Entre a cruz e a espada, Carrie performa o retrato sangrento do fanatismo

Capa do livro Carrie. Na imagem há o desenho de uma garota com sangue escorrendo pelo rosto. Toda a composição da capa é roxa e deixa os traços não muito claros. Os olhos ficam em destaque por mostrarem a parte branca e as pupilas. Na porção superior estão as palavras Biblioteca Stephen King. Já na parte inferior o título do livro. O logo da editora aparece na parte superior esquerda. Todos os textos estão grafados em branco.
Em sua nova edição, Carrie faz parte da Coleção Biblioteca Stephen King e ganha conteúdo extra (Foto: Companhia das Letras/Suma/Arte: Ana Clara Abbate) 

Jamily Rigonatto 

Quão longe um lar instável e um vasto universo de microviolências podem levar alguém? Carrie não se dispõe a responder essa pergunta com plenitude, mas estrutura um argumento definitivamente cinético. No clássico de Stephen King, a personagem que se tornou um ícone do terror, dá vida a um misto de acontecimentos hiperbólicos para eventos reconhecíveis na realidade. A edição especial – publicada pela Companhia das Letras este ano sob o selo Suma – torna o relato perturbador da história da garota que fez pedras choverem e sangue jorrar tão sólido quanto uma imagem de Jesus pendurada na parede da sala. 

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