariam por louca se eu lhes dissesse que sou afetada pelo que acontece fora de mim? Que a aceleração do desastre me petrifica? Que tenho a impressão de não ter mais controle sobre nada?

Nastassja Martin

Após acompanhar o melancólico Aos prantos no mercado, de Michelle Zauner, em Fevereiro o Clube de Leitura do Persona deu continuidade a nossa tradição de ler autoras – nesse caso, também com uma escrita melancólica. Escute as feras, de Nastassja Martin, foi a escolha da vez.

Mergulhando nesse relato autobiográfico, narrado e construído como um texto de ficção, Nastassja Martin nos prende do inicio ao fim em seu trágico relato de quando, durante uma pesquisa de campo, foi atacada por um urso e teve parte do rosto desfigurado. No entanto, a antropóloga entende que, em sua trajetória de cura, precisa perdoar o animal e retornar à vida.

No único encontro do Clube, aspectos da construção textual e uma possível ligação com a autossociobiografia de Annie Ernaux – sendo as duas autoras francesas – chamou a atenção. As referências culturais, antropológicas e místicas também foram abordadas: para alguns povos originários, os quais Martin estava se dedicando a pesquisar durante o ocorrido, ser atacado por um urso e sobreviver coloca o indivíduo em um estado de “entre-vida”, habitando duas dimensões simultaneamente – o texto da autora, que veio à Flip no final de 2022, se constrói um pouco nessa dimensão.

Enquanto os próximos conteúdos do mundo literário não chegam, o Estante do Persona de Fevereiro de 2023 segue com seus comentários e Dicas do Mês.

Continue lendo “Estante do Persona – Fevereiro de 2023”

Circuito Cineclubes Sesc – Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos ecoa sua voz na espiritualidade

Cena do filme Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos. Na imagem está o protagonista, Inhac Krahô. Ele é um homem indígena de cabelos pretos lisos na altura dos ombros. Ao fundo há uma cachoeira. A imagem é azulada e se passa a noite.
Apresentado no Festival de Cannes em 2018 e vencedor do Prêmio Especial do Júri, Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos dá protagonismo ao povo Krahô (Foto: Embaúba Filmes)

Jamily Rigonatto 

Por muito tempo, o Cinema retratou os povos indígenas moldados por óticas brancas, completamente envoltas de estigmas e equívocos. Essas imagens se fixaram no imaginário popular e, muitas vezes, a descrição que temos dos nativos é animalizada, preconceituosa e intolerante. Fugindo desse movimento, os diretores Renné Messora e João Salaviza trouxeram às telas Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (2018). O filme, gravado na Aldeia da Pedra Branca em Tocantins, é um registro contemplativo e profundo dos Krahô e sua grandeza espiritual, e integrou a Mostra Cinema é Direito no Sesc Bauru

Continue lendo “Circuito Cineclubes Sesc – Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos ecoa sua voz na espiritualidade”