A volta de Twenty One Pilots e o misterioso mundo de Trench

Josh Dun e Tyler Joseph em photoshoot para divulgação do Trench (Foto: Fueled By Ramen)

Rafaela Martuscelli

Em 6 de julho de 2017, a banda Twenty One Pilots se calou. Como tudo o que envolve a banda, a despedida não seria simples e direta. Algumas imagens em preto, branco e vermelho – que faziam referência direta ao álbum Blurryface – com partes de músicas que falavam sobre escuridão, noite e solidão, foram postadas.

O vermelho da imagem, que começou em formato de um grande círculo, foi se fechando como se fosse um exausto olho após um dia agitado, até o total silêncio e a escuridão ganhasse forma na figura que se formava. Até que a multidão tivesse sumido. E esse foi o último sinal do duo por um ano.

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In Utero completa 25 anos de autenticidade grunge

Da capa às letras, In Utero é todo baseado na fascinação do líder Kurt Cobain pelo corpo humano (Foto: Reprodução)

Hanna Queiroz

In Utero foi o terceiro e último álbum de estúdio do Nirvana, lançado em 13 de setembro de 1993, seis meses antes da morte do vocalista Kurt Cobain. Depois de muita discussão acerca do nome do álbum, que se chamaria I Hate Myself and I Want To Die, o título definitivo foi retirado de um poema que Courtney Love escreveu. In Utero teve vida curta nos vocais do genialíssimo Kurt, mas tem vida longa na mente do público.

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Vessel: o surgimento de Twenty One Pilots sem a perda de sua essência

Integrantes da banda Twenty one pilots: Tyler e Josh

Fellipe Gualberto

Tyler Joseph e Josh Dun não estavam muito seguros quando assinaram contrato com a gravadora Fueled by Ramen (conhecida por Paramore e Panic! at Disco) fato que deu origem ao álbum Vessel, há 5 anos. Os integrantes de Twenty One Pilots pensavam que a chance de sucesso trazida pela gravadora poderia significar a perca da liberdade artística.

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Ainda não nos livramos da raiva de PJ Harvey

Anti-musa: um dos cliques mais conhecidos de PJ Harvey, feito ainda em 92 (Reprodução)

Nilo Vieira

Polly Jean Harvey já havia experimentado sucesso considerável com Dry (1992). O poder de seu disco de estreia lhe rendeu espaço no Reading Festival naquele ano, além de aclamação crítica. O simbolismo erótico das letras dialogava de forma sublime com o instrumental cru, união da melancolia do blues e a urgência do punk. O rock sempre esteve relacionado com sexo, e PJ Harvey inseriu o ponto de vista feminino em linguagens (verbais, sonoras e corporais) cirúrgicas para a geração alternativa dos anos 90.

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O prazer sombrio do Roxy Music

Estileira completamente foda: imagem do gatefold original de For Your Pleasure (Reprodução)

autor

O grupo britânico Roxy Music quiçá seja a encarnação máxima do glam rock. David Bowie pode ter surgido antes, mas a trupe comandada pelo vocalista Bryan Ferry elevou os arranjos coloridos e roupas chavosas do estilo a outro patamar na década de setenta. Interessante notar, porém, que sua obra-prima utiliza dessa estética sob perspectiva sombria, às vezes beirando o desconfortável.

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Test e Deaf Kids na Casa Orates: o barulho salva

O apocalipse virá de Kombi (Foto: Gabriel Leite Ferreira)

Gabriel Leite Ferreira

Na última sexta, uma Kombi estacionou em frente à Casa Orates. Anteriormente conhecido como Exílio, um dos poucos nichos underground de Bauru passou por reformulação esse ano, mas a proposta continua a mesma: fomentar a cena alternativa da região e inserir a cidade na rota de nomes proeminentes. Por isso a clássica Kombi do Test, que também trouxe o Deaf Kids para perfurar tímpanos bauruenses.

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A vida, a morte e o Pink Floyd

David Gilmour, Roger Waters, Nick Mason e Rick Wright no Live 8 em 2005: o epílogo de uma era (Reprodução)

Gabriel Leite Ferreira

O dia 2 de julho de 2005 marcou a primeira vez em mais de 20 anos em que a formação clássica do Pink Floyd se reuniu em um palco. Roger Waters, David Gilmour, Richard Wright e Nick Mason se apresentaram na edição britânica do Live 8, série de eventos beneficentes ao redor do globo. Foi o último show dos ídolos máximos do rock progressivo. Se tal ocasião foi tão simbólica, é por conta do clássico The Dark Side of the Moon.

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O poder cru dos Stooges completa 45 anos

Gabriel Leite Ferreira

Raw Power era o disco favorito de Kurt Cobain. Não à toa: lançado em 1973, o manifesto definitivo dos Stooges pode ser considerado o primeiro álbum punk da história, anos antes das bíblias do gênero. Mas nem isso, nem o axioma recorrente “trilha sonora do fim do mundo” fazem jus a ele. Não totalmente.

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KONGOS: a África do Sul no rock americano

Gabriel Chaves

Esse ano a banda KONGOS completou 10 anos do lançamento de seu primeiro álbum homônimo. De início, foi lançado na África do Sul, um dos países onde cresceram, pois segundo os próprios integrantes eles queriam primeiro testar a qualidade num mercado menor, antes de tentarem o sucesso nos Estados Unidos. Em entrevista, dizem que tinham medo de sofrer o que se vê em shows de talento na TV, onde a banda acredita de verdade ser boa, a família apoia, mas na verdade são horríveis, por isso a precaução do mercado menor. Continue lendo “KONGOS: a África do Sul no rock americano”

Tonight’s The Night: uma carta de overdose

Gabriel Rodrigues de Mello

No começo do mês, o músico canadense Neil Young disponibilizou toda sua discografia em um serviço de streaming exclusivo, temporariamente gratuito. O site Neil Young Archives conta com mais de 50 álbuns de estúdio, concertos, bootlegs, tudo para ser ouvido em alta qualidade. O veterano, famoso por suas exigências, sempre rejeitando a qualidade do formato mp3, afirma: “não é que o formato digital seja ruim ou inferior, é que a forma como ele está sendo usado não faz jus à arte.”. Desse modo, o site funciona como uma biblioteca de discos virtual para quem quiser ouvir as gravações em sua forma mais pura. Continue lendo “Tonight’s The Night: uma carta de overdose”