A Freira 2 é tão aterrorizante que até mesmo encarar a tela se torna um desafio assustador

Imagem escura de uma cena do filme 'A Freira II'. No centro, um homem jovem de pele clara, cabelos escuros e cacheados. Seus olhos estão em um verde brilhante, boca aberta, e um líquido preto escorre por sua face na região da cabeça, olhos e boca. Ao fundo, vê-se a silhueta de uma freira com uma luz azul intensa ao redor. O cenário se passa em um ambiente antigo.
A Freira 2 adiciona mais um item na coleção do universo Invocação do Mal (Foto: Warner Bros. Pictures)

Guilherme Barbosa

Em 2013, James Wan apresentou ao mundo Invocação do Mal, filme que deu início a um universo repleto de histórias que se conectam entre si, criando uma instigação nos espectadores a fim de acompanhar todas as narrativas que compõem esse espaço sombrio. Uma década depois, em 2023, o diretor Michael Chaves, que dirigiu o ‘esquecível’ Invocação do mal 3: A Ordem do Demônio, adiciona um novo capítulo para essa coleção com A Freira 2, continuação da história que se iniciou em 2018, quando não funcionou tão bem. Dessa vez, o longa não apenas manteve o mesmo caminho, mas até mesmo intensificou, o que resultou em uma experiência que, em comparação, pode ser considerada ainda mais decepcionante.

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Em um deserto de expectativas, Duna: Parte 2 é um milagre de adaptação

Aviso: Lisan al Gaib profetiza que haverá spoilers no texto a seguir

Cena do filme Duna: Parte 2: Paul Atreides, interpretado por Timothée Chamalet, caminha sobre as areais do deserto de Arrakis em direção à câmera. Paul é um jovem branco de cabelo curto liso. Na cena, ele utiliza um trajestilador, uma roupa cinzenta e justa com cabos e placas lisas que cobrem o corpo inteiro. Paul utiliza um capuz preto e uma capa cinzenta translúcida. O personagem está no centro da imagem com um sol batendo acima dele e montanhas atras de si. O céu é de um amarelo quase bege e não há nuvens. Os olhos de Paul nesta imagens são azuis.
O universo de Duna revolucionou a Literatura de ficção científica e, agora, revoluciona o Cinema do gênero (Foto: Warner Bros. Pictures)

Íris Ítalo Marquezini e Nathan Sampaio

Um dos exemplos mais utilizados em escolas para representar o conceito de uma história épica é A Odisseia, de Homero. A trama de voltar para casa, ficar distante da família e reclamar dos sacrifícios que são de heróis por direito fundou muito do que se entende pelo ocidente hoje. Acontece que não só de histórias monumentais viviam os gregos. As tragédias, compostas por pessoas paralisadas pelas teias do destino e de erros fatais irreparáveis, colocavam a audiência na linha tênue entre entretenimento e choque pelo que era representado nos palcos dos teatros. 

Ésquilo, em A Casa de Atreus, demonstra um exemplo de como determinadas crenças, ganância e crueldade podem condenar gerações de uma família a sofrer um ciclo de violência interminável. Duna: Parte 2 continua a mostrar a tragédia que acomete essa mesma linhagem dezenas de milhares de anos depois. A graça do filme é o diretor Denis Villeneuve somar o épico e o trágico igualmente, de uma forma que, como alguns diriam anos atrás, seria impossível. Para uma história com tanto peso na religião, Duna: Parte 2 faz a audiência acreditar que é possível ir ao cinema para presenciar um milagre.

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Robôs gigantes salvaram o Cinema com o poder da amizade em Círculo de Fogo

Imagem de divulgação do filme “Círculo de Fogo” (2013). Em um mar turbulento e céu fechado, quatro robôs gigantes se preparam para lutar. A câmera está inclinada para cima, mostrando a grandiosidade das máquinas. no canto inferior esquerdo há um navio tentando escapar das ondas geradas pelos robôs. Mais à esquerda está o Jaeger de três braços “Crimson Typhoon”, distante porém correndo em direção à câmera. Sua lataria é vermelha e ele possui um único olho brilhante. Ao centro e mais a frente está “Gypsy Danger”, com armadura azulada e um centro de energia que brilha vermelho em seu peito. Dois helicópteros a rodeiam. À direita de Gypsy está “Eureka Striker”, com os braços robóticos armados com duas gigantes facas de duas lâminas e lataria prata metálica. Por fim, mais distante à direita está “Cherno Alpha”, de cor verde e cabeça semelhante a uma torre.
“A sorte favorece os corajosos, cara” (Foto: Warner Bros. Pictures)

Larissa Mateus

Sempre pensávamos que vida alienígena viria das estrelas, mas veio das profundezas do mar“, explica o protagonista Rayleigh nos primeiros segundos do filme sobre a reviravolta que seu mundo sofreu, cuja consequência foi uma guerra contra seres de fora do planeta que durou mais de dez anos. Círculo de Fogo (2013) constrói um plano de fundo que se leva extremamente a sério, mas lava seus elementos realistas com as verdades de sua narrativa: a pura nostalgia e a total admiração por robôs gigantes batendo em alienígenas ainda maiores. 

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Sem disfarçar, Evidências do Amor é uma comédia romântica razoável

Cena do filme Evidências do Amor. Na imagem, os personagens Marco Antônio e Laura estão em um karaokê. Antônio é interpretado por Fábio Porchat, um homem branco de cabelos e olhos claros, e Laura é vivida por Sandy, uma mulher branca de cabelos e olhos escuros. Ambos vestem jaquetas em tons escuros e são fotografados a partir dos ombros pela câmera. Eles se entreolham enquanto ao fundo podemos ver uma televisão com a letra de Evidências, música cantada pela dupla no karaokê.
O casal inesperado surpreende pela pouca química e muita afinação (Foto: Warner Bros. Pictures)

Maria Vitória Bertotti e Nathalia Tetzner

Lançado em Abril de 2024, Evidências do Amor é a mais nova comédia romântica brasileira banhada a humor e uma trilha sonora um tanto quanto inesquecível. Com Fábio Porchat e Sandy Leah protagonizando o longa e formando um casal mediano e sem química, o filme conta a história de amor dos dois e de como a música Evidências, de Chitãozinho e Xororó, acompanha essa jornada de (muitas) lembranças, visitas literais ao passado e reconquista.

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A Cor Púrpura: adaptação musical é imersiva e emocionalmente poderosa

Cena do filme A Cor Púrpura. Na imagem vemos as personagens Celie e Nettie ainda jovens conversando e sorrindo. Celie, mulher negra de cabelos pretos, veste um vestido branco e usa um laço também branco em seus cabelos. Nettie, uma mulher negra com cabelos pretos, veste um vestido branco parecido com o de sua irmã e usa um chapéu marrom em sua cabeça. Elas estão em uma floresta, sentadas em um tronco de árvore.
A Cor Púrpura é formado por um elenco totalmente negro (Foto: Warner Bros. Pictures)

Vitória Borges

Remake do longa original dirigido por Steven Spielberg e transformado em musical da Broadway, o filme A Cor Púrpura (2023) conta a trajetória perturbada e comovente de Celie Harris, interpretada por Fantasia Barrino, como uma mulher negra vivenciando experiências reais e violentas nos Estados Unidos do século XX. A produção explora o desenvolvimento da protagonista em busca de sua liberdade e autorrealização de maneira clara e envolvente.

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Corre, Barry! A maldição do filme-evento chegou no universo de The Flash

Cena do filme The Flash. Na imagem, Ezra Miller, pessoa não binárie que interpreta Flash, usa um traje vermelho com raios ao longo do uniforme. Ele está sério e em posição de corrida.
Finalmente temos um filme de Barry Allen nos cinemas (Foto: Warner Bros. Pictures)

Guilherme Machado Leal

É praticamente impossível falar sobre The Flash sem mencionar o caso Ezra Miller e os seus desdobramentos. O longa-metragem foi adiado inúmeras vezes, tendo a primeira data de estreia para o ano de 2018. Trocas na direção, a pandemia do Coronavírus e problemas com a estrela principal fizeram com que a produção saísse apenas em Junho de 2023. A postura de Miller, fora das câmeras, é um acontecimento à parte, uma vez que a lista de crimes cometidos por elu é vasta e demanda que se tenha uma conversa prévia acerca dos ocorridos.

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Oito Mulheres e um Segredo: 5 anos de um dos maiores acontecimentos do Met Gala

Cena do filme Oito Mulheres e um Segredo. Da esquerda para a direita, encontra-se Sandra Bullock, sentada vestindo um casaco branco, Cate Blanchett sentada com um casaco preto e branco, Rihanna sentada com um casaco verde e jeans, Mindy Kaling em pé com um sobretudo vermelho, Awkwafina sentada com uma jaqueta rosa, Helena Bonham Carter sentada com um vestido preto, Anne Hathaway em pé, com um sobretudo verde e Sarah Paulson sentada com um casaco cinza.
Conforme o tempo passa, o roubo de US$150 milhões fica ainda mais icônico (Foto: Warner Bros. Pictures)

Arthur Caires

Há 5 anos, Debbie Ocean (Sandra Bullock) disse: “Se for ele é notado, se for ela é ignorada. E, pela primeira vez, queremos ser ignoradas”. Em Oito Mulheres e um Segredo, requel da sequência de filmes Onze Homens e um Segredo, a fala é a explicação do porque a criminosa deseja apenas mulheres em seu time para roubar um colar de diamantes de US$150 milhões durante o prestigioso Met Gala em Nova York. Para além disso, é uma declaração de que não se trata apenas de uma versão feminina do longa original, aqui, ser mulher é essencial para que o plano dê certo.

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Longe dos altares, Elvis faz seu espetáculo nos conflitos e contrastes

Cena do filme Elvis. A imagem é retangular e mostra o cantor Elvis no centro da foto, em um primeiro plano. Ele está representado do quadril para cima, com o corpo inclinado para trás e olha diretamente para a câmera enquanto canta, com a sua mão direita segurando o microfone. Ele usa uma jaqueta preta de couro e sua guitarra vermelha está pendurada no pescoço. Elvis é interpretado por Austin Butler. Ele tem cabelos escuros, lisos e penteados para trás, olhos azuis e uma pele clara, mas bronzeada. Em segundo plano é possível ver a plateia assistindo ao show. A maioria dos presentes é composta por mulheres que observam Evis encantadas.
Retorno de Baz Luhrmann às telonas após um hiato de nove anos, a cinebiografia de Elvis Presley arrematou indicações nas principais premiações dos Sindicatos estadunidenses da Sétima Arte (Foto: Warner Bros. Pictures)

Mariana Nicastro e Vitória Vulcano

Como se dá a ascensão de uma estrela? E sua queda? Representar uma figura real respeitando seus contrastes não é uma tarefa simples, nem contar uma história desse calibre com originalidade. Baz Luhrmann poderia facilmente ter encaixado Elvis nos moldes narrativos típicos do gênero: lineares, focados na perspectiva do artista e, como se isso garantisse um selo de aprovação, investindo em uma homenagem. Mas o longa – que disputa oito estatuetas no Oscar 2023 – se inspira no próprio ídolo ao procurar problemas. Revelando conflitos profundos, perspectivas que fogem do unidimensional e muita identidade, a cinebiografia avessa do rei do Rock n’ Roll constrói seu espetáculo entre linhas dramáticas, sensíveis e indiscutivelmente musicais.

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O Esquadrão Suicida atira primeiro e pergunta depois

Cena do filme O Esquadrão Suicida exibe várias pessoas paradas no meio da selva. O homem no canto direito veste uma camiseta vermelha e azul colada ao corpo, bastante chamativa, usa uma calça branca e um capacete prateado na cabeça. À esquerda, há um homem negro com cabelo muito curto vestindo uma armadura, um tubarão humanoide e uma mulher branca também protegida por uma armadura e com uma máscara de gás na cabeça. Além disso, vemos uma mulher branca, com cabelo preto longo e preso, vestindo uma regata verde-musgo. Atrás dela, dois homens negros observam, como se vissem algo fora do comum. Por último, vemos um homem branco musculoso e com uma tatuagem no braço esquerdo. Ele tem cabelo curto e usa uma camiseta amarela, estampada com o desenho de um coelho segurando uma placa.
O Esquadrão Suicida foi lançado simultaneamente nos cinemas e no HBO Max nos Estados Unidos (Foto: Warner Bros Pictures)

Caio Machado

O primeiro Esquadrão Suicida foi lançado em 2016, ainda numa tentativa de construir um universo cinematográfico dos personagens da DC Comics para rivalizar com a Marvel. O filme dirigido por David Ayer foi um sucesso de bilheteria, mas um fracasso de crítica. Em 2018, o diretor James Gunn, conhecido pelos dois Guardiões da Galáxia, foi contratado pela Warner para fazer um novo filme do grupo de supervilões, com liberdade criativa para tomar rumos diferentes da obra de Ayer. Na época, a contratação ocorreu depois da Disney ter demitido Gunn da direção de Guardiões da Galáxia Vol. 3 devido à polêmica envolvendo tweets antigos do cineasta que faziam piadas de mau gosto envolvendo estupro e pedofilia. Em 2019, Gunn foi recontratado pela Disney, mas o diretor já estava envolvido na produção de O Esquadrão Suicida.

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